A Americanas afirmou que os bancos Votorantim e Daycoval aderiram ao seu plano de Recuperação Judicial (PSA) e que, agora, a proposta passou a contar com o apoio de credores quirografários titulares de mais de 38,5% da dívida da companhia (excluindo os créditos “intercompany”).
Até então, os quatro maiores credores da companhia já haviam aceitado os termos: Bradesco (R$ 4,13 bilhões), Santander (R$ 3,57 bilhões), BTG Pactual (R$ 3,52 bilhões) e Itaú (R$ 2,74 bilhões). O Safra, que tem o quinto maior saldo a receber, ficou de fora e tenta impedir na Justiça a votação do plano — a Assembleia Geral de Credores (AGC) está marcada para a próxima terça-feira (19).
A empresa informou ainda, em comunicado ao mercado, que os titulares de 85,42% das debêntures da 17ª emissão também aprovaram a adesão à proposta. A diretora financeira e de relações com investidores, Camille Loyo Faria, afirmou no documento que “a companhia manterá seus acionistas e o mercado em geral atualizados acerca de novas adesões ao PSA e demais assuntos relacionados”.
O comunicado é divulgado no mesmo dia em que a empresa apresentou aos seus credores uma versão atualizada do seu plano de Recuperação Judicial (PSA).
A Americanas (BOV:AMER3) propôs vender não só o Hortifruti Natural da Terra (HNT) e a Uni.co, empresa de franquias que detém marcas como Imaginarium e Puket, mas também a AME Digital e toda a sua operação de varejo on-line, incluindo o marketplace (3P) e até sua operação de revenda digital (1P).
A proposta prevê que parte do dinheiro arrecadado com as vendas possam entrar no caixa da companhia, até o limite de R$ 1 bilhão (a outra parte será usada para pagar debenturistas).