Nesta quarta-feira (13), American Airlines (NASDAQ:AAL) e Spirit Airlines (NYSE:SAVE) uniram-se ao coro de operadoras aéreas alertando sobre o impacto dos crescentes custos nos lucros do agitado trimestre de verão.
A American Airlines também é negociada na B3 através do ticker (BOV:AALL34).
A American revisou sua previsão de lucro ajustado por ação para o terceiro trimestre para uma faixa entre 20 e 30 centavos, significativamente abaixo da estimativa anterior de até 95 centavos. A justificativa se deu por conta do aumento no preço do combustível e um novo acordo trabalhista com os pilotos. Além disso, a empresa cortou sua projeção de margem operacional pela metade, agora variando de 4% a 5%.
Por sua vez, a Spirit Airlines projetou margens negativas de até 15,5% para o trimestre encerrado em 30 de setembro, uma revisão drástica em relação à sua previsão anterior de -5,5% a -7,5%. A operadora econômica ainda diminuiu sua estimativa de receita para o mesmo período.
Após um verão em que as companhias aéreas tinham um maior poder de determinação de preços devido à capacidade reduzida em meio à pandemia de Covid, agora enfrentam um período tradicionalmente marcado por menor demanda por viagens. Isso foi evidenciado pela Frontier Airlines, que destacou uma queda recente nas vendas e antecipou um resultado ajustado negativo para o trimestre.
Em resposta a essas previsões, as ações de American, Spirit e Frontier declinaram, com a Frontier atingindo uma baixa histórica em 52 semanas.
A Hopper, uma empresa especializada no monitoramento de tarifas, prevê uma continuação na queda das tarifas durante a temporada de outono nos EUA, esperando uma média de $211 para voos domésticos em setembro e outubro, o que representa um decréscimo de 30% em relação ao auge do verão.
Além dessas empresas, Southwest Airlines e Alaska Airlines também já haviam revisado suas estimativas para o terceiro trimestre no começo do mês.
O balanço completo das companhias aéreas para o terceiro trimestre será divulgado em meados de outubro.