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GPA (PCAR3): prejuízo líquido consolidado de R$ 1,295 bilhão no 3T23, ações sobem

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O Grupo Pão de Açúcar (GPA) registrou um prejuízo líquido consolidado de R$ 1,295 bilhão no terceiro trimestre de 2023, um valor quase quatro vezes maior do que o registrado no mesmo período de 2022. O número inclui o resultado das operações descontinuadas, principalmente dos hipermercados e o Grupo Éxito. Sem o Éxito, a empresa teve um lucro líquido consolidado de R$ 809 milhões, uma variação de 452% ante os R$ 229 milhões de prejuízo no terceiro trimestre do ano passado.

A respeito da diferença no lucro líquido continuado, a empresa afirma que ele foi impactado por efeito não caixa pela reversão do provisionamento de R$ 804 milhões de prejuízos acumulados do perímetro internacional (Cnova). Se excluído esse efeito, o lucro líquido continuado seria de R$ 5 milhões.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado consolidado foi de R$ 1,137 bilhão, uma alta de 478% em relação a um ano antes. Se contar apenas a operação do Novo GPA Brasil e excluir impactos do Cnova, o Ebitda é de R$ 333 milhões, alta anual de 32,1%. Já a receita líquida cresceu 9,7% ante o terceiro trimestre de 2022 e fechou em R$ 4,742 bilhões.

As margens da companhia aumentaram. A margem bruta cresceu 1,3 ponto porcentual(pp), para 25,1%. Já a margem Ebitda ajustada consolidada teve alta de 19,4 pp, para 24,0% e a margem Ebitda somente do GPA Brasil foi de 7%, uma alta de 1,2 pp.

Na bandeira Pão de Açúcar, as vendas mesmas lojas (SSS) subiram 7,2% ante o terceiro trimestre de 2022. Segundo o GPA, o crescimento foi impulsionado pelo volume, já que houve forte deflação em alguns itens alimentares. A categoria de perecíveis foi o destaque, especialmente pela venda de frutas, verduras, legumes e açougue.

No formato de Proximidade, houve crescimento de 7,7%, impulsionado pela boa performance das novas lojas. Na bandeira Extra Mercado, também houve crescimento de vendas mesmas lojas de 2,5%.

No início de agosto, a empresa concluiu as conversões das lojas das bandeiras Compre Bem para Extra Mercado. Neste trimestre, a empresa disse já ter observado uma recuperação da rentabilidade das lojas convertidas, com baixo investimento e apoio dos principais fornecedores.

A dívida líquida atingiu R$ 3 bilhões, uma redução de R$ 500 milhões em comparação com o ano anterior, com diminuição de 0,5 vez da alavancagem. A posição de caixa no fim do trimestre foi de R$ 3 bilhões, correspondente a 2,1 vezes a dívida de curto prazo da empresa.

A empresa ainda inaugurou 20 lojas neste terceiro trimestre, das 49 abertas no ano. No quarto trimestre, a expectativa é abrir mais uma loja Pão de Açúcar, na cidade de Itu, em São Paulo.

Os resultados da GPA (BOV:PCAR3) referentes às suas operações do terceiro trimestre de 2023 foram divulgados no dia 30/10/2023.

Teleconferência

De acordo com o CEO da companhia, Marcelo Pimentel, o compromisso da administração é com a redução da dívida líquida e a desalavancagem da companhia. A afirmação foi realizada na teleconferência para comentar os resultados, nesta terça-feira, com participação também de Rafael Russowsky, CFO do GPA.

O executivo comentou que a venda de ativos será voltada para pagamento de dívidas. “A gente espera, nos próximos trimestres, poder pagar dívidas mais estruturais, nossa intenção não é ficar sentado em cima de um caminhão de liquidez”, afirma o CFO do GPA, considerando avanço em vendas de ativos, como sua participação no Grupo Éxito.

“A gente deve ver uma melhora mais acentuada nas lojas do Minuto e do Mini”, disse Marcelo Pimentel, CEO do GPA. O executivo destacou ainda, em teleconferência com analistas, o crescimento de volume, mesmo com forte deflação no período.

De acordo Marcelo Pimentel, CEO do GPA, o avanço foi de 10,6% em clientes da categoria Premium & Valiosos, em razão de segmentação na bandeira Pão de Açúcar.

“Seguimos avançando nas estratégias, na entrega de nossas metas e nas frentes de atuação. Chegamos a 41% de mulheres em posição de liderança no GPA”, diz Marcelo Pimentel, CEO do GPA. O executivo reforçou também a redução de 11% nas emissões de gases do efeito estufa.

“Temos trabalhado de forma estrutural para ir resolvendo problemas”, disse Marcelo Pimentel, CEO do GPA. O executivo destacou que otimizações continuam a ser feitas e que há expectativa de uma estrutura de margem bruta “cada vez melhor”.

Mesmo com um prejuízo alto sem ajustes, o resultado do 3T23 agradou o mercado, que reagiu com forte alta das ações, ainda que analistas vejam desafios. Às 11h22 (horário de Brasília), os papéis PCAR3 subiam 5,69%, a R$ 3,53, após atingirem uma máxima de R$ 3,63, ou avanço de 8,68%.

VISÃO DO MERCADO

Para analistas, o destaque foi o avanço da receita bruta, com crescimento de 10% na comparação anual. O crescimento do lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) também foi considerado como positivo, com avanço de 32% em relação ao ano anterior, mesmo que -3% abaixo das estimativas de consenso.

JPMorgan

O JPMorgan mantém a classificação da companhia como neutra e considera os resultados “um pouco fracos, mas melhores que o esperado”.

Itaú BBA

“Vemos de forma positiva a melhoria sequencial; enquanto aguardamos um impulso operacional sustentado e mais progresso na monetização de ativos, mantemos a classificação EW (equalweight, equivalente à neutro) “, considera o Itaú BBA.

Para o BBA, os três pontos-chave do balanço são as vendas comparáveis, que vieram em linha com as estimativas “com destaque para o crescimento das lojas Pão de Açúcar e de proximidade”, os avanços em vendas de produtos perecíveis (em especial considerando os ganhos de participação de mercado) e as operações digitais, com aumento de 15%, na comparação anual nas vendas no comércio eletrônico.

Na análise, o banco ressalta que o aumento da participação da bandeira Pão de Açúcar na mistura de vendas foi benéfica para o aumento da margem bruta. ” Com uma leve compensação da alavancagem de despesas gerais e administrativas, as margens ajustadas de Ebitda expandiram 120 pontos-base ano a ano (para 7,0%); sequencialmente, as margens Ebitda expandiram 70 pontos-base”, reforça.

“Os planos de monetização do GPA continuam a progredir, incluindo a separação do Éxito e um acordo subsequente de venda de participação; aguardamos mais progresso na venda de ativos não essenciais”, diz o BBA, com destaque para o compromisso da administração em desalavancar a empresa.

O foco da administração foi reforçado pelo CEO da companhia, que abordou o tema em diversos momentos na teleconferência.

“Aguardamos mais sinais de progresso em direção a esse objetivo — e aguardamos mais progresso sustentado em relação à orientação de margem Ebitda de 8-9% para 2024 no negócio de varejo de alimentos essenciais do Brasil”, afirma o BBA.

Genial Investimentos

A Genial considera que o resultado se apresentou em linha com o esperado na prévia.

“Além da maior penetração de perecíveis, a margem bruta da companhia foi beneficiada por uma melhora nas negociações comerciais e redução significativa da quebra. Com isso, a rentabilidade bruta cresceu 130bps (+10 pontos-base acima da projeção da Genial), atingindo 25,1%”, destaca a Genial.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão

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