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Gerdau (GGBR4): lucro líquido ajustado de R$ 2,143 bilhões no 2T23, baixa de 50,1%

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A Gerdau registrou um lucro líquido ajustado de R$ 2,143 bilhões, cifra 50,1% inferior à reportada no mesmo período de 2022, de R$ 4,298 bilhões.

Conforme a empresa, quando comparado à igual período de 2022, o resultado recuou devido à forte base de comparação, somado à retração do consumo mundial de aço.

No trimestre, questões como o nível de atividade econômica na China, provável desaceleração da economia norte-americana e dificuldades de acesso ao crédito no Brasil impactaram o consumo global do produto.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) alcançou R$ 3,8 bilhões, 43,2% abaixo de um ano antes, com margem de 20,8%, ante 29,1% de um ano antes.

O resultado financeiro apresentou despesas líquidas de R$ 423 milhões no 2T23, ante despesa líquida de R$ 361 milhões de um ano antes.

Conforme a empresa, o resultado financeiro foi influenciado, na comparação anual, principalmente, pelo maior efeito da variação cambial, que reflete as oscilações na taxa de câmbio das moedas locais frente ao dólar.

A receita líquida totalizou R$ 18,3 bilhões no segundo trimestre, montante 20,5% menor do que um ano antes. As vendas de aço, tonelada, caíram 9,6%. Enquanto isso, o lucro bruto somou R$ 3,3 bilhões, queda de 44,5%.

A dívida bruta da Gerdau somou R$ 10,695 bilhões, queda de 14,1%. Assim a relação entre a dívida líquida e o Ebitda ficou em 0,37 vez, ante 0,19 vez de um ano antes.

Os investimentos somaram (Capex) somaram R$ 1,229 bilhão, queda de 28,2%. Enquanto isso, o fluxo de caixa livre ficou em R$ 784 milhões, queda de 75,6%.

Os resultados da Gerdau (BOV:GGBR3) (BOV:GGBR4) referentes suas operações do segundo trimestre de 2023 foram divulgados no dia 08/07/2023.

Teleconferência

Segundo Gustavo Werneck, CEO da Gerdau, o volumes e backlog estão “sólidos”. “Percebemos uma queda de demanda, de 10%, e caímos um pouco por conta de paradas”, disse, a analistas. “Ainda não vimos entrar muitos pedidos pelo lado da infraestrutura, mas estão aparecendo aos poucos. Dentro do tamanho dos pacotes, o esperado é que eles venham no futuro”, mencionou, sobre os pacotes de infraestrutura do governo Joe Biden.

Em relação a dividendos, avançamos nossa política; apesar do resultado um pouco pior, a distribuição de caixa foi a mesma e deve se manter assim, diz CFO
“A dívida líquida está em linha com aquilo que almejamos na nossa estrutura de capital, apesar de importantes desembolsos que tivemos no trimestre, com vencimento de bonds importantes”, disse o executivo, a analistas.

“Nos próximos trimestres, seguiremos monitorando o mercado e acompanhando a situação dos negócios. Teremos algumas pressões adicionais, apesar de vermos a redução de capital de giro. No Capex, vemos que o acumulado dos seis meses está abaixo da média que apontamos no guidance. Muitos dos gastos ainda não ocorreram. Temos outros elementos que compensam a geração de caixa”, afirmou Rafael Japur, CFO da Gerdau.

Estamos atentos à tributação de dividendos, diz CFO. “Conforme as coisas se acertarem, podemos ser mais ou menos assertivos com a distribuição de proventos nos próximos trimestres”, disse Rafael Japur, CFO da Gerdau.

Em relação ao Capex, seremos conservadores; não existe perspectiva de aumentar desembolsos, mesmo em cenários com resultados financeiros melhores ou mais apertados, como estamos vivendo, diz CEO.

Importação de aço no Brasil não é racional, diz CEO. “O mundo está sendo inundado por aço chinês, que é subsidiado e não competitivo. Não é uma conta fácil”, disse Gustavo Werneck, CEO da Gerdau. “Existe uma preocupação grande porque as economias maduras colocam alguma proteção ao seu mercado contra competições desleais”, acrescentou.

Estamos tirando capacidade de exportação rapidamente no terceiro e no quarto; números serão menores, diz CEO. “A gente fica apostando que a volatilidade do mercado não será de longo prazo, mas no momento nossa crença é que não teremos mudança de preço até o final do ano, com questão de China. Estamos retirando capacidade para não prejudicar nossas margens brasileiras”, falou Gustavo Werneck, CEO da Gerdau.

VISÃO DO MERCADO

Bradesco BBI

Segundo o Bradesco BBI, o resultado foi impulsionado por números melhores tanto no Brasil quanto nas divisões de aços especiais, enquanto América do Norte e América do Sul ficaram em linha. Apesar da queda sequencial do Ebitda em meio a um ambiente operacional mais desafiador em todos os mercados, a Gerdau (GGBR4) conseguiu manter as margens consolidadas acima de 20%, relata o banco. O BBI tem recomendação outperform para a Gerdau, com preço-alvo de R$ 34/ação.

Credit Suisse

“A Gerdau divulgou seus resultados com Ebitda [lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês] ajustado de R$ 3,7 bilhões, queda de 12% no trimestre e de 43% no ano, mas em linha com o nosso consenso”, diz o time do Credit Suisse, liderado por Vanessa Quiroga. “As receitas líquidas também vieram em linha, mas caíram 3% sequencialmente, para R$ 18,3 bilhões, seguindo a menor receita do braço norte americano”.

Com o mercado brasileiro pouco animador, devido à situação do cenário macroeconômico local, as operações da companhia nos Estados Unidos vêm carregando, já há algum tempo, o otimismo com os balanços da metalúrgica. O país tem sua economia ainda aquecida e viu o governo liberar pacotes de infraestrutura.

“Em nossa visão, a normalização da lucratividade para a Gerdau North America já era esperada e destacamos que as margens permaneceram fortes em comparação com a média histórica, mesmo sendo afetadas pela menor diluição de custo”, fala o time.

Em parte, o Credit Suisse explica que o pior desempenho se deu por parte da menor oferta da Gerdau no país, com manutenção mais longa da unidade de Whitby e uma revisão não programada na planta de produção de vergalhões, em Charlotte.

O Ebitda do braço americano ficou em R$ 1,7 bilhão, queda de 25% no trimestre e de 37% no ano. As margens saíram de 30,2% no primeiro trimestre para 26,1%.

“O Ebitda para a divisão da América do Sul atingiu R$ 481 milhões, 19% acima das nossas projeções. O número foi apoiado por um forte desempenho das joint ventures na Colômbia e na República Dominicana.”, diz o Credit Suisse. “Quanto à divisão de Aços Especiais, o Ebitda de R$ 603 milhões ficou 5% acima do nosso consenso, com melhora de margem principalmente devido a remessas mais altas”.

Santander

“A Divisão América do Norte da empresa foi afetada por paradas de manutenção, o que ajudou os volumes de vendas a caírem 12% trimestralmente e 13% no ano. Como resultado, seu Ebitda caiu 25% frente ao primeiro trimestre”, corrobora a equipe do Santander, encabeçada por Rafael Barcellos.

Nas operações brasileiras, do outro lado, o Ebitda de R$ 992 milhões dividiu opiniões. O Credit Suisse viu o número 3% acima do seu consenso, mas o Morgan Stanley projetava um valor 4% maior.

Segundo a instituição suíça, o braço brasileiro conseguiu aumentar sua receita líquida 5% trimestralmente, para R$ 7,2 bilhões, apostando em maiores volumes, já que o faturamento por tonelada caiu 0,8% na mesma base.

“Apesar de uma contração do mercado doméstico de 1,4% t/t, segundo o IABr (Instituto Aço Brasil), as remessas aumentaram 5% trimestralmente, para 1,3 milhão de toneladas, 2,5% acima do que esperávamos, impulsionadas por maiores volumes de exportação”, falam.

O Santander menciona que “o principal destaque positivo foi sua Divisão de Aço Especial, impulsionada por uma recuperação de volume no Brasil e pela demanda consistentemente sólida na América do Norte”.

Por fim, especialistas chamam a atenção para o fato de que o fluxo livre de caixa, de R$ 784 milhões, ficou aquém do esperado, por conta do aumento do capital de giro. O ciclo de conversão de caixa saiu de 78 dias no primeiro trimestre para 81 dias no segundo.

Morgan Stanley

O Morgan, do outro lado, defende que os menores preços realizados foram apenas parcialmente compensados pelo aumento do volume.

“O Brasil viu um pequeno aumento no volume devido à dinâmica do mercado estrangeiro, apesar da redução no preço realizado causada pelo aumento na exportação de produtos semiacabados”, explica a Genial. “Produtores chineses de aço doméstico estão vendendo seus produtos em outros mercados globais devido à fraca atividade econômica na China, levando a um prêmio de 10% para aço longo (2/3 do portfólio da Gerdau) e de 20 a 25% para aço plano (1/3 do portfólio da Gerdau). Isso resultou em dificuldades nos ajustes de preços, pois os players começariam a perder uma participação de mercado significativa no Brasil”.

Recentemente, outras metalúrgicas, como Usiminas e CSN, reclamaram da falta de proteção ao aço brasileiro.

Por fim, os segmentos de aços especiais e América do Sul foram, consensualmente, os destaques positivos do trimestre.

XP Investimentos

A Gerdau (GGBR4) apresentou resultados sólidos, como esperado, com Ebitda Aj. de R$ 3,792 milhões -12% t/t e -43% a/a (+1% XPe), implicando em margem Ebitda de 20,8% (-2p.p t/t). Analistas notaram que os bons resultados foram impulsionados principalmente pelas operações na América do Norte, mostrando preços estáveis (e sólidos), embora as paradas para manutenção tenham afetado negativamente os volumes e a lucratividade (margem Ebitda ajustada de 26% no 2T23 vs. 30% no 1T23). A Gerdau também anunciou R$ 752 milhões em dividendos (a serem pagos em 29 de agosto), implicando em um yield anualizado de 6,4%. A Gerdau foi reiterada como a top pick no setor de metais e mineração.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Reuters

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