O Bradesco BBI elevou sua recomendação para as ações do Itaú Unibanco de neutro para outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra), sob justificativa de que o banco oferece “uma relação risco-recompensa atraente”, uma vez que os principais riscos já parecem estar precificados.
Dessa forma, a instituição elevou o preço-alvo para o final de 2024 de ITUB4 para R$ 36, acima dos R$ 29 anteriores, o que representa um potencial de valorização de 30% em relação ao preço atual da ação, de R$ 27,80.
Em sua análise, a equipe de research do BBI pontua que o Itaú pode continuar a apresentar forte crescimento de lucros e retorno sobre patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) superior.
Além disso, o Itaú (BOV:ITUB3) (BOV:ITUB4) tem um balanço forte, com um elevado índice de cobertura e base de capital, o que poderia apoiar um crescimento sólido dos empréstimos e/ou um índice de distribuição de dividendos mais elevado.
Para os analistas, portanto, o Itaú está sendo negociado com uma avaliação atrativa, com uma margem de segurança significativa e oferece os melhores riscos/recompensas entre os bancos brasileiros.
ITUB4: avaliação atrativa
As ações do Itaú estão sendo negociadas com Preço/Valor Patrimonial móvel de 1,5 vezes e Preço/Lucro últimos 12 meses de 6,7 vezes, descontos de 24% e 29% em relação à média histórica e 9% e 7% abaixo de -1 desvio padrão, respectivamente.
Além disso, chamamos a atenção dos investidores para o fato de que o ITUB4 está sendo negociado com descontos de cerca de 31% e de 25% em relação à média dos ciclos anteriores de flexibilização da taxa Selic em 2011-2012 e 2016-2018, respectivamente.
Lucro líquido de R$ 40,1 bilhões estimados para 2024
O BBI elevou ainda suas projeções de lucro líquido recorrente em 5,3% para 2024 e 8,5% para 2025, para R$ 40,1 bilhões e R$ 45,1 bilhões, respectivamente, com ROE de 20,5% e 20,2%. Agora, as estimativas do banco estão 3% e 10% acima do consenso da Bloomberg para 2024 e 2025, respectivamente.
Analistas revisaram para cima as estimativas após o segundo trimestre, incorporando principalmente uma margem financeira mais forte, juntamente com menores despesas de provisão, parcialmente compensadas por menores receitas de tarifas.
O banco aumentou as estimativas de margem financeira líquida (NII, na sigla em inglês) em 2,2% para 2024 e em 4,1% para 2025, refletindo um maior crescimento dos empréstimos, de 7,5% para 2024 (contra 6,8% anteriormente) e 7,8% para 2025 (contra 6,6% anteriormente).
Além disso, reduziu o índice de Non-Performing Loan (NPL) para 2,9% em 2024 (de 3,2%) e 2,9% em 2025 (de 3,3%), o que levou o BBI a diminuir suas projeções de despesas de provisão em 3% em 2024 e 8,0% em 2025.
Por outro lado, o banco reduziu as estimativas de receitas de taxas para 2024 (-3,3%) e 2025 (-3,0%), mantendo as despesas operacionais praticamente inalteradas.