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Aes Brasil (AESB3): lucro líquido de R$ 35,9 milhões no 2T23, alta de 286%

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A AES Brasil reportou lucro líquido de R$ 35,9 milhões no segundo trimestre deste ano, alta de 286% em relação ao mesmo período de 2022. No acumulado do ano até junho, o lucro da empresa totalizou R$ 96,3 milhões, alta de 20,0%, em base anual de comparação.

Entre abril e junho, a receita operacional líquida da empresa ficou em R$ 763,0 milhões, alta de 22,9%. No primeiro semestre, a receita alcançou R$ 1,549 bilhão, elevação de 19,4% em relação ao mesmo intervalo do ano passado.

Segundo o diretor-presidente da empresa, Rogério Jorge, no trimestre a empresa entregou maiores volumes de energia produzida, devido às condições favoráveis para a geração em hidrelétricas e à integração de ativos eólicos Ventos de Araripe, Caetés e Cassino adquiridos no ano passado. “É um mix de eficiência operacional para aumentar a disponibilidade, eficiência, desenvolvimento de projetos de entrega, de construção e eficiência comercial”, disse o executivo ao Broadcast Energia.

O Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Ebitda, da sigla em inglês), totalizou R$ 347,5 milhões, montante 45,2% maior do que o registrado um ano antes. Considerando o intervalo de janeiro a junho, o Ebitda da AES Brasil alcançou R$ 745,8 milhões, alta de 38,1%.

Geração bruta de energia

No trimestre, a geração bruta de energia totalizou 3.913,70 gigawatts-hora (GWh) no segundo trimestre, enquanto no semestre as usinas da empresa produziram 8.476,70 GWh.

A maior parte é na fonte hídrica, que foi responsável por 2.754,20 GWh, seguida pela eólica com 1.019,50 GWh e pela solar fotovoltaica com 140 GWh. No acumulado do ano até junho, as hidrelétricas da AES produziram 6.210,70 GWh, as eólicas geraram 1.981,20 GWh e a solar 284,8 GWh.

Os resultados da AES Brasil (BOV:AESB3) referente suas operações do segundo trimestre de 2023 foram divulgados no dia 03/08/2023.

Teleconferência

 A AES Brasil sofreu atrasos com aerogeradores da Siemens Energy, fabricante que vêm enfrentando problemas com sua geração mais nova de máquinas, mas dispositivos do contrato com a fornecedora garantiram a rentabilidade dos projetos eólicos, disse o CEO da geradora, Rogério Jorge.

“Essas máquinas estão entrando em operação com quase um ano de atraso, algumas até com mais de um ano de atraso, justamente por esses problemas. No nosso caso, tudo isso foi coberto pela penalização do contrato”, explicou, durante teleconferência para comentar os resultados do segundo trimestre.

O executivo afirmou ainda que a AES não está preocupada com as entregas dos próximos aerogeradores para seus parques eólicos em construção. As novas máquinas serão fornecidas pela Nordex.

Os projetos atualmente em instalação pela AES Brasil – Tucano, na Bahia, e Cajuína, no Rio Grande do Norte – avançaram de maneira importante ao longo dos últimos meses, com o complexo baiano previsto para estar 100% em operação comercial durante o terceiro trimestre e a fase 1 de Cajuína no mesmo status até o fim do ano.

O presidente da companhia, Rogério Jorge, disse nesta sexta-feira, 4, que Tucano alcançou, no encerramento de junho, um avanço de 99%, com 35 das 52 turbinas em operação, mas todas as estruturas já montadas e 48 já comissionadas. “A previsão é que o projeto esteja 100% operacional no terceiro trimestre”, disse, durante teleconferência sobre os resultados do segundo trimestre realizada na manhã desta sexta-feira.

O projeto, de 322 MW de capacidade, tem sua energia comercializada em contratos de longo prazo e registrou atrasos em relação ao cronograma original previsto – para algumas turbinas, de mais de um ano. Mas os custos desse adiamento são cobertos no contrato com o fornecedor. Somente no segundo trimestre, a empresa contabilizou R$ 27 milhões em compensações.

Os atrasos refletem problemas nas turbinas contratadas da Siemens Gamesa, e não são exclusividade desse parque. Há no setor de energia diversos relatos de problemas com essas turbinas em projetos de outros geradores no Brasil e exterior.

Jorge disse que os equipamentos instalados passaram por “análise cuidadosa e reavaliação” e problemas identificados foram corrigidos. Adicionalmente, comentou que foram instalados sensores de vibração em todas as pás de cada turbina, de forma a permitir um acompanhamento em tempo real, uma solução que ainda não é usual no mercado. “Isso foi feito para garantir controle mais efetivo das operações”, comentou.

Cajuína

O Complexo Cajuína, no Rio Grande do Norte, soma 684 MW divididos em duas fases, sendo que a primeira, de 314 MW, também está com obras adiantadas, com 97% de evolução. Neste caso, das 55 turbinas, 20 estavam em operação ao fim do primeiro semestre e 44 prontas para comissionamento. A expectativa da empresa é que esteja 100% operacional até o final do ano.

Já a fase 2, de 370 MW, registrou em junho evolução de 63%. A estimativa é que o parque inicie sua operação comercial no segundo semestre, com conclusão no primeiro trimestre de 2024.

VISÃO DO MERCADO

BB Investimentos

A AES Brasil apresentou ontem (3/8) seu resultado referente ao 2T23, impulsionado mais uma vez pelo atual ciclo de expansão, já em fase de conclusão, e pela redução do custo com compra de energia beneficiada pela melhor hidrologia, compensando a alta de despesas operacionais também decorrentes da expansão recente.

O destaque foi o aumento da geração eólica (+116% a/a no 2T23 e +125% a/a no 6M23), principalmente pela aquisição dos parques já operacionais Ventos do Araripe, Caetés e Cassino em novembro de 2022, pelo início operacional parcial dos Complexos Tucano e Cajuína que estão em fase de final de construção e não devem mais consumir investimentos mas ainda adicionarão receita nos próximos trimestres, e por melhores condições de vento na comparação anual. A receita também foi favorecida pelo reajuste anual dos preços de venda de energia.

BTG Pactual

A AES Brasil apresentou resultados fracos, como esperado, no 2T. O EBITDA foi de R$ 348 milhões, em linha com os R$ 345 milhões que esperávamos e +54% a/a, refletindo a consolidação dos três parques eólicos comprados em Nov-22 da Cubico e a evolução dos projetos eólicos em construção (Tucano e Cajuína), que, apesar das chuvas mais fortes, foram negativamente compensados pelos fracos resultados hidrelétricos devido aos altos custos de compra de energia. Após despesas financeiras líquidas de R$ 144 milhões, o lucro líquido ficou em R$ 36 milhões, bem abaixo de nossa projeção de R$ 29 milhões.

Inter Research

A AES Brasil apresentou um resultado positivo no 2T23, com aumento da Margem Líquida e EBITDA em decorrência do início faseado da operação comercial de Tucano, incorporação dos complexos eólicos no fim de 2022 e elevação do preço médio de venda e redução do preço médio de compra no portfólio hídrico. Assim, mantemos nossa recomendação de compra para AES Brasil (AESB3), com preço alvo em 17/ação, visando o final de 2023.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão

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