Em agosto de 2023, o volume de vendas do comércio variou -0,2% frente a julho, na série com ajuste sazonal, após alta de 0,7% em julho de 2023. A média móvel trimestral, depois de variar de 0,1% no trimestre encerrado em julho de 2023, voltou a apresentar variação próxima de zero no trimestre encerrado em agosto (0,2%). Na série sem ajuste sazonal, o comércio varejista apresentou alta de 2,3% frente a junho de 2022.
O varejo acumula 1,6% de janeiro a agosto de 2023 com relação ao igual período de 2022. No acumulado dos últimos 12 meses, o varejo chegou a 1,7% em agosto de 2023.
Período | Varejo | Varejo Ampliado | ||
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Volume de vendas | Receita nominal | Volume de vendas | Receita nominal | |
Agosto / Julho* | -0,2 | 0,5 | -1,3 | -1,2 |
Média móvel trimestral* | 0,2 | 0,7 | -0,1 | -0,1 |
Agosto 2023 / Agosto 2022 | 2,3 | 3,2 | 3,6 | 5,1 |
Acumulado 2023 | 1,6 | 4,1 | 4,2 | 7,8 |
Acumulado 12 meses | 1,7 | 6,6 | 2,7 | 8,4 |
No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo, o volume de vendas recuou 1,3% frente a julho, na série com ajuste sazonal, após variação de -0,4% em julho de 2023. Com isso, a média móvel trimestral para o varejo ampliado variou -0,1%. Na série sem ajuste sazonal, o varejo ampliado cresceu 3,6% frente a julho de 2022, completando seis meses com crescimento ininterrupto. O acumulado no ano foi a 4,2% e o acumulado em 12 meses foi de 2,7%.
Em agosto, o comércio varejista do país registrou variação negativa de 0,2%, indicando estabilidade na margem. Com isso, a diferença do nível de vendas em agosto de 2023 para o pico da série histórica (outubro de 2020) é de -2,6%.
O volume de vendas do comércio varejista teve equilíbrio entre taxas negativas e positivas, na passagem de julho para agosto de 2023, na série com ajuste sazonal. Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-4,8%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-3,2%), Móveis e eletrodomésticos (-2,2%) e Tecidos, vestuário e calçados (-0,4%), obtiveram taxas negativas. Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,9%), Combustíveis e lubrificantes (0,9%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (0,2%), e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,1%) tiveram taxas positivas de julho para agosto de 2023.
Já os setores adicionais do comércio varejista ampliado apresentaram comportamento distinto: crescimento de 3,3% para Veículos e motos, partes e peças e variação de -0,1% para Material de construção.
Frente a agosto de 2022, cinco das oito atividades tiveram queda
No confronto entre agosto de 2023 e agosto de 2022, o comércio varejista teve predominância de variações negativas, atingindo cinco das oito atividades: Livros, jornais, revistas e papelaria (-15,7%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-7,9%), Tecidos, vestuário e calçados (-7,0%), Combustíveis e lubrificantes (-3,5%) e Móveis e eletrodomésticos (-1,5%), Por outro lado, três atividades apresentaram crescimento no indicador interanual: Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (6,5%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (6,2%) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (5,6%).
No varejo ampliado, Veículos e motos, partes e peças e Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo tiveram alta: 10,8% e 8,8%, respectivamente. Já Material de construção variou -0,5% em agosto de 2023 na comparação com agosto de 2022.
Na comparação anual, Outros artigos de uso pessoal e doméstico e Livros, jornais, revistas e papelaria registraram maiores quedas
O grupamento de Livros, jornais, revistas e papelaria teve queda de 15,7% frente a agosto de 2022, sétima consecutiva (-6,7% em fevereiro, -6,1% em março, -6,3% em abril, -5,6% em maio, -2,2% em junho e -7,4% em julho). O acumulado do ano foi de -2,5%, segundo mês consecutivo a registrar perdas. Nos últimos dozes meses há ganho de 1,0% até agosto, de menos intensidade desde janeiro de 2022, quando foi -4,0%.
Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba lojas de departamentos, óticas, joalherias, artigos esportivos, brinquedos, etc., apresentou queda de 7,9% frente a agosto de 2022, completando 16 meses consecutivos de taxas negativas (o último mês a apresentar alta foi abril de 2022: 1,1%). Em 2023, o setor acumula perdas de 11,9% em relação ao mesmo período de 2022. Em doze meses, o acumulado é de -10,9% frente aos doze meses anteriores.
A atividade de Tecidos, vestuário e calçados teve queda de 7,0% em agosto de 2023 comparado ao mesmo mês de 2022. Para este indicador, o ano de 2023 registrou crescimento em dois meses: julho (1,3%) e janeiro (2,4%). Nos demais, as variações foram negativas. O setor acumula perdas pelo sétimo mês consecutivo, sendo que até agosto foi registrado o mesmo patamar acumulado até julho: 7,5%. Nos últimos dozes meses o cenário também é de perda: -9,7% até agosto, valor similar ao de julho (-9,6%).
O grupo de Combustíveis e lubrificantes apresentou queda de 3,5% frente a agosto de 2022, segundo resultado negativo consecutivo (-2,3% em julho) após 17 meses de taxas positivas. No ano, o setor acumula ganhos de 9,2% até agosto, menor patamar desde julho de 2022 (7,0%). A sequência dos resultados acumulados dos últimos doze meses também é de ganhos (15,6%), mas o de menor amplitude (no campo positivo) desde setembro de 2023 (7,6%).
Completando os setores no campo negativo no indicador interanual, Móveis e eletrodomésticos caiu 1,5% nas vendas frente a agosto de 2022, primeira queda após alcançar três meses consecutivos de taxas positivas (0,4% em maio, 2,7% em junho e 3,3% em agosto). No acumulado no na até agosto, ao passar de 1,4% até julho para 1,0% no mês de referência, a atividade mostra diminuição no ritmo de crescimento. No acumulado nos últimos doze meses, o resultado até agosto, é o primeiro positivo (0,4%) após 22 meses registrando perdas (o último resultado positivo havia sido em setembro de 2021 (3,1%).
Já o setor de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria segue apresentando aumento em agosto de 2023 frente a agosto de 2022 (6,5%). São seis meses registrando crescimento (a última queda foi em fevereiro de 2023: -0,5%). No acumulado no ano, o aumento até agosto foi de 3,5%, acima do nível até julho (3,0%), indicando aceleração no ritmo de crescimento. Nos últimos doze meses, o cenário é de manutenção do ritmo, com percentuais de aumento entre 4,0% e 3,8% nos últimos seis meses: 4,0% em março, 4,0% em abril, 3,9% em maio, 3,6% em junho e 3,8% tanto em julho quanto em agosto.
Para os Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, a comparação interanual apresentou crescimento de 6,2% em agosto de 2023, segundo mês consecutivo em alta (6,8%). No acumulado do ano, em relação a igual período de 2022, o setor passou de 0,1% até julho para 0,9% até o mês de referência. Nos últimos doze meses o cenário se repete: 1,4% até julho, passando para 1,8% até agosto, com intensificação no ritmo de ganhos.
A atividade de Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo apresentou aumento de 5,6% frente a agosto de 2022, alcançando 13 meses ininterruptos de crescimento no indicador interanual. No ano o cenário é de intensificação no acúmulo de ganhos: 2,5% até maio, 2,6% até junho, 2,7% até julho e 3,0% até agosto. O mesmo ocorre no acumulado dos últimos 12 meses: 2,3% até maio, 2,4% até junho, 2,6% até julho e 3,0% até agosto.
Considerando os setores adicionais do varejo ampliado, o volume de vendas de Veículos e motos, partes e peças volta a crescer novamente em agosto de 2023, na comparação com 2022 (10,8%) completando 4 meses seguidos de alta. Em 2023, o setor acumula ganhos em todos os meses de 2023, alcançando 6,7% até agosto. Np acumulado nos últimos doze meses, ao passar de alta de 2,2% até julho para 3,6% em agosto, o setor intensifica os ganhos pelo terceiro mês consecutivo.
O grupo Material de construção apresentou variação de -0,5% nas vendas frente a agosto de 2022, registrando crescimento no indicador interanual, em 2023, apenas em janeiro: 1,0% em janeiro, -5,7% em fevereiro, -5,0% em março, -7,7% em abril, -2,0 em maio, -2,4% em junho e -0,3% em julho. Com isso, o ano de 2023 tem acumulado perdas a partir de fevereiro, atingindo -2,8% até agosto. Em termos de resultado acumulado nos últimos doze meses, o ritmo de perdas se reduz em 0,5 p.p.: -5,8% até julho e -5,3% até agosto.
Por fim, a atividade de Atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo tem alta, no indicador interanual, pelo sexto mês consecutivo, registrando 8,8% em agosto de 2023, na comparação com agosto de 2022 (5,4% em março, 12,0% em abril, 18,3% em maio, 21,4% em junho e 19,2% em julho). Com isso, o acumulado do ano apresenta ganhos de 9,6% até agosto, quinto seguido com valores positivos.
Varejo acumula alta de 2,4% no 4º bimestre de 2023
O comércio varejista registrou alta de 2,4% no 4º bimestre de 2023 na comparação com o mesmo bimestre de 2022, sendo o quarto bimestre a apresentar resultados não negativos. O resultado positivo foi acompanhado por quatros dos oitos setores que compõem o indicador global: Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (6,5%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (6,5%), Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (4,3%) e Móveis e eletrodomésticos (0,8%). Por outro lado, também quatro atividades apresentaram variações negativas em relação ao 4º bimestre do ano anterior: Livros, jornais, revista e papelaria (-11,7%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-6,4%), Combustíveis e lubrificantes (-2,9%) e Tecidos, vestuário e calçados (-2,9%).
Para o varejo ampliado, o resultado também foi positivo (5,1% no 4º bim de 2023 em relação ao mesmo bim de 2022), acompanhado por Veículos e motos, partes e peças (10,3%) e Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo (14,1%). Já o setor de Material de construção variou -0,4% no quarto bimestre.
Em agosto, vendas recuam em 20 unidades da federação em relação a julho
Em agosto, houve resultados negativos em 20 das 27 unidades da federação, com destaque para: Paraíba (-3,6%), Alagoas (-2,7%) e Amapá (-2,3%).
Por outro lado, pressionando positivamente, figuram seis das 27 unidades da federação, com destaque para Sergipe (-2,2%), Rondônia (-1,9%) e Pernambuco (-1,7%)
Para a mesma comparação, no comércio varejista ampliado, a variação entre julho e agosto de 2023 foi de -0,6%, com predominância de resultados positivos, 14 das 27 unidades da federação, com destaque para: Paraíba (17,2%), Tocantins (5,4%) e Roraima (3,8%). Por outro lado, pressionando negativamente, figuram 12 das 27 Unidades da Federação, com destaque para Rio Grande do Sul (2,0%), Distrito Federal (1,4%) e Paraná (0,7%). O Amazonas assinalou estabilidade (0,0%) na passagem de junho para agosto.
Na comparação interanual, vendas sobem em 23 das 27 unidades da federação
Frente a agosto de 2022, as vendas no comércio varejista tiveram resultados positivos em 14 das 27 unidades da federação, com destaque para: Tocantins (9,7%), Maranhã (8,5%) e Ceará (8,0%). Por outro lado, pressionando negativamente, figuram 13 das 27 Unidades da Federação, com destaque para Paraíba (-24,5%), Amapá (-4,7%) e Roraima (-2,2%).
Já no comércio varejista ampliado, a variação entre agosto de 2023 e agosto de 2022 foi de 3,6% com resultados positivos em 14 das 27 unidades da federação, com destaque para: Maranhão (18,7%), Espírito Santo (12,2%) e Ceará (9,4%). Por outro lado, 12 Unidades da Federação registraram taxas negativas, com destaque para: Paraíba (-14,8%), Roraima (-7,4%) e Mato Grosso do Sul (-7,3%). O Distrito Federal assinalou estabilidade (0,0%) para o varejo ampliado, no indicador interanual.