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No dia seguinte à divulgação dos dados de emprego nos Estados Unidos, que surpreenderam e indicaram uma abordagem mais rigorosa por parte do Federal Reserve, os mercados internacionais estão tentando se recuperar nesta quarta-feira. Isso ocorre após a divulgação de dados de atividade econômica na Europa e na expectativa de mais indicadores na maior economia do mundo. No Brasil, os investidores estão aguardando a votação de projetos na Câmara dos Deputados.
Ontem, o relatório Pesquisa sobre Vagas e Rotatividade de Emprego (Jolts) revelou a criação de 9,6 milhões de empregos em agosto, superando a projeção de 8,8 milhões para o mesmo período. Agora, os investidores estão aguardando os dados da ADP, que serão divulgados hoje, e o relatório Payroll, que será divulgado na sexta-feira. Esses relatórios devem fornecer mais insights sobre a direção da política monetária nos EUA.
Na Europa, os investidores estão analisando os dados finais da atividade econômica de setembro, a maioria dos quais superou as projeções, embora ainda estejam abaixo do nível de 50 pontos. Além disso, o índice de preço ao produtor na zona do euro está alinhado com as expectativas, tanto em termos mensais quanto anuais.
Na Alemanha, os índices de gerentes de compras (PMIs, na sigla em inglês) compostos e de serviços registraram 46,4 e 50,3 pontos, respectivamente, ambos detalhados acima das projeções. No Reino Unido, os mesmos dados da S&P Global superaram as expectativas.
Na zona do euro, o índice de preço ao produtor mostrou um aumento em relação a agosto, quando houve uma queda de 0,5%. Esse indicador sinaliza um aperto na economia, o que está de acordo com a tese do Banco Central Europeu (BCE) de uma alta nas taxas de juros.
Na Ásia, os mercados do Japão e de Hong Kong fecharam em baixa, devido à preocupação generalizada com as taxas de juros americanas e refletindo a resiliência da segunda maior economia do continente, apesar dos dados mistos de atividade.
A iene japonesa sofreu uma queda significativa após o aumento nas ofertas de emprego nos Estados Unidos. O movimento da moeda foi distribuído quando a relação entre o dólar e o iene ultrapassou a marca de 150/dólar, atingindo o ponto mais fraco desde outubro do ano passado. Posteriormente, pode ter ocorrido uma intervenção das autoridades japonesas, fazendo com que o iene se recuperasse e fechasse perto de 149/dólar.
Em relação aos indicadores, os PMIs compostos e de serviços de setembro no Japão, divulgados pelo Jibun Bank, registraram 52,10 e 53,80 pontos, respectivamente, trazem desafios nas atividades japonesas, já que os números ficaram abaixo dos do mês anterior.
Nos Estados Unidos, os investidores continuam a monitorar de perto a curva dos Tesouros de 10 anos, uma referência no mercado mundial, após os recentes aumentos. Novos dados sobre investimentos privados, que serão divulgados hoje e na sexta-feira, podem exercer mais pressão sobre as taxas.
Às 9h15, a ADP divulgará os números de empregos privados, com uma projeção de 153 mil novos empregos em setembro. Antes disso, às 8h, serão divulgados os dados semanais de hipotecas.
A S&P Global divulgará os PMIs compostos e de serviços do mês passado às 10h45. Às 11h, está prevista a divulgação do PMI de serviços pela ISM, com uma estimativa de 53,6 pontos, e as encomendas à indústria, com analistas esperando um aumento de 0,2% em agosto.
Às 11h30, o Departamento de Energia divulgará o estoque semanal de petróleo, enquanto a partir das 12h25 está previsto um discurso da diretora do Fed, Michelle Bowman.
No Brasil, o destaque na agenda é o PMI composto e de serviços, que será divulgado pela S&P Global às 10h. Em agosto, ambos os dados atingiram 50,6 pontos.
Na política, após o Senado aprovar o projeto Desenrola, a expectativa do governo é pela votação da tributação das offshores e de fundos exclusivos. O líder do PDT na Câmara dos Deputados, André Figueiredo, disse nesta terça-feira que um PL das offshores deve ser votado hoje.
Ontem, o Ibovespa subiu em baixa, influenciado pelo desempenho dos mercados em Wall Street, que caiu devido ao aumento nas taxas de juros nos EUA. No mercado de câmbio, o dólar fechou em alta, atingindo o nível mais alto em seis anos, devido às preocupações com os juros nos EUA.
