Após uma conversa com o diretor financeiro da Petrobras, Sergio Leite, os analistas do UBS BB revisaram sua recomendação para as ações da empresa de “venda” para “neutra”. Além disso, eles ajustaram o preço-alvo de R$ 22 para R$ 31, tanto para as ações preferenciais (PN) quanto para as ordinárias (ON).
Essa decisão foi baseada em vários fatores, incluindo o desempenho do segundo trimestre, as projeções para o preço do petróleo brent, bem como expectativas de melhores margens no segmento de “downstream” (refino e distribuição).
O UBS BB prevê um possível aumento nos preços dos combustíveis pela Petrobras (BOV:PETR3) (BOV:PETR4) nos próximos meses, que poderia variar entre 8% e 10%, alinhado às estimativas para o petróleo brent. Essa medida, de acordo com o banco, seria vista de forma positiva pelo mercado e também reduziria discussões sobre questões de governança relacionadas à política de preços.
Quanto aos dividendos, os cálculos do UBS BB sugerem que a recente mudança na política de remuneração aos acionistas para 45% do fluxo de caixa livre poderia resultar em um anúncio de pagamento de US$ 10 bilhões até 2024, podendo chegar a US$ 14 bilhões caso a empresa decida distribuir o excedente de geração de caixa.
O UBS BB admitiu que errou na recomendação de venda das ações da Petrobras em novembro. Em relação a uma possível aquisição da Vibra Energia (#VBBR3), os analistas ponderaram que isso não faria sentido. Quanto ao caso da Braskem (#BRKM5), a diretoria da Petrobras considera importante manter a parceria, mas não tem planos de estatizar a empresa. A Petrobras também não pretende vender sua participação na Braskem e vê o setor de petroquímicos como estratégico.