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Ações da Minerva caem, após resultado abaixo do esperado no 3T23

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A Minerva Foods, maior exportadora de carne bovina da América do Sul, encerrou o terceiro trimestre com lucro líquido de R$ 141 milhões, 0,3% menor que no mesmo período de 2022.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) caiu 11,5% na comparação, para R$ 713,7 milhões, e a receita registrou queda de 16,2%, para R$ 7,068 bilhões.

As retrações de Ebitda e receita foram basicamente determinadas pela queda dos preços da carne, puxada pela retração do boi. A redução foi maior que a dos preços das exportações para mercados como a China, principal destino dos embarques brasileiros de carne bovina. Mas, de uma forma geral, a companhia trabalha com um cenário positivo para os embarques sul-americano.

Isso porque os Estados Unidos continuam com oferta de gado retraída, o que limita seus embarques de carne bovina. E, com o El Niño, o clima não está favorável no país, da mesma forma que está prejudicando o segmento na Austrália, outro grande país exportador da proteína. O cenário, como reforçou Fernando Queiroz, CEO da Minerva, abre mais espaço para as exportações da América do Sul.

“E estamos otimistas com a recuperação da China”, afirmou o executivo.

Edison Ticle, CFO da Minerva, realçou que um dos principais destaques do terceiro trimestre foi a geração de caixa livre, que alcançou R$ 608,1 milhões e chegou a cerca de R$ 1,2 bilhão no período de 12 meses encerrado em setembro. Já a alavancagem (dívida líquida/Ebitda), ficou estável em 2,8 vezes também no intervalo.

No período de 12 meses encerrado em setembro, o lucro líquido da Minerva somou R$ 350 milhões, com queda de 57,9% ante igual intervalo de 2022. Já o Ebitda recuou 13,5%, para R$ 2,564 bilhões, e a receita líquida diminuiu 12,9%, para R$ 27,565 bilhões.

Da receita bruta acumulada de R$ 29,46 bilhões (retração de 12,2%), R$ 18,813 bilhões foram obtidos no mercado externo (queda de 18,6%) e R$ 10,647 bilhões nos mercados onde a empresa está presente com estruturas de produção (baixa de 1,9%) – Brasil, Argentina, Colômbia, Uruguai, Paraguai e Austrália.

No terceiro trimestre, a Minerva fechou acordo para adquirir 16 plantas da Marfrig, por R$ 7,5 bilhões, transação que ainda depende do aval do Cade, e avançou com a conclusão da compra da subsidiária BPU Meet, no Uruguai. De olho na transação com a Marfrig, a Minerva captou recentemente US$ 1 bilhão com bonds.

A empresa também efetuou, em agosto, o pagamento de dividendos intercalares no total de R$ 114 milhões (R$ 0,19 por ação). Nos últimos 12 meses, a empresa distribuiu aproximadamente R$ 322,6 milhões em dividendos (R$ 0,55/ação).

Os resultados da Minerva Foods (BOV:BEEF3) referentes às suas operações do terceiro trimestre de 2023 foram divulgados no dia 08/11/2023.

TELECONFERÊNCIA

A Minerva Foods, maior exportadora de carne bovina da América do Sul, divulgou seus resultados na noite de quarta-feira (8). A companhia encerrou o terceiro trimestre com lucro líquido de R$ 141 milhões, 0,3% menor que no mesmo período de 2022.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) caiu 11,5% na comparação, para R$ 713,7 milhões, e a receita registrou queda de 16,2%, para R$ 7,068 bilhões.

Os dados foram recebidos de forma negativa pelo mercado e os papéis da companhia caíam 9% às 10h55 (horário de Brasília), cotados a R$ 7,17.

Apesar disso, o CEO da companhia, Fernando Queiroz, considera que os movimentos externos podem favorecer a Minerva Foods nos próximos trimestres. “O mercado global de carne bovina segue bastante promissor” afirmou o CEO na teleconferência para comentário dos resultados apresentados.

Em relação ao mercado externo, o executivo confirmou confiança também na recuperação do mercado chinês, destacando que o país passa por processo de ocidentalização de hábitos e que poderá seguir como um dos drivers para a companhia nos próximos tempos.

Para fomentar ainda mais as vendas para o país, o CEO destacou que a carne proveniente da Colômbia agora poderá ser exportada para a China. A notícia é positiva para o nome, que possui plantas na Colômbia e é um dos líderes de exportação do país. A confiança no mercado global para proteína global foi confirmada pelo CFO da Minerva, Edison Ticle.

Em relação aos resultados financeiros apresentados pela companhia, enquanto o CEO afirmou que o encerramento do trimestre se deu com liquidez confortável, o CFO destacou que a redução da dívida líquida, em mais de R$ 200 milhões, como um dos pontos de destaque dos números apresentados.

“Isso nos permite manter uma estrutura de capital equilibrada”, considera Ticle. A alavancagem da companhia ficou em 2,8 vezes e, ao final de setembro, 70% do total da dívida estava indexada à variação do dólar.

O CEO destacou que não há receios, em relação ao Brasil, sobre a demanda. O panorama é diferente para os EUA, uma vez que o executivo considera que o ciclo no país demorará para reverter. O aumento de demanda na América Latina poderá suprir a lacuna presente dos EUA, de acordo com Queiroz.

VISÃO DO MERCADO

Bradesco BBI

Já o Bradesco BBI aponta o Ebitda abaixo do esperado, mas que o frigorífico gerou fluxo de caixa livre positivo (R$ 608 milhões) pelo segundo trimestre consecutivo, com a normalização do seu capital de giro retornando para R$ 581 milhões, enquanto a alavancagem financeira permaneceu praticamente estável ante o trimestre anterior, em 2,8 vezes (ante 2,7 vezes em 2T23).

O banco também destaca como grande catalisador para as ações as operações com a Marfrig.

“A recuperação dos preços ainda está atrasada e isso apoia a nossa visão mais cautelosa sobre o nome. Embora as ações da Minerva estejam sendo negociadas a 3,7 vezes o múltiplo EV, ou valor da empresa, sobre o Ebitda esperado para 2024, um desconto de 18% em relação à sua média histórica, uma reavaliação dos múltiplos dependeria da capacidade da empresa de acelerar a eficiência dos ativos recentemente adquiridos da Marfrig”, aponta a casa.

O mercado parece cauteloso em relação à recente aquisição de ativos da Marfrig, afirma a casa e, portanto, o sucesso desta nova operação deverá ser a chave para uma recuperação dos preços das ações.

Itaú BBA

O Itaú BBA aponta que o Ebitda, ou lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, totalizou R$ 714 milhões, 6% a menos que a sua projeção.

“Como resultado, esperamos que os investidores revisem para baixo suas expectativas de Ebitda para o ano, provavelmente em direção à banda inferior da expectativa de R$ 2,8-3,0 bilhões, esperada há alguns meses”, avalia.

O banco vê um baixo posicionamento dos investidores no papel, uma vez que a tese de investimento da companhia agora gira em torno da aprovação da aquisição de plantas de abate da Marfrig e da contribuição esperada dos novos ativos adquiridos.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão

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