O mercado do açúcar brasileiro está prestes a ter um momento de “doces sonhos”, brincaram analistas do BTG Pactual em relatório, citando Raízen (BOV:RAIZ4), São Martinho (BOV:SMTO3) e Jalles Machado (BOV:JALL3) como principais beneficiadas pelo movimento, e reiterando a recomendação de “compra” para todo o setor.
O preço do açúcar nos mercados internacionais atingiu o maior patamar em anos, e continua a subir, enquanto os custos do Brasil permanecem menores, gerando uma margem de lucro sólida para as empresas do setor, destacou o banco de investimentos elevando estimativas para as companhias.
Os preços do açúcar banco atingiram o patamar mais alto em três anos, destacou a hEDGEpoint Global Markets, citando expectativas de maior aumento dos preços no futuro, especialmente após a entrega de outubro.
“As perspectivas negativas quanto à Índia e a precificação de nenhuma exportação sendo realizada pelo país, juntamente com as dificuldades enfrentadas pela Tailândia, apoiam os preços tanto do [açúcar] bruto como do branco”, explica a hEDGEpoint.
O relatório da hEDGEpoint também aponta que o extensão do El Niño para o inverno do Hemisfério Norte adiciona pessimismo quanto à disponibilidade do adoçante, e que a entressafra no Brasil deverá pressionar os preços. “Após a entrega de outubro – que possivelmente será o volume mais alto que veremos por algum tempo – a tendência de alta não terá nada que a segure”.
Para o BTG, isso vai se refletir no desemprenho das empresas do setor. “Ainda esperamos que a combinação de preços do açúcar mais altos esperados e maior alavancagem operacional decorrente da maior disponibilidade de cana-de-açúcar impulsione o momentum à frente”, escreveram os analistas do banco.