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Ultrapar cria suporte logístico para o setor agrícola

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A Ultrapar realizou, nesta terça, seu Investor Day com presença de analistas e investidores. A principal novidade anunciada pela administração da companhia foi a criação de suporte logístico para o setor agrícola, por meio da subsidiária Ultracargo. O anúncio foi recebido com otimismo por analistas presentes.

“Essa estratégia deve unir um dos principais negócios da empresa (Ultracargo) com a força do Brasil no agronegócio. Pelo que ouvimos até agora e pelos detalhes fornecidos, gostamos dessa combinação”, escreveu o Bradesco BBI em relatório sobre o evento.

No início da estratégia agro-logística, há intenção de criação de terminais de armazenamento visando a distribuição de etanol à base de milho da região Centro-Oeste. A iniciativa foi escolhida como pontapé inicial, de acordo com o BBI, por ajudar a empresa na obtenção de retornos mais rápidos, já que prevê rotação mais rápida nos tanques de armazenamento.

Ultracargo como destaque do Investor Day

“Em algum momento, esse movimento de crescimento também deve envolver a Ultracargo construindo um trecho curto de ferrovia (por meio de autorização) no Porto de Santos (o projeto deve levar dois anos)”, diz o BBI.

No evento, a Ultrapar também evidenciou o interesse em apostar no corredor de exportação de grãos pelo Porto de Itaqui, no Maranhão, por meio de estratégia envolvendo distribuição de combustíveis.

Nesse sentido, para além da iniciativa com agro, a administração da Ultrapar destacou a maior demanda de manuseio de combustíveis, como oportunidade para a Ultracargo. Isso se dá tanto pela redução de participação da Petrobras em importações quanto pelo crescimento de players independentes no mercado.

“De fato, a empresa observou que as importações de combustíveis no Brasil devem aumentar cerca de 25% em 2023 em relação a 2021, principalmente devido a um aumento nas importações lideradas por empresas privadas (que devem expandir as importações em 44% no mesmo período)”, diz relatório do Goldman Sachs.

Para ampliação da subsidiária, há planos de expansão para o interior do Brasil. As oportunidades para o crescimento no mercado interno viriam do aumento da demanda por biocombustíveis, além do desenvolvimento crescente do agronegócio.

“Por esse motivo, a Ultracargo está investindo em bases logísticas ao longo desse corredor para distribuir combustível para o coração do setor agropecuário do Brasil, potencialmente se beneficiando da logística reversa relacionada a grãos no futuro”, afirma o BBI.

Acordo com Supergasbras

Na Ultragaz, braço de distribuição de gás da Ultrapar (BOV:UGPA3), o foco foi no esclarecimento do acordo realizado com a Supergasbras. O acerto foi aprovado pelo CADE algumas semanas atrás e prevê o compartilhamento de ativos entre as empresas.

Para a Ultragaz, com o acordo, há possibilidade de expansão nos números de bases de produção de 19 para 24, no período esperado pela administração de 2 a 3 anos.

A parceria também traria redução de custos operacionais, com estimativas de otimização de despesas operacional de R$ 50 a 60 milhões por ano, e diminuição de aproximadamente R$ 300 milhões em despesas de capital nos próximos 5 anos.

“A gestão destacou o sucesso dos acordos de consórcio para compartilhamento de ativos, que melhoraram os serviços logísticos para os revendedores, reduzindo os custos operacionais anuais e potencialmente economizando R$ 300 milhões em investimentos nos próximos 5 anos”, afirma o JPMorgan.

A análise do Morgan Stanley mencionou também as iniciativas da subsidiária em relação a fontes alternativas de energia.

“Em relação às novas soluções de energia, a Ultragaz procura ativos que sejam complementares ao seu modelo de negócios, para oferecer um conjunto de produtos à sua ampla base de clientes. Atualmente, essas soluções estão focadas na geração de energia renovável e no biometano”, afirma o relatório.

Reestruturação em curso na Ipiranga

A reestruturação da Ipiranga, subsidiária com foco na distribuição de combustíveis da Ultrapar, mostrou evolução em quatro pilares estratégicos, de acordo com o Morgan Stanley, como precificação, logística, negociação e envolvimento da rede. Há, ainda, perspectivas de ampliação de esforços no pilar da negociação e a administração da Ultrapar declarou que houve remodelamento completo na área da precificação.

O processo de reestruturação foi marcado pelo fechamento de postos ineficientes no terceiro trimestre de 2023, depois da remoção de mais de 1.000 unidades do portfólio.

“No futuro, enquanto a depuração dos postos de serviço deverá ser concluída no 3º trimestre de 2023, o pilar de reestruturação logística é o que está definido para capturar os maiores ganhos de eficiência, com potencial de redução de 20% nos custos logísticos em três anos”, explica o Itaú BBA.

A administração da Ultrapar destacou, também, a melhoria no NPS e espera concluir a revisão completa até o segundo trimestre de 2023, com foco na área de logística.

Perspectivas e riscos

“Os principais riscos para nossa visão incluem atividade econômica abaixo do esperado, preços mais altos do petróleo Brent, demanda abaixo do esperado por combustíveis e commodities petroquímicas e intervenção do governo nos preços da gasolina/diesel”, destaca o Goldman Sachs. O banco tem recomendação de compra para a companhia, com preço-alvo de R$ 21,90.

O Itaú BBA, por sua vez, tem recomendação de outperform (expectativa de superação do índice de referência, similar à compra), com preço-alvo de R$ 18,00. O JPMorgan classifica a empresa como neutra e estabelece como alvo o preço R$18,46.

Na avaliação do Morgan Stanley, o evento não forneceu notícias incrementais. “Vemos espaço para uma transformação do grupo, mas esperamos que seja um processo longo”, resumiu.

O banco manteve a avaliação da companhia como Underweight e fixou o preço-alvo em R$ 17,00.

A Ultrapar teve valorização, só em 2023, de 48%, e hoje opera próxima da estabilidade, com as ações valendo R$ 18,34.

Informações Infomoney

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