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Desconfiança no estímulo chinês: Queda da Alibaba sinaliza descrença do mercado

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Apesar dos recentes estímulos da China para fortalecer sua economia, o mercado de ações permanece cético sobre sua eficácia. Prova disso é a queda nas ações da gigante do e-commerce Alibaba (NYSE:BABA), que desvalorizou em negociações nos EUA na terça-feira após já ter registrado uma queda de 2,4% no dia anterior. Esta reação não é a esperada pelos acionistas, especialmente após o Banco Popular da China decidir reduzir as taxas de juros para revitalizar a economia e estimular o consumo.

A Alibaba também é negociada na B3 através do ticker (BOV:BABA34).

No início de 2023, após o fim dos bloqueios pandêmicos, havia otimismo no mercado com relação a uma potencial recuperação robusta. Contudo, a realidade apresentada contrasta com essa expectativa. O Banco Central chinês anunciou um corte em sua taxa de recompra reversa de sete dias, essencial para a liquidez bancária de curto prazo, de 1,9% para 1,8%. Além disso, reduziu sua taxa de empréstimo de médio prazo de um ano para 2,5%, marcando a maior queda desde os primeiros momentos da pandemia de Covid-19.

Cai Fang, integrante do comitê de política monetária do Banco Central, ressaltou a urgência de estimular o consumo doméstico e enfatizou a necessidade de garantir mais dinheiro disponível para os cidadãos chineses.

Como barômetro das tendências econômicas do país, a performance da Alibaba reflete o sentimento do mercado em relação ao ambiente econômico chinês. Embora índices como o Dow Jones e o S&P 500 tenham sofrido quedas, a retração no valor das ações da Alibaba sugere que os investidores duvidam da capacidade do estímulo chinês em revitalizar a economia.

A China teve seu crescimento econômico abalado em 2022 devido às rígidas políticas de combate à Covid. A expectativa de uma recuperação sólida em 2023 ainda não se materializou. Julian Evans-Pritchard, especialista em economia chinesa, afirmou que os atuais estímulos podem não ser suficientes para sustentar o crescimento.

Os recentes dados de vendas no varejo e produção industrial da China, somados à crise no setor imobiliário, têm contribuído para a desaceleração econômica. Evans-Pritchard sugere que outras ferramentas de estímulo podem ser empregadas em breve.

No entanto, a estratégia atual parece não convencer o mercado, com investidores possivelmente reconsiderando suas posições em empresas chinesas, como a Alibaba.

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