ADVFN Logo ADVFN

Não encontramos resultados para:
Verifique se escreveu corretamente ou tente ampliar sua busca.

Tendências Agora

Rankings

Parece que você não está logado.
Clique no botão abaixo para fazer login e ver seu histórico recente.

Hot Features

Registration Strip Icon for default Cadastre-se gratuitamente para obter cotações em tempo real, gráficos interativos, fluxo de opções ao vivo e muito mais.

Natura (NTCO3): lucro líquido consolidado de R$ 7,024 bilhões no 3T23

LinkedIn

A Natura &CO encerrou o terceiro trimestre de 2023 com lucro líquido consolidado de R$ 7,024 bilhões, revertendo prejuízo de R$ 559,8 milhões apurado no mesmo intervalo de 2022. O resultado foi beneficiado pelo ganho de capital com a venda da Aesop, concluída no trimestre.

Excluindo o efeito da venda da Aesop e outros não recorrentes, o lucro líquido Underlying foi de R$ 745 milhões em comparação com prejuízo de R$ 198 milhões do terceiro trimestre de 2022, impulsionado por menores resultados financeiros líquidos underlying e melhor dinâmica de impostos de renda e contribuição social.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado somou R$ 751,4 milhões entre julho e setembro, um avanço de 10% ante o apurado no mesmo intervalo do ano passado. A empresa também divulgou o Ebitda reportado, de R$ 490,5 milhões, valor 5,8% menor que o apurado um ano antes.

A receita líquida recuou 10,5% na mesma base de comparação para R$ 7,517 bilhões. Em seu release de resultados a empresa explica que o crescimento na Natura América Latina (+18,6% em moeda constante – CC) e tendência praticamente estável na Avon International (-2,3% em CC), foram compensados por outro trimestre desafiador na The Body shop (-13,2% em CC) e pela queda, já esperada, na Avon na América Latina.

A empresa detalha que o segmento Casa e Estilo recuou 38,7% em CC como resultado da otimização contínua do portfólio, enquanto a categoria de Beleza diminuiu 11,6%, resultado da implementação da Onda 2, já em andamento no Peru, na Colômbia e agora no Brasil e pela preparação em outros países.

A margem bruta consolidada foi 65,3% entre julho e setembro, 310 pontos-base maior que o mesmo período do ano passado e estável em relação ao segundo trimestre do ano.

“O desempenho da Natura &Co no terceiro trimestre manteve a tendência dos dois primeiros trimestres do ano, mostrando uma forte expansão da margem bruta e Ebitda em relação ao ano anterior, embora observado uma pequena desaceleração das receitas causada principalmente pela implementação da Onda 2 na América Latina e pela contínua tendência de queda nas vendas da The Body Shop”, destaca o CEO, Fábio Barbosa.

As despesas financeiras líquidas foram de R$ 1,065 bilhão no terceiro trimestre, comparadas a despesas de R$ 550 milhões reportadas no mesmo período do ano
Anterior.

A empresa encerrou o trimestre com Caixa Líquido (excluindo leasing) de R$ 700 milhões, comparado a uma dívida líquida de R$ 10,0 bilhões do segundo trimestre. “Conforme comunicado anteriormente, Natura &Co vendeu a Aesop por um Enterprise Value de US$ 2,6 bilhões. O fechamento ocorreu no dia 30 de agosto e os recursos permitiram que a empresa retornasse a uma posição de caixa líquido”, explica.

Os resultados da Natura (BOV:NTCO3) referente suas operações do terceiro trimestre de 2023 foram divulgados no dia 13/11/2023.

Teleconferência

Após o anúncio de acordo vinculante para venda da The Body Shop, o CFO da Natura&Co Guilherme Castellan, afirmou que a venda de ativos será uma parte importante da operação da companhia no próximo ano.

“Ainda temos alguns ativos que podem ser vendidos”, comentou, nesta terça-feira (14), na teleconferência sobre os resultados do terceiro trimestre de 2023, divulgados ontem.

Tanto os números do trimestre quanto o anúncio da operação e as afirmações dos executivos da companhia foram bem recebidos pelo mercado e os papéis da companhia sobem 4,24%, cotados a R$ 14,49, às 11h05 (horário de Brasília) da sessão de hoje.

Sobre a operação em si de venda da companhia inglesa, o executivo afirmou todos os detalhes que podem ser fornecidos no momento foram apresentados no comunicado oficial. “A venda da The Body Shop está de acordo com a nossa estratégia para região e modelo de negócio”, comenta Castella.

O CFO da companhia destacou que as informações sobre a operação serão fornecidas ao longo do tempo, conforme acontecer o avanço do processo.

“A venda de ativos será um aspecto muito importante da nossa operação em 2024”, diz CFO, sobre a reestruturação das operações. A visão de Fábio Barbosa, CEO, é de que a a estratégia atual é focada nas propriedades da empresa e na estrutura de capital, principalmente.

Assim, a venda atual corrobora, em termos práticos, com o discurso de foco em geração de caixa para 2024 e promoção de investimentos das marcas principais do grupo, assim como nos esforços de internacionalização.

“Estamos muito felizes e confiantes com relação aos resultados e ao que se apresenta diante de nós, em relação à integração na América Latina”, destaca o CFO, reforçando que é possível que problemas sejam enfrentados durante a integração mas há visibilidade de melhora em resultados e nas tendências.

Os executivos também destacaram que há esforços atuais para se estabelecer as melhores práticas referentes aos preços praticados das marcas. “Estamos aprendendo a gerir nosso portfólio de uma maneira mais dinâmica”, afirma Barbosa. O executivo esclareceu que a companhia tem conseguido cobrir um amplo mercado, em relação aos preços.

“A racionalização do negócio segue como prioridade da empresa”, conclui o CEO da Natura.

VISÃO DO MERCADO

Bradesco BBI

Sobre os resultados em si, o Bradesco BBI destacou que o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) ajustado consolidado ficou 5,0% acima da estimativa da casa somando R$ 751 milhões, impulsionado por números melhores que o estimado na Avon International e na agora quase vendida The Body Shop.

A receita líquida consolidada da Natura&Co caiu 10% em termos de reais, 2,0% abaixo da sua estimativa e 5,0% abaixo do consenso. Em moeda constante, o faturamento consolidado caiu 0,7% em base anual, com a The Body Shop (TBS) e a Avon International compensando o crescimento na América Latina. A margem Ebitda ajustada consolidada excedeu nossa estimativa em 0,60 p.p., para 10,0%, devido a menores despesas corporativas e à margem Ebitda ajustada melhor que o previsto na Avon Internacional e TBS.

O BBI espera que a integração Natura e Avon produza melhores resultados no 2S24, uma vez que a base de consultoras comece a melhorar a produtividade e os custos de integração diminuam substancialmente. “Por enquanto, mantemos a nossa visão otimista sobre a tese numa perspectiva de médio e longo prazo.

Mantemos a recomendação de Compra e novo preço-alvo de R$ 23,00 para 2024, ante R$ 24/ação anteriormente, dada a introdução de novas estimativas”, aponta.

Citi

Já os resultados da Natura &Co no terceiro trimestre foram abaixo das expectativas, impactados por números mais fracos do que o esperado nas operações da América Latina compensando desempenho surpreendente no exterior, diz o Citi.

Os analistas João Pedro Soares e Felipe Reboredo escrevem que as vendas da empresa foram 7% aquém das estimativas e o Ebitda ajustado ficou 12% menor do que projetavam. O prejuízo de operações continuadas foi de R$ 152 milhões.

No entanto, o banco destaca que esse parece ser um trimestre importante para a empresa por conta da entrada dos recursos da Aesop, dando à Natura &Co uma posição de caixa líquida de R$ 697 milhões, e melhor desempenho das unidades internacionais.

Eles notam que a companhia teve queima de caixa de R$ 1,5 bilhão nas operações continuadas, mas teria ficado estável quando retirado efeito não recorrente de despesas financeiras. A questão é como a empresa vai impulsionar essa geração.

O Citi tem recomendação neutra para Natura &Co, com preço-alvo em R$ 15, potencial de alta de 7,9% sobre o fechamento de ontem.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters e TC

Deixe um comentário