O dólar operou com viés de alta nesta 4ªF, em meio à piora do clima em vários países no Oriente Médio após o ataque de ontem a um hospital em Gaza. A sinalização de que os EUA pretendem injetar recursos em Israel e o impasse nas votações no Congresso americano para escolha de um novo presidente da Câmara acenderam a luz amarela em relação ao risco fiscal, o que deu novo fôlego aos juros dos Treasuries.
Joe Biden afirmou em Tel-Aviv que vai pedir ao Congresso americano que aprove um “pacote de defesa sem precedentes a Israel”. Biden anunciou também um pacote de US$ 100 milhões em apoio humanitário para a Faixa de Gaza. As afirmações ocorrem em meio a dúvidas a respeito do orçamento americano, que precisa ser aprovado até novembro para evitar o “shutdown”, mas depende justamente da escolha de um novo líder para a Câmara.
No cenário doméstico, o novo adiamento da votação do projeto de tributação de fundos exclusivos e offshore também colaborou para azedar o clima, levando investidores a buscarem posições defensivas.
Os seguidos adiamentos de pautas econômicas no Congresso colocam em risco o plano do governo de obter arrecadação suficiente para bancar um déficit fiscal zero em 2024.
O dólar à vista (FX:USDBRL) fechou em alta de 0,38%, a R$ 5,0545, após oscilar entre R$ 5,0302 e R$ 5,0759.
Às 17h02, o dólar futuro para novembro avançava 0,25%, para R$ 5,0650. Lá fora, o índice DXY subia 0,31%, para 106,582 pontos. O euro caía 0,40%, para US$ 1,0534. E a libra perdia 0,36%, a US$ 1,2140.