O barril do petróleo passa por nova queda nesta quarta-feira (4), movido por temores de demanda reduzida pelas adversidades econômicas globais.
Os preços do barril caem mais de US$ 1, cotados a US$ 86,25 (WTI com vencimento em dezembro), com queda de 3,32%, e a US$ 87,93 (Brent com vencimento em novembro), recuo de 3,45%, por volta das 11h41 (horário de Brasília).
Mais cedo, a Arábia Saudita divulgou anúncio de manutenção da decisão anterior sobre a commodity e confirmou cortes de 1 milhão de barris por dia (bpd) em sua produção de petróleo até o fim de 2023. A decisão do país saudita será revisada no mês que vem, de acordo com o cenário.
A Rússia também garantiu continuidade nos cortes voluntários de exportação de petróleo bruto em 300.000 bpd até o fim do ano e fará sua revisão sobre o corte voluntário na produção, de 500.000 bpd, em novembro. A decisão foi estabelecida em abril. Hoje ocorre a reunião entre integrantes da OPEP+ e, de acordo com a Reuters, a expectativa é de que o grupo mantenha sua produção atual de petróleo.
Mesmo assim, os preços da commodity seguiu em baixa e com a queda, as ações da Petrobras (BOV:PETR3) (BOV:BOV:PETR4) caíam na sessão desta quarta, com perda de 3,38%, a R$ 35,49, para os ativos ON, e 3,74%, a R$ 32,70, para os ativos PN, e lideravam as perdas do Ibovespa às 12h05. Acompanhando o movimento, a PRIO (BOV:PRIO3) caía 1,57%, cotada a R$ 44,46.
Em um cenário que favoreceria a alta do preço do petróleo, o medo em relação à maior fraqueza do cenário internacional e a possibilidade de queda da demanda com o fortalecimento do dólar baixaram os preços do barril.
Os temores em relação à demanda chegam por dados macroeconômicos de diversas regiões, em especial após a publicação dos PMI de países europeus e da Zona do Euro. Os dados de PMI de serviços e inflação de preços para produtor na Europa vieram abaixo dos 50 pontos, o que indica, tecnicamente, recessão no bloco no terceiro trimestre.