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Alpargatas (ALPA4): prejuízo líquido de R$ 8,5 milhões no 3T23

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A Alpargatas registrou prejuízo líquido de R$ 8,5 milhões no terceiro trimestre de 2023, revertendo o lucro líquido de R$ 45,8 milhões registrados no mesmo período do ano passado.

Em parte, o recuo acompanha a queda de 17,8% da receita líquida, que foi de R$ 896 milhões entre o intervalo de julho e setembro, contra R$ 1,08 bilhão no terceiro trimestre de 2022.

O volume de vendas da Havaianas em milhões de pares caiu 21,8% no total, para 51,5. No Brasil a queda foi de 19,7%, para 47,4 milhões, e no exterior, de 40,1%, para 4,1 milhões.

“Parte importante da retração de sell-in no Brasil é explicada pelo impacto da superestocagem de produtos na cadeia que aconteceu no terceiro trimestre de 2022. Ao normalizarmos o volume de pares vendidos ao sell-out, a variação negativa seria de 4%”, justifica a Alpargatas no documento publicado na noite desta quarta-feira (8).

Sobre a performance da sua principal marca no exterior, a Alpargatas explica que, na Europa, houve um problema na migração de um parceiro logístico na região e pela baixa aderência de estoques em relação às ordens de pedidos de clientes. Isso impactou as entregas e gerou cancelamentos de ordens.

Com os menores volumes, os custos de produtos vendidos da holding caíram 7%, para R$ 533 milhões. O lucro bruto, no entanto, recuou ainda mais, com baixa de de 30%, chegando a R$ 363,1 milhões, com as margens brutas caindo tanto no Brasil quanto no exterior.

As despesas operacionais da Alpargatas recuaram 4,9%, para R$ 358 milhões, com os gastos com vendas caindo 10,3%, e os gastos gerais e administrativas caindo 6,1%, para R$ 46,8 milhões.

O Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) ficou em R$ 58,6 milhões, baixa de 67,7% no ano, com a margem caindo 10,2 pontos percentuais, para 6,5%.

Por fim, o resultado líquido da Alpargatas é ainda impactado pelo resultado financeiro, que foi negativo em R$ 14,1 milhões, salto de 151,9% ante o terceiro trimestre de 2022. As despesas financeiras, com efeito da alta de juros e do maior endividamento bruto, chegou a R$ 50,2 milhões, ante R$ 20,4 milhões no mesmo período do ano passado.

Apesar de a posição financeira líquida ter saído de R$ 925,6 milhões negativos para R\$ 817 milhões negativos, empréstimos e financiamentos saíram de R$ 381,1 milhões para R$ 1,52 bilhão.

Os resultados da Alpargatas (BOV:ALPA3) (BOV:ALPA4) referentes às suas operações do terceiro trimestre de 2023 foram divulgados no dia 08/11/2023.

VISÃO DO MERCADO

O Bradesco BBI elevou o preço-alvo para as ações ALPA4 de R$ 8 para R$ 9 após o balanço, mas ainda assim seguiu com recomendação neutra.

A margem Ebitda superou a projeção do BBI em 4,5 pp devido a cortes de despesas de aproximadamente R$ 50 milhões no trimestre.

A Alpargatas reportou uma queda de 6,5% na receita consolidada, para R$ 896 milhões no 3T23, 6,5% abaixo da sua estimativa e 3,5% aquém do consenso. A perda foi impulsionada por volumes mais baixos nos mercados brasileiro e internacional, 6,2% e 12,4% abaixo do esperado pelo banco, respectivamente. Os menores volumes e receitas foram parcialmente compensados por uma forte redução das despesas SG&A na divisão brasileira. A margem bruta do Brasil ficou ligeiramente acima da sua estimativa de 37,2%.

“Além disso, a Alpargatas reduziu drasticamente suas despesas com marketing (-R$ 40 milhões no trimestre e -R$ 20 milhões no ano) em um ritmo mais forte do que prevíamos e incorreu em uma reversão de despesas com remuneração de administradores, o que, juntamente com os cortes nas despesas variáveis gerais, levou a uma forte superação do Ebitda”, aponta.

“A Alpargatas reportou resultados melhores do que as nossas estimativas pessimistas e as do consenso (…). A empresa apresentou um Ebitda acima do esperado, apesar da perda de receitas e de lucro bruto, dado o seu rigoroso controle de despesas”, avalia.

Além disso, a Alpargatas recuperou a geração de fluxo de caixa livre nos últimos meses, impulsionada pela normalização dos níveis de estoques.

“No geral, a gestão parece estar no caminho certo para reduzir despesas e complexidades da estratégia empresarial, do portfólio de produtos e das estruturas corporativas, o que é positivo no longo prazo. No entanto, continuamos cautelosos no curto prazo, uma vez que temos visibilidade limitada na recuperação do volume e na sustentabilidade de despesas mais baixas, especialmente de marketing, que é um aspecto fundamental para manter as preferências de marca e a introdução de novos produtos no médio e longo prazo. Por enquanto, mantemos nossa classificação neutra, embora tenhamos aumentado nossas estimativas de curto prazo dadas as estimativas superadas, o que acabou elevando nosso preço-alvo”, ressaltou.

XP 

A XP aponta que a Alpargatas reportou mais uma vez resultados fracos, embora apresentando tendências melhores e com Ebitda e lucro líquido acima do esperado, resultado de uma forte recuperação de margem. “Mantemos nossa recomendação Neutra e preço-alvo de R$ 9,50 por ação”, aponta a casa.

 

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão

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