Os balanços corporativos nos Estados Unidos serão o motor da semana. Enquanto avaliam o impacto da inflação e do encarecimento do crédito na saúde financeira das empresas, os investidores se orientarão pela expectativa em torno dos juros, já que na próxima semana tanto o Federal Reserve (Fed) como o Banco Central Europeu (BCE) arbitram sobre suas taxas.
Os futuros índices dos Estados Unidos operavam quase todos em ligeira queda, com exceção do contrato indexado ao Nasdaq. No mercado de dívida, o prêmio do título norte-americano para 10 anos recuava para 3,80%, cotados a US$96,58, às 6h38 (horário de Brasília).
No radar também está a possibilidade de que o governo chinês conceda novos estímulos à sua titubeante economia, embora até o momento Pequim tenha indicado medidas mais direcionadas e pontuais.
No mercado asiático, onde as bolsas do Japão e de Hong Kong permaneceram fechadas por feriado, o fechamento foi misto, com queda de quase 0,9% para o índice chinês.
Na noite de domingo, a segunda maior economia do mundo decepcionou o mercado, ao reportar um crescimento no Produto Interno Bruto (PIB) de 6,3% no segundo trimestre do ano na base anual, menor do que a previsão de analistas, que esperavam 7,3%.
Por outro lado, a produção industrial chinesa teve variação positiva de 4,4% em junho na comparação anual, enquanto o mercado previa 2,7%. As vendas no varejo, por sua vez, tiveram variação positiva de 3,1% em junho na mesma base de comparação, ante previsão de 3,2%.
Dados mais fracos da China também pesaram sobre os preços dos metais. Como resultado, os papéis dos gigantes do setor de recursos Anglo American Plc, Glencore Plc e Rio Tinto Plc caíram na Europa.
Na Europa, as ações do setor de luxo e commodities levaram as bolsas à sua primeira queda em sete dias, devido às preocupações com a lenta recuperação da economia chinesa. As ações da LVMH e da Hermes International recuaram. A suíça Richemont perdeu mais de 8% pela preocupação com a demanda no gigante asiático e após a dona da Cartier relatar uma queda inesperada nas vendas nas Américas.
Com sua forte dependência do mercado de importação chinês, a Europa é especialmente vulnerável. As empresas ligadas à energia e matérias-primas juntas representam cerca de 12% do Stoxx Europe 600, e as indústrias de consumo discricionário respondem por 11%. Os estrategistas do JPMorgan Chase & Co. esperam mais fraqueza na região devido a rendimentos mais baixos dos títulos, bem como decepções nos lucros.
No Brasil, o investidor estará atento ao Boletim Focus, em especial às expectativas de inflação, após dados recentes da economia brasileira corroborarem a ideia de o Banco Central vá iniciar o ciclo de cortes da Selic em agosto.
Além disso, o BC divulga hoje o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) de maio, às 9h, que tem como objetivo avaliar a evolução econômica do país e contribuir para a estratégia de política monetária da instituição.
Ainda no Brasil, às 8h, a Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgará o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) de julho e o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) da segunda quadrissemana de julho.
Em outros mercados, os contratos de petróleo WTI e de ouro recuavam, assim como o bitcoin.
No mercado de commodities, o petróleo tipo Brent operava em baixa de 1,65%, a US$78,52, enquanto os futuros do minério de ferro negociados em Dalian, na China, acompanham o movimento e caem 0,89%%, a 832,5 iuanes, ou US$115,95 por tonelada, reverberando os dados mais fracos da economia chinesa.
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