O Goldman Sachs aumentou sua recomendação para as ações da Hapvida de “neutro” para “compra” e elevou o preço-alvo de R$ 5,50 para R$ 6. Isso representa um potencial de valorização de 36% em relação ao fechamento de terça-feira.

De acordo com os analistas, os resultados do segundo trimestre de 2023 (2T23) da Hapvida (BOV:HAPV3) indicam que a empresa está começando a colher os frutos de sua recuperação de rentabilidade. Eles observam que os reajustes de preços de dois dígitos e a racionalização do portfólio de provedores estão compensando, ou pelo menos reduzindo, as pressões de custos causadas pela maior frequência.

O Goldman avalia que, embora haja um impacto negativo sobre a base de associados, a gestão da Hapvida está abordando corretamente a principal preocupação do mercado, que é a disciplina na recuperação da rentabilidade.

Além disso, os analistas esperam que haja outros fatores impulsionando a expansão das margens no futuro, como:

• Uma gestão mais eficiente das despesas com pessoal, incluindo maiores sinergias com a NotreDame Intermédica (NDI).
• O amadurecimento dos investimentos em uma estrutura mais verticalizada, especialmente na regional I.
• Redução das despesas de vendas, apoiada pela unificação das políticas comerciais com a NDI e uma potencial melhora da Provisão para Despesas Administrativas (PDA), caso a situação macroeconômica melhore.

Os analistas destacam que o ponto de entrada no momento parece atrativo, considerando o fraco desempenho das ações desde os resultados do 2T23. Mesmo com perspectivas operacionais melhores para a empresa, eles observam que as ações não responderam adequadamente desde o anúncio dos resultados do 2T (-10% versus -0,5% do Ibovespa).

Embora reconheçam que o cenário macroeconômico desafiador provavelmente tenha afetado as ações recentemente, os analistas acreditam que o valuation atual com um P/L ajustado para os anos de 2024 e 2025 de 17 vezes e 12 vezes, respectivamente, representa um ponto de entrada atraente para HAPV3 e cobre potenciais riscos para a tese, como maior concorrência no Sudeste (especialmente em SP e RJ) e um impacto possivelmente maior do que o esperado da conta salarial da enfermagem nas margens.