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GPA (PCAR3): prejuízo líquido consolidado de R$ 425 milhões no 2T23, alta de 146,8%

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O GPA, controlador da bandeira de supermercados Pão de Açúcar, registrou aumento de 146,8% no prejuízo líquido no segundo trimestre de 2023 em relação a igual período do ano passado, subindo de R$ 172 milhões para R$ 425 milhões.

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado consolidado foi de R$ 257 milhões, alta anual de 7,4%. Já a margem Ebitda ajustada caiu 0,3 p.p. (pontos percentuais), para 5,4%.

As vendas mesmas lojas (excluído postos) apresentaram um aumento de 6,4%, com destaque para a bandeira Pão de Açúcar que cresceu 8,6% com melhora pelo quinto trimestre consecutivo.

A receita líquida somou R$ 4,755 bilhões no segundo trimestre deste ano, crescimento de 13,5% na comparação com igual etapa de 2022.

O lucro bruto atingiu a cifra de R$ 1,181 bilhão no segundo trimestre de 2023, um aumento de 5,9% na comparação com igual etapa de 2022. A margem bruta foi de 24,8% no 2T23, baixa de 1,8 p.p. frente a margem do 2T22.

As despesas com vendas, gerais e administrativas somaram R$ 926 milhões no 2T23, apresentando diluição de 0,6 p.p. em relação a receita líquida quando comparado com o 2T22. Essa diluição se concentra na linha de despesas gerais e administrativas, que apresentou redução de 7,5% na comparação com o ano anterior, com a reestruturação realizada na sede após a venda dos hipermercados e em eficiências capturadas em despesas de operação.

O resultado financeiro líquido pós IFRS 16 foi negativo em R$ 338 milhões no segundo trimestre de 2023, uma elevação de 33,4% sobre as perdas financeiras da mesma etapa de 2022.

A geração de caixa operacional do GPA Brasil atingiu R$ 245 milhões, incremento de 48,4% na base anual.

Em 30 de junho de 2023, a dívida líquida da companhia era de R$ 2,9 bilhões, com redução de R$ 1,5 bilhão vs. 2T22 e R$ 100 milhões vs. 1T23.

No acumulado do ano o investimento totalizou R$ 363 milhões com redução de 22,4% na comparação com o ano anterior, sendo a maior parte da redução em Reformas, Conversões e Manutenção, que em 2022 apresentou maior concentração de investimentos em reformas das lojas Pão de Açúcar para o conceito G7 e conversões de hipermercados em supermercados.

Os resultados do GPA (BOV:PCAR3) referentes às suas operações do segundo trimestre de 2023 foram divulgados no dia 26/07/2023.

Teleconferência

Em meio à reestruturação, a diretoria do GPA, durante a teleconferência realizada nesta quinta, falou que o grupo busca trazer ganhos sequenciais para as margens, com “perenidade”, sem picos ou vales de performance que não se sustentam no longo prazo.

Marcelo Pimentel, diretor executivo da empresa, falou que o grupo continuará atuando em três pontos principais: primeiro, na melhoria da negociação com fornecedores, com a conclusão do trabalho de sortimento encerrado trazendo resultados no curto prazo; segundo, com melhoria da performance de quebra, com lançamento de uma ferramenta de automação; por último, com reestruturação de pessoal.

A respeito da deflação, que vem impacto a parte do faturamento, ele defendeu que o GPA conseguiu ganhar market share – mesmo com a concorrência avançando consideravelmente em algumas das frentes, como na de proximidade.

“A concorrência do modelo de proximidade está crescendo, mas o impacto da proposta do valor deles não reflete no nosso negócio. Além dos sucessos do números, ganhamos market share”, disse Pimentel. “Além disso, no Minuto Pão de Açúcar, estamos combinando crescimento com rentabilidade. A gente está bastante feliz com os resultados da bandeira”.

VISÃO DO MERCADO

As ações, às 15h20 (horário de Brasília), caíam 2,0%, a R$ 21,24, mas em uma sessão de fortes perdas para o Ibovespa.

Goldman Sachs

“O resultado líquido ficou abaixo das nossas expectativas, principalmente devido a um impacto negativo das operações descontinuadas, que, com base nos arquivos, acreditamos ainda estarem relacionadas ao segmento de hipermercados vendido anteriormente”, comentou o time do Goldman Sachs, liderados por Irma Sgarz, mencionando a venda dos pontos do Extra para o Assaí.

Como ponto positivo, o Goldman destaca o crescimento das vendas mesmas lojas (SSS, na sigla em inglês) do multi-varejo, de 6,4% no ano, acima da média do mercado e à frente da inflação para o período.

“O Pão de Açúcar foi o formato de melhor desempenho (alta de 8,6%), melhorando sequencialmente pelo quinto trimestre consecutivo com base na reclusterização de lojas, mudanças de sortimento e maior penetração de perecíveis”, explica a equipe. “Proximidade, por outro lado, desacelerou sequencialmente pelo quarto trimestre consecutivo (com alta de 5,8%), dado a base de comparação difícil”.

O Mercado Extra, de acordo com o banco americano. ficou amplamente estável sequencialmente, enquanto o formato de baixa renda Compre Bem continuou a ter um desempenho negativo, com SSS caindo 11,5%.

“A administração observou que iniciou o plano de consolidar a proposta de valor convertendo as lojas Compre Bem em Mercado Extra. O piloto de 8 lojas já convertidas (de 30) aparentemente mostrou avanços em rentabilidade e crescimento”, pontuam.

O Goldman, quanto à margens, destaca, do lado negativo, que a bruta caiu cerca de 180 pontos-base anualmente, o que seria explicado principalmente pelos efeitos negativos relacionados à estratégia da empresa de reposicionar suas próprias marcas e formatos. As despesas com vendas vendas, gerais e administrativas, do outro lado, chegou a melhorar 60 pontos, principalmente como resultado da reestruturação realizada na sede (após a transação do hipermercado) e eficiências capturadas nas despesas operacionais, mas não foi suficiente para conter o impacto na Ebitda, que caiu cerca de 110 pontos.

XP Investimentos

Já a XP destacou que o GPA reportou resultados mistos no 2T, com desempenho de vendas sólido e em linha com as suas expectativas, mas ainda com a rentabilidade pressionada por ajustes operacionais.

A companhia teve um prejuízo de R$ 425 milhões, alta de 146,8% no ano.

O GPA, lembram os analistas, vem em um projeto de reestruturação, apostando nos modelos de proximidade e focando na bandeira Pão de Açúcar, com aposta no segmento premium.

JPMorgan

O JP Morgan afirmou que a receita veio em linha com suas expectativas e que a rentabilidade melhorou sequencialmente, com uma estrutura corporativa mais enxuta. A margem Ebitda, no entanto, contraiu ano a ano, refletindo a atividade promocional para reacender o crescimento do tráfego enquanto os formatos são reposicionados.

“As operações de varejo no Brasil ficaram um pouco mais fracas do que o esperado, com as vendas líquidas ficando em R$ 4,6 bilhões, alta de 14% no ano, impulsionadas por 6,4% de SSS ajustado impulsionado pelo formato premium que viu SSS acelerando a 8,6%. Isso junto com ganhos de participação de mercado apoiados por melhor execução nas categorias frescas”, debatem.

“O ponto fraco foi o Mercado Extra e Compre Bem, que apresentou SSS de 3,5% principalmente prejudicado pelas lojas Compre Bem que serão convertidas”.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Reuters

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