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Ações da Braskem seguem em forte baixa, após risco iminente de colapso em mina de Maceió

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Após fechar em queda de 6,25% na véspera, as ações da Braskem seguem em forte baixa na sessão desta sexta-feira (1), atingindo uma queda máxima de 9,25% (R$ 17,36) no intraday. Às 12h10 (horário de Brasília), os ativos BRKM5 caíam 9,15%, a R$ 17,38.

A queda passou a predominar desde a tarde de quinta-feira (30), após a Braskem ser intimada em ação de R$ 1 bilhão sobre risco iminente de colapso em mina de Maceió.

No dia anterior, a Defesa Civil de Maceió emitiu alerta sobre o iminente risco de colapso de um dos poços na mina 18 de sal-gema da Braskem, enquanto o órgão enfatizou a importância de evitar a circulação de pessoas e embarcações na área afetada.

A área está entre as que já foram desocupadas, ainda existem residentes em regiões próximas. Este episódio representa mais uma complicação derivada do problema ocorrido em 2018, o qual foi causado pelas atividades de mineração de sal-gema da Braskem na região. Desde então, essas operações foram paralisadas.

Com os abalos sísmicos e iminente risco de colapso em mais uma área, a Braskem viu-se obrigada a ampliar o mapa de risco, incorporando mais moradores de Maceió ao programa de realocação e compensação.

Em uma medida compensatória de R$ 1 bilhão, a empresa incluirá os residentes do bairro de Bom Parto. Essa inclusão no programa foi solicitada pelo Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público do Estado de Alagoas (MPF-AL) e Defensoria Pública da União (DPU), sendo posteriormente acatada pela Justiça Federal.

O governo do estado emitiu uma nota alertando sobre as consequências do desastre e reiterando seu pedido para que a companhia não seja vendida até que seu passivo esteja completamente resolvido. Até o momento, o valor provisionado e pago já atinge R$ 14,4 bilhões, mas Alagoas busca pleitear valores adicionais.

Conforme destaca a Levante Corp., que cita Abelardo Nobre, coordenador geral da Defesa Civil de Maceió, caso o teto da mina desabe, há riscos de aumento da salinização da água na lagoa próxima da região. Isso deve acarretar em consequências ambientais extremamente prejudiciais.

Os analistas da casa de research apontam que os riscos iminentes de colapso em mais uma área, mesmo que desocupada, representam um revés significativo para a Braskem.

“O potencial colapso pode ocasionar danos ambientais consideráveis, demandando a realocação de mais famílias e acarretando em despesas adicionais para a empresa. Além disso, esse evento amplia a complexidade da situação para a companhia, pois serve como mais um argumento negativo perante as ações judiciais em curso, podendo resultar em novos litígios e complicações legais”, avalia a Levante.

Sobre a ação de R$ 1 bilhão contra a empresa e a Prefeitura de Maceió pelo Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual de Alagoas e Defensoria Pública da União, o BTG Pactual reforça a avaliação de que o processo foi desencadeado pelos tremores de terra sentidos nas regiões afetadas há três semanas.

O banco aponta que é importante ressaltar que ainda não está claro quanto dessa responsabilidade recai sobre a prefeitura de Maceió. Além disso, acredita que relatórios e estudos técnicos são necessários para comprovar a necessidade de compensações adicionais.

“Dito isto, a ação certamente corrobora para aumentar a percepção de risco no caso da Braskem. As ações da empresa caíram ontem 6,5%, uma vez que o mercado provavelmente atribui a possibilidade de que parte significativa desse valor se transforme em novas provisões, impactando ainda mais a capacidade de geração de caixa da empresa no curto prazo, em meio a um ciclo de spreads petroquímicos muito baixos”, aponta o BTG, que reitera recomendação neutra para os ativos, pois acredita que o principal catalisador de retorno das ações depende atualmente da possível venda da participação da Novonor na empresa.

“Continuamos abordando as fusões e aquisições com cautela, pois não está claro para nós se os acionistas minoritários irão capturar os direitos de tag along se a venda prosseguir. Reconhecemos que os spreads petroquímicos irão melhorar em 2024, mas nosso modelo já incorpora um crescimento de cerca de 77% ao ano no Ebitda [lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações] para 2024″, avaliam os analistas. Dado que acreditam que a probabilidade de revisões negativas dos lucros por parte do consenso é alta, os analistas veem que é muito cedo para comprar os papéis.

Na visão da Levante e do Bradesco BBI, a situação representa mais um obstáculo no processo de venda da participação da Novonor na empresa, enquanto o BBI também vê incertezas com uma investigação mais ampla do Congresso podendo começar no próximo ano.

Cabe destacar que o presidente em exercício Geraldo Alckmin (PSB) deve fazer, na próxima terça (5), uma reunião com o governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), para tratar da necessidade de ajuda do governo federal ao estado, caso haja o colapso previsto de uma mina da petroquímica Braskem em Maceió.

Informações Infomoney

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