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Cielo (CIEL3): lucro líquido recorrente de R$ 486 milhões no 2T23, alta de 26,8%; ações caem

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A Cielo registrou lucro líquido recorrente de R$ 486 milhões no 2T23, alavancado pelo desempenho operacional robusto, com novo avanço na margem Ebitda (Ebitda sobre receita) recorrente. O resultado representa um crescimento de 26,8% frente a mesma etapa do ano passado.

Levando em conta os itens não recorrentes envolvendo as operações de Cielo Brasil e Cateno, a empresa apresentou um lucro consolidado de R$ 708,5 milhões, maior patamar desde o quarto trimestre de 2018 e alta de 11,5% frente ao mesmo período do ano anterior.

Ebitda – juros, impostos, depreciação e amortização – recorrente totalizou R$ 1,045 bilhão no 2T23, um crescimento de 14,3% em relação ao 2T22. A margem Ebitda recorrente atingiu 39,6% entre abril e junho deste ano, alta de 3,6 pontos percentuais (p.p.) frente a margem registrada em 2T22.

A receita líquida somou R$ 2,642 bilhões no segundo trimestre deste ano, crescimento de 4% na comparação com igual etapa de 2022, impulsionada principalmente pelo crescimento de yield (retorno) em Cielo Brasil e volume e yield em Cateno.

O volume financeiro de transações capturado pela Cielo Brasil foi de R$ 195,8 bilhões no 2T23, queda de 11,4% sobre o 2T22, com queda de 7,7% em transações com cartões de crédito e redução de 16,8% em transações com cartões de débito.

Em 30 de junho de 2023, a Cielo registrou um saldo de caixa e equivalentes de caixa de R$ 1,244 bilhão, redução de R$ 2,988 bilhões frente a 30 de junho de 2022 e redução de R$ 1,107 bilhão frente a 31 de março de 2023. “A redução das disponibilidades em ambas as bases de comparação é explicada, principalmente, pelo aumento substancial de recursos alocados em Produtos de Prazo”, diz a empresa.

Na data base de encerramento do balanço, a Cielo registrou um total de empréstimos e financiamentos de R$ 7,398 bilhões, um aumento de R$ 451,0 milhões quando comparado a 30 de junho de 2022.

Os resultados da Cielo (BOV:CIEL3) referente suas operações do segundo trimestre de 2023 foram divulgados no dia 01/08/2023.

Teleconferência

Em teleconferência com jornalistas, o recuo dos volumes da Cielo foi destaque entre as perguntas. A companhia, já há algum tempo, vem defendendo que tem foco em manter sua rentabilidade – mas sofre também pressão de concorrentes, que aparentemente, de acordo com executivos da adquirente, aceitam trabalhar com margens menores ou até mesmo deficitárias.

“No primeiro semestre, passamos por readequação de preços, de olho no macro, nos custos e no valor agregado nos nossos produtos. Essa readequação demonstra que estamos em um bom nível de racionalidade. Nós mantemos esse ponto”, falou Estanislau Bassols, diretor executivo (CEO).

Indo mais longe, Bassols defendeu que, no passado, a Cielo já teve de encarar outros players trabalhando de forma não rentável e ganhando market share, mas que, na história, os clientes acabam voltando.

Fora isso, a companhia também destaca a dificuldade em entender o recuo causado pelo momento macroeconômico, que inibe transações, do assédio de concorrentes.

De toda a forma, a Cielo pretende reagir. A companhia vai contratar mais de mil pessoas para atuarem no segmento de varejo, com foco principalmente nos clientes menores, onde vem sofrendo mais.

” Quando levamos apoio comercial e logístico para os parceiros, temos produtividade superior do que aquilo que temos no vendedor porta a porta. Isso nos levou a expandir nossa força comercial, com a visão de que vamos ter um diferencial”, comentou Bassols. “Não mudamos, no entanto, a nossa busca por eficiência e por rentabilidade. Temos esse compromisso”.

Quanto às margens, os diretores afirmaram que a expansão é significativa, sendo que a Cielo tem hoje 2500 funcionários “na rua”. “Temos a primeira onda de contratação de 400 pessoas e depois temos outras. A ambição é que conseguirmos ganhar o market share que desejamos. As contratações ainda não estão nos gastos neste trimestre e devem, sim, pesar um pouco nos próximos. Mas temos trabalhado em rentabilidade”, falou Filipe Oliveira, diretor financeiro (CFO).

VISÃO DO MERCADO

Analistas já esperavam dados não tão empolgantes da Cielo para o segundo trimestre de 2023 – e a expectativa se confirmou. Os números foram considerados fracos, não sendo um catalisador para uma ação que já carecia de triggers de curto prazo.

Com isso, às 10h20 (horário de Brasília) desta terça-feira (2), as ações caíam 6,00%, a R$ 4,41.


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BB Investimentos

Para a equipe do BB Investimentos, a empresa apresentou resultado misto, com lucro líquido recorrente acima das estimativas internas e aumento da penetração em produtos de prazo, incremento da rentabilidade (evidenciado por maiores yield de receita e margem EBITDA) e continuidade do bom desempenho da Cateno. Na outra ponta, apontam, houve redução dos volumes transacionados e perda na base ativa de clientes, sugerindo queda na participação de mercado.

Citi

Analistas do Citi afirmam que o lucro líquido da companhia ficou 6% abaixo das projeções do banco, pressionado por um volume de pagamentos processados (TPV) abaixo do consenso. “Embora os investidores já esperassem volumes mais fracos, acreditamos que os números divulgados devem gerar uma reação negativa. Por outro lado, a perda de participação provavelmente está ocorrendo em contas grandes e um mix mais pujante elevou os rendimentos, o que compensou parcialmente o impacto negativo.”

Credit Suisse

O Credit Suisse também avaliou que os resultado da Cielo vieram fracos, com a receita líquida 5% abaixo do consenso (com TPV fraco), enquanto os custos operacionais aumentaram, levando a um número abaixo do esperado de 3% no lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês). O Ebitda recorrente totalizou R$ 1,045 bilhão no 2T23, um crescimento de 14,3% em relação ao 2T22.

Do lado positivo, os resultados financeiros foram impulsionados por fortes receitas de pré-pagamento (+64% frente o 2T22).

“No geral, acreditamos que, apesar do valuation descontado, mas com os números indicando um crescimento menor da indústria de cartão e maior competição levando a um fraco desempenho operacional, os investidores devem continuar neutros em relação ao papel”, avaliam os analistas do banco suíço.

Itaú BBA

O Itaú BBA vê resultados mornos no 2T23, conforme o esperado, também ressaltando a combinação de forte queda de TPV e maiores despesas, que é particularmente preocupante para a companhia no segundo semestre (e provavelmente para todas as empresas da indústria).

“O Yield aumentou menos do que o esperado e pode ter atingido o pico no segundo trimestre. Cateno também apresentou volumes menores, compensados pelas margens. Entendemos que hoje o nome está bem precificado a 7,5 vezes o preço sobre o lucro esperado para 2024, sem catalisadores de curto prazo”, avalia o BBA.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão

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