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Deputado entra com ação popular pedindo o afastamento de três conselheiros da Petrobras

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O deputado estadual Leonardo Siqueira, do Partido Novo de São Paulo, entrou com uma ação civil popular pedindo o afastamento de três conselheiros da Petrobras, argumentando que as nomeações foram irregulares por não seguirem o estatuto da estatal.

A ação pede o afastamento dos conselheiros Pietro Mendes, Efrain Cruz e Sergio Rezende, todos indicados pelo Governo Federal.

Siqueira disse ao Brazil Journal que decidiu entrar com a ação para impedir que a Petrobras seja capturada politicamente de novo.

“É indiscutível que a Petrobras foi capturada politicamente na gestão anterior do PT. E naquele período, ela foi a empresa mais endividada do Brasil e teve o maior prejuízo de sua história, de R$ 34 bilhões,” disse ele.

“Com a Lei das Estatais, a governança da Petrobras melhorou muito, mas precisamos garantir que as regras sejam cumpridas.”

Segundo ele, os três conselheiros alvos da ação foram escolhidos sem um processo envolvendo headhunters, como exige o estatuto. Além disso, houve um parecer contrário à indicação pelo Comitê de Pessoas, pelo conselho da estatal, e pela própria CVM.

Por fim, os três conselheiros são filiados a partidos políticos ou tinham funções no governo logo antes de assumir o cargo (e não cumpriram a quarentena exigida).

Siqueira nota que Sérgio Rezende foi filiado ao PSB até março, não cumprindo a quarentena de 36 meses exigida pelo estatuto. Já Efrain Cruz é o secretário-executivo de Minas e Energia e era diretor da Aneel antes de assumir o cargo, e o chairman Pietro Mendes, um funcionário de carreira da ANP que é o secretário de óleo e gás do Ministério de Minas e Energia.

O caso de Pietro talvez seja o que mais chama atenção: seu cargo no Ministério faz dele o formulador da política de óleo e gás do Governo, ao mesmo tempo em que atua dentro da Petrobras (BOV:PETR3) (BOV:PETR4).

A ação contra Efrain será julgada na 21ª Vara Federal de São Paulo; enquanto as ações contra Pietro e Sérgio Rezende serão julgadas na 6ª Vara Federal de São Paulo.

Siqueira está confiante de que a ação será acatada.

“É muito claro que as nomeações foram contra o estatuto interno da Petrobras. Está escrito lá. Não é que eu acho alguma coisa: tem um estatuto que deve ser seguido e nós apresentamos os motivos,” disse ele.

Além disso, a ação é uma forma de pressionar o Governo para evitar a ingerência política.

Em maio, Siqueira usou o mesmo instrumento para pedir o afastamento do presidente da Previ, argumentando que ele não tinha habilidades técnicas para ocupar o cargo.

O juiz Marcelo Gentil Monteiro, da 1ª Vara Cível do Distrito Federal, acatou o pedido, mas quatro dias depois o TRF-1 suspendeu a decisão.

Informações Brazil Journal

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