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Boeing prepara-se para retomar entregas na China após quatro anos de congelamento

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A Boeing (NYSE:BA) está prestes a retomar as entregas de seu 787 Dreamliner para a China em questão de dias. Esse movimento poderá abrir caminho para o fim do congelamento que durou mais de quatro anos nas entregas do lucrativo 737 MAX da Boeing para o mercado chinês. Como resultado dessas notícias, as ações da Boeing aumentaram 1,9% nas negociações de pré-mercado.

A Boeing também é negociada na B3 através da BDR (BOV:BOEI34).

A Juneyao Airlines, uma empresa aérea privada chinesa, está programada para receber um novo 787 Dreamliner em Xangai, conforme relatado pela fonte. Há expectativas de que esse avião decole já na quinta-feira.

A retomada das entregas do MAX representaria um marco na relação da Boeing com a China e traria benefícios financeiros substanciais, permitindo que a empresa alivie seu estoque dezenas de aeronaves. No entanto, a entrega do Dreamliner também é considerada crucial, pois sinaliza um avanço importante nas futuras entregas e pedidos.

As encomendas e entregas de aeronaves Boeing na China foram amplamente interrompidas desde 2019, quando dois acidentes fatais envolvendo o 737 MAX em 2018 e 2019 levaram à suspensão global desse modelo.

A retomada das entregas do Dreamliner para a China era amplamente esperada pelos analistas, especialmente após a consultoria AAP/AIR relatar atividades de voo preparatório para um 787 destinado à Juneyao Airlines. Do total de 60 787 ainda não entregues no estoque da Boeing, doze são destinados a operadoras chinesas, de acordo com Jefferies.

A entrega do 787 é vista como um indicativo do restabelecimento das entregas do 737 MAX e do retorno das relações comerciais normais entre a Boeing e a China, que enfrentaram tensões desde a crise do MAX.

A publicação especializada The Air Current informou recentemente que a Boeing recebeu uma autorização importante da Administração de Aviação Civil da China (CAAC) neste mês, permitindo a preparação das aeronaves MAX para entrega. Embora as proibições de segurança tenham sido suspensas para voos existentes do MAX na China, as novas entregas permaneceram congeladas.

A Boeing confirmou seu compromisso em apoiar os clientes na China e se prontificou a atender às necessidades quando chegar o momento apropriado. Segundo a Air Current, a autorização foi concedida em 8 de dezembro pelo vice-chefe da CAAC.

No entanto, as entregas individuais do MAX ainda requerem a aprovação da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China (NDRC), conforme apontado no relatório da Air Current.

Um 737 MAX destinado à China Southern Airlines realizou um voo do Boeing Field em Seattle para as instalações próximas da Boeing em Moses Lake, Washington, e retornou na quarta-feira, indicando um possível voo de aceitação do cliente.

Para a Boeing, a retomada das entregas representa a reabertura de um dos mercados aeroespaciais mais importantes do mundo, que deve representar 20% da demanda global por aeronaves até 2042. Além disso, essa medida pode contribuir para o alcance da meta de fluxo de caixa livre de US$ 10 bilhões da Boeing até 2025-2026, considerando as potenciais entregas para a China.

A Boeing atualmente mantém 85 aeronaves MAX para clientes chineses em seu estoque de cerca de 220 aeronaves, recebendo a maior parte do pagamento na entrega.

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