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Natura (NTCO3): prejuízo líquido de R$ 731,9 milhões no 2T23, queda de 4,6%

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A Natura & Co registrou um prejuízo líquido de R$ 731,9 milhões, cifra 4,6% inferior à reportada um ano antes, de 766,8 milhões.

A empresa informou que o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado somou R$ 753,1 milhões, alta de 25,8%, com margem ajustada de 9,7% – alta de 2,3 ponto porcentual (p.p.).

Enquanto isso, o Ebitda reportado subiu 15,6%, para R$ 455,7 milhões, com uma margem de 5,9%, aumento de 1,0 p.p..

Conforme a Natura, o prejuízo ocorreu já que o Ebitda mais elevado, seja o ajustado ou o reportado, foi parcialmente compensados por maiores perdas das operações descontinuadas (principalmente impactado pela margem mais baixa na Aesop).

A Natura aponta ainda que resultado líquido (underlying), que exclui custos de transformação, custos de reestruturação, operações descontinuadas e efeitos do PPA, ficou negativo em R$ 219 milhões, menor do que o reportado um ano antes.

A receita líquida total da empresa somou R$ 7,773 bilhões, queda de 4,1%. No entanto, considerando a variação em moeda constante, houve alta de 1,9%.

Conforme a empresa, o crescimento em moeda constante foi impulsionado pelo forte desempenho de Natura Latam (+19,5%).

Entretanto, esse desempenho foi parcialmente compensado por resultados na The Body Shop (-12,5%) em CC) e na categoria Casa e Estilo da Avon na América Latina (-36,9%).

“A dinâmica de receita da Avon International continua melhorando”, destacou a empresa, citando a alta de 7,5% na comparação com 1º trimestre. Na comparação anual, porém, houve queda de 1,3%.

Em mensagem que acompanha o relatório de administração, o CEO da companhia, Fábio Barbosa, afirma que o desempenho foi impulsionado, principalmente, pela margem bruta, “beneficiada pelos efeitos do mix, parcialmente compensados por investimentos e pela inflação”.

“O lucro líquido continua impactado pelas elevadas despesas financeiras, que serão endereçadas na conclusão da venda da Aesop, prevista para ocorrer no terceiro trimestre de 2023”, afirmou Barbosa.

Ao final do 2º trimestre, a Natura & Co Holding contava com uma dívida líquida de R$ 10,032 bilhões, ante R$ 9,4 bilhões da posição final do 1º trimestre e de R$ 8,498 bilhões de um ano antes.

Assim, a relação entre a dívida líquida e o Ebitda – excluindo IFRS 16 – ficou em 7,24 vezes ao final do segundo trimestre, ante 3,46 vezes do mesmo período de 2022.

Conforme a Natura, a melhora é resultado do Ebitda, combinado com uma melhor dinâmica de capital de giro operacional em todas as unidades de negócios, resultando em um menor consumo sazonal de caixa da perspectiva de fluxo de caixa livre para empresa.

No entanto, os números gerais ainda são impactados por maiores despesas financeiras líquidas, impactando “o fluxo de caixa livre to equity“.

Os resultados da Natura (BOV:NTCO3) referente suas operações do segundo trimestre de 2023 foram divulgados no dia 14/08/2023.

Teleconferência

Logo na abertura da teleconferência de resultados do segundo trimestre, Fábio Barbosa, CEO da Natura (NTCO3), tratou de justificar o prejuízo líquido de R$ 731,9 milhões registrado de abril a junho, apostando numa melhora considerável no segundo semestre desse ano.

“O lucro líquido continua sendo impactado pelas despesas financeiras que serão abortadas após o fechamento do negócio da Aesop. Esperamos que o fechamento ocorra no terceiro trimestre desse ano. Os recursos provenientes da Aesop vão fortalecer e alavancar o balanço da Natura, liberando recursos com disciplina, concentrando o foco em prioridades estratégicas”, afirmou.

Em abril, foi anunciada a venda pela Natura da subsidiária australiana Aesop para a L’Oreal por US$ 2,5 bilhões.
Com os recursos da venda da Aesop, a Natura espera fechar o 3T23 permitindo eliminar grande parte da dívida e colocar o balanço da empresa na posição favorável de caixa.

O relatório da Natura reporta perdas de operações descontinuadas no 2T23, principalmente impactado pela margem mais baixa na Aesop. Assim, mesmo com prejuízo no segundo trimestre deste ano, as perdas líquidas foram 4,6% inferiores às reportadas um ano antes.

  • Preocupações

Mas a assinatura final da venda Aesop não deve por fim às preocupações. “O The Body Shop enfrenta desafios persistentes na receita e permanecemos focados na conversão de caixa”, afirmou Barbosa, a analistas.

Guilherme Castellan, CFO da Natura, relatou que o The Body Shop tem enfrentado diminuição de canais de distribuição, dentro do processo de reestruturação da marca.

As vendas combinadas dos principais canais de distribuição (lojas, e-commerce e franquia) apresentaram recuo no 2T23, enquanto o canal The Body Shop at Home continuaram em queda acentuada.

  • Onda 2: Natura-Avon

Sobre a integração entre a Natura e a Avon na América Latina, que teve início com a chamada “Onda 2” (que será detalhada, inclusive, nesta quarta-feira (16) pela empresa –, os executivos da companhia informaram “satisfação” com os resultados nos dois países que já implementaram o programa.

“A Onda 2 de integração na América Latina está em andamento e os resultados são promissores no Peru e na Colômbia. Utilizaremos essas lições para obter sucesso na implementação no Brasil, que já começa nesse terceira trimestre”, disse Fábio Barbosa.

Com relação à Argentina, onde a Natura tem operação, os executivos afirmam acompanhar a situação econômica e política. “Obviamente nós temos nos preparado para essa volatilidade”, disse João Paulo Ferreira, diretor-executivo para a América Latina da Natura.

VISÃO DO MERCADO

Citi

A Natura &Co reportou receita abaixo do esperado no segundo trimestre, mas com considerável expansão de margem, principalmente na América Latina, confirma que a transformação da Avon está tomando forma, de acordo com o Citi, em relatório.

Os analistas João Pedro Soares, Felipe Reboredo e Sergio Matsumoto escrevem que a receita caiu 4% devido a The Body Shop e Avon International, enquanto a margem bruta subiu 4,4 pontos percentuais graças à América Latina e The Body Shop, com melhor mix na Avon e precificação.

Na América Latina, as vendas caíram 3% no comparativo anual, ainda afetadas pela otimização do portfólio da Avon, e a Natura continuou a crescer no Brasil, embora relatando uma desaceleração significativa, dizem eles.

Já a margem bruta e margem de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) superaram as projeções, impulsionadas pela melhoria do mix na Avon, segundo os analistas, enquanto em The Body Shop a margem bruta avançou graças ao preço e ao mix e margem Ebitda devido a maior disciplina de despesas.

Já na Avon Internacional as margens aumentaram graças ao mix, dizem.

O Citi tem recomendação neutra para as ações da Natura &Co, com preço-alvo de R$ 15.

Santander

A Natura &Co reportou resultados mistos no segundo trimestre, com receita fraca mais do que compensada pelos ganhos de forte margem bruta, levando a um crescimento anual de cerca de 26% no lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado, diz o Santander, em relatório.

Os analistas Ruben Couto, Eric Huang e Vitor Fuziharo escrevem que o Ebitda ajustado veio em linha com o consenso, e dadas as tendências subjacentes positivas em segmentos-chave, em especial a marca Natura, principalmente no Brasil, o segundo trimestre deve ver o bom momento da ação continuar.

Segundo os analistas, a marca Natura continua mostrando números robustos de receita, com crescimento na operação no Brasil e na América latina, enquanto o Ebitda veio dentro do previsto na Natura &Co na América Latina, já que persistem os desafios esperados na Avon.

Eles dizem ainda que os sinais vieram mistos na Avon International, com queda nas vendas e Ebitda abaixo da projeção, apesar do avanço graças ao ganho de margem bruta. Por fim, a empresa prepara o terreno para a integração da Natura e da Avon no Brasil, afirmam.

O Santander tem recomendação neutra para as ações da Natura &Co, com preço-alvo de R$ 18.

XP

A Natura &Co reportou resultados robustos no segundo trimestre, com expansão da marca Natura e da margem bruta como destaques, mas com maiores custos de transformação, diz a XP, em relatório.

As vendas caíram com o desempenho fraco da Avon na América Latina na preparação da Onda 2, a integração da Natura e da Avon no Brasil, e cenário macroeconômico como um desafio, bem como a otimização da categoria casa e estilo na Avon dizem os analistas Danniela Eiger, Gustavo Senday e Thiago Suedt.

Segundo eles, o momento segue desafiador na The Body Shop, já que os níveis de estoque permanecem altos e o mix de canais continua a ser reequilibrado. A margem bruta consolidada, por sua vez, foi o destaque positivo, com alta impulsionada pelo preço sobre mix positivo em todas as unidades de negócios, com destaque para América Latina.

Já a enquanto a margem de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustada aumentou com maiores investimentos em marketing e em pesquisa e desenvolvimento na Natura na América Latina e na Avon Internacional, embora com custos de transformação mais altos do que as expectativas, dizem os analistas.

A XP tem recomendação de compra para as ações da Natura &Co, com preço-alvo de R$ 18.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters

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