Jack Ma, fundador do Alibaba Group Holding Ltd. (NYSE:BABA), decidiu manter sua participação na empresa, revendo seus planos iniciais de venda após uma queda significativa no valor de mercado do gigante do comércio eletrônico chinês.

Esta decisão vem na esteira da maior desvalorização das ações da Alibaba em mais de um ano, conforme relatado em um memorando interno da diretora de pessoal da empresa, Jane Jiang Fang. O memorando enfatiza a confiança de Ma no futuro da empresa.

O Alibaba Group também é negociado na B3 através do ticker (BOV:BABA34). Alibaba é um gigantesco conglomerado chinês de e-commerce, especializado em comércio eletrônico, varejo, internet e tecnologia. Fundado por Jack Ma em 1999, revolucionou o varejo online na China.

Anteriormente, reportagens de vários veículos de comunicação chineses, incluindo o The Paper, noticiaram que Ma planejava vender 10 milhões de ações, avaliadas em aproximadamente US$ 870 milhões, em 21 de novembro. Esta intenção de venda foi divulgada junto com a notícia de que a Alibaba abandonaria os planos de desmembrar seu negócio de nuvem de US$ 11 bilhões, o que resultou em uma abrupta redução de US$ 22 bilhões em seu valor de mercado em apenas um dia.

A tensão tecnológica crescente entre EUA e China tem impactado a estratégia do Alibaba, colocando em dúvida suas perspectivas de recuperação após uma repressão regulatória na China e a intensificação da concorrência com novos players, como o ByteDance Ltd.Douyin.

Segundo Jiang, Ma, confiante no potencial de crescimento do Alibaba, optou por manter sua participação, acreditando que o valor atual das ações está muito abaixo do valor real da empresa. O escritório de Ma emitiu um comunicado reiterando seu compromisso em manter sua participação no Alibaba.

Ma tinha planos de usar os fundos obtidos com a venda das ações para investimentos em empresas agrícolas e instituições de caridade na China e em outros países. Acordos com um corretor foram estabelecidos no início do ano para uma venda a um preço fixado em agosto, mas a corretora não estava ciente de que a divulgação do acordo coincidiria com a divulgação dos resultados financeiros da empresa.