As taxas dos contratos de juros futuros e o dólar fecharam em queda nesta sexta-feira no Brasil. Os DIs devolveram em maior magnitude as altas acumuladas dos últimos dias, em linha com o movimento das Treasuries americanas e, na cena local, pressionados pelo declínio mais forte que o esperado do Índice de Atividade Econômica (IBC-Br).

Ao fim da sessão, os DIs com vencimentos em jan/25 caíam 20 pontos-base, a 11,04%, enquanto os vértices para jan/27 despencaram 30,5 pbs, a 11,15%. A taxa dos contratos para jan/31 teve recuo de 18,0 pbs, a 11,80%.

A curva dos DIs brasileiros abriu em baixa, refletindo a queda mensal de 0,77% do IBC-Br de agosto, mais forte que o recuo de 0,30% esperado pelo mercado. O desempenho do indicador, que é considerado a prévia do Produto Interno Bruto (PIB), estressou o mercado, que já vinha receoso após dados recentes de atividade econômica abaixo das expectativas.

O movimento de queda também foi potencializado devido à desvalorização dos títulos do Tesouro americano. Após ultrapassar o nível de 5,00% ontem à noite, os Treasury yields de dez anos caíam 6,8 pbs nos Estados Unidos perto das 17h, aos 4,924%.

O alívio sobre as Treasuries retirou a força do dólar. Em meio às incertezas sobre a guerra no Oriente Médio e ao aperto monetário em curso nos EUA, a busca por segurança prolonga a alta global da moeda americana. No entanto, a trégua no exterior com a baixa das Treasuries beneficiou outras divisas, como a brasileira.