A Tesla (NASDAQ:TSLA) está se preparando para registrar um recorde de entregas de veículos, após implementar descontos e outros incentivos para impulsionar as vendas em meio à incerteza econômica e ao aumento da concorrência.

A Tesla também é negociada na B3 através do ticker (BOV:TSLA34).

De acordo com estimativas de nove analistas da Refinitiv, espera-se que a Tesla anuncie, já neste fim de semana, um total global de 445.000 veículos entregues de abril a junho. Isso representa um aumento de 5% em relação aos 422.875 veículos entregues no trimestre anterior.

O CEO da Tesla, Elon Musk, enfrenta desafios em sua meta de aumentar significativamente as vendas neste ano, devido ao envelhecimento e à limitação da linha de produtos, além da crescente competição, especialmente na China, onde a demanda está diminuindo.

Para impulsionar as vendas, a Tesla reduziu agressivamente os preços desde janeiro, impactando suas margens no primeiro trimestre. Embora tenha evitado grandes cortes de preços nos últimos dois meses, a empresa aumentou os descontos como forma adicional de incentivo às vendas. No segundo trimestre, aumentou os descontos para os veículos em estoque, variando de US$ 1.600 a US$ 7.500. Além disso, a partir de junho nos Estados Unidos, tornou todos os seus Model 3 elegíveis para créditos federais totais de US$ 7.500.

A Tesla enviou um e-mail nesta semana intitulado “Os carros mais fabricados nos Estados Unidos são S3XY”, oferecendo três meses de Supercharger como bônus para aqueles que comprarem um Model 3 até 30 de junho de 2023.

Na China, seu segundo maior mercado, a Tesla ofereceu um subsídio de seguro de 8.000 yuans (US$ 1.104) para clientes que encomendaram e receberam a entrega de um Model 3 do estoque entre 16 e 30 de junho. Espera-se que as vendas da Tesla na China aumentem em 13% em relação ao trimestre anterior, atingindo um número recorde de veículos.

Embora a estratégia de descontos e incentivos impulsione as vendas, é importante ressaltar que os preços mais baixos podem impactar as margens da Tesla, levando algumas corretoras a rebaixar as ações da empresa. Além disso, há preocupações sobre os acordos da Tesla para abrir sua rede de carregamento para concorrentes, pois isso pode resultar na perda de compradores da Tesla para outras montadoras e diminuir a satisfação dos proprietários atuais, conforme apontado pelo Goldman Sachs (GS, GSGI34) em um relatório recente.