A zona euro registou um excedente comercial em Agosto, em comparação com um forte défice no mesmo período do ano passado, com os custos de importação de energia a afundarem depois de o bloco se ter afastado do petróleo e do gás russo.

A balança comercial de bens do bloco, que mede a diferença entre as exportações e as importações do resto do mundo, apresentou um excedente de 6,7 bilhões de euros (7,04 bilhões de dólares), segundo dados do Eurostat, órgão de estatísticas europeias, divulgados na sexta-feira.

Em Agosto de 2022, a zona euro registou um défice comercial de 54,4 bilhões de euros, num contexto de custos crescentes das importações de energia na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia.

No período de janeiro a agosto, os dados para toda a União Europeia mostraram que as importações de energia caíram 32% no ano, enquanto as exportações de máquinas e veículos aumentaram 12%. O défice comercial da UE com a Rússia foi de 9,7 bilhões de euros em agosto de 2023, muito inferior aos 116,3 bilhões de euros de agosto do ano passado.

Ajustado de variações sazonais, o excedente comercial da área do euro foi de 11,9 mil milhões de euros em Agosto, em comparação com um défice de 3,5 mil milhões de euros em Julho.

No geral, as exportações do bloco de 20 países aumentaram 1,6% em termos mensais em Agosto, numa base ajustada sazonalmente, com as da Itália e dos Países Baixos a aumentarem 5,9% e 6,4%, respectivamente. No entanto, na maior economia da zona euro, a Alemanha, as exportações caíram 0,7%, indicando uma indústria transformadora continuando lenta, enquanto as exportações caíram 1,7% e 3,1% em França e Espanha, respectivamente.

Enquanto isso, as importações caíram 2,0% em agosto em comparação com julho, também numa base ajustada.