A Oracle (NYSE:ORCL) viu suas ações despencarem 9% nas negociações de pré-mercado na terça-feira (12), à medida que as expectativas de vendas na nuvem abaixo do esperado e uma previsão sombria levantaram preocupações sobre o crescimento da empresa, que busca se beneficiar do boom da IA generativa.
A Oracle também é negociada na B3 através da BDR (BOV:ORCL34).
Nos últimos três trimestres, a receita na unidade de infraestrutura em nuvem da empresa, que concorre com gigantes do setor como a Amazon Web Services e a Microsoft Azure, teve um crescimento mais lento.
Analistas do Barclays expressaram preocupação, afirmando que “O menor crescimento da OCI (Oracle Cloud Infrastructure) preocupará os investidores, pois esta é a principal história de investimento.”
Embora as ações da Oracle tenham subido 40% este ano, impulsionadas pela crença de que a crescente adoção da IA generativa – a tecnologia por trás de populares chatbots como o ChatGPT – impulsionaria o crescimento das empresas que oferecem serviços de data center, a empresa enfrenta desafios.
Fundada por Larry Ellison, a Oracle tem investido consideravelmente na construção de data centers como parte de sua estratégia para se tornar uma empresa orientada para a nuvem.
No entanto, a empresa culpou as restrições de oferta por resultados fracos e afirmou que a demanda por seus serviços de IA generativa e infraestrutura em nuvem estava crescendo a um ritmo acelerado.
Apesar disso, analistas levantaram preocupações sobre as perspectivas da empresa, e pelo menos quatro corretoras reduziram seus preços-alvo das ações após os resultados.
“A queda nas receitas da nuvem por dois trimestres consecutivos mina parcialmente nossa confiança em uma transição bem-sucedida para a nuvem que impulsionaria uma recuperação sustentável do crescimento da receita”, alertou a corretora Piper Sandler.
A receita total da nuvem, incluindo software, aumentou 25% no segundo trimestre encerrado em 30 de novembro, ficando abaixo das expectativas da empresa de um aumento de 29% a 31%. Além disso, gastos empresariais mais fracos e a forte concorrência de grandes players também impactaram os resultados globais.
Para o terceiro trimestre, a Oracle prevê um crescimento da receita na faixa de 6% a 8%, o que está abaixo das estimativas médias dos analistas, que apontam para cerca de 7,6% de crescimento, de acordo com dados do LSEG.