Falta de catalizadores e valorização acima de seus pares nos últimos anos estão entre os motivos que levaram o Goldman Sachs a rebaixar a recomendação de compra para neutra de Ultrapar. Com isso, às 14h36 (horário de Brasília), a ação caía 2,51%, a R$ 18,63, e era o papel com maior baixo do Ibovespa.
Desde de maio de 2020, o Goldman Sachs mantinha a Ultrapar (BOV:UGPA3) com recomendação de compra. Adicionalmente, com o rebaixamento, o preço-alvo do papel foi reduzido de R$ 21,90 para R$ 19,40/ação.
Segundo o banco, o turnaround da companhia, iniciado no final de 2021, foi praticamente concluído.
UGPA3: Desempenho Ultragaz e Ipiranga
Nas empresas do grupo, o banco afirma que, na Ultragaz (negócio de distribuição de gás da Ultrapar), a rentabilidade tem permanecido estável, mesmo depois de contabilizar uma forte queda nos preços do gás natural, o que implica que as margens podem ter agora estagnado.
Já na subsidiária Ipiranga, o Goldman Sachs aponta que a recuperação da margem já ocorreu e, daqui para frente, não espera que esta tendência persista.
O banco, por outro lado, ressalta que não está otimista em relação ao setor no longo prazo, com leve crescimento de volume de combustível na indústria nos próximos anos. No relatório, a instituição correlaciona o crescimento de volume à expansão do PIB esperada de cerca de 2% ao ano, em média.
“Em um cenário de crescimento limitado do mercado, acreditamos que isso poderia, potencialmente, intensificar concorrência pela quota de mercado, mantendo assim, possivelmente, as margens sob pressão”, relata o banco.