O dólar não definiu tendência frente ao real nesta segunda-feira, diante da agenda esvaziada no dia e da expectativa pela divulgação de dados de inflação nos EUA e no Brasil, na quinta-feira. Os números devem ajudar a calibrar as apostas sobre o processo de afrouxamento monetário nos EUA, após o payroll acima do esperado, divulgado na semana passada, ter reduzido a chance de o Fed iniciar o ciclo de corte de juros já em março.

O presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, disse hoje que a inflação caiu mais do que ele esperava, mas que o Fed deve manter a política restritiva para a inflação, ainda elevada, convergir para a meta. “Por agora, a política deve seguir restritiva. Os riscos estão equilibrados, com o mercado de trabalho esfriando, mas a inflação ainda segue acima da meta. Vejo dois cortes de 25 pontos-base apenas no fim do ano.”

No ambiente doméstico, o mercado segue de olho em Brasília, onde o clima segue tenso por causa da MP da reoneração enviada pelo governo ao Congresso no fim do ano. Rodrigo Pacheco pretende realizar uma reunião com líderes do Senado amanhã para discutir se o Congresso devolve a MP ou analisa o texto na volta do recesso, em fevereiro.

O dólar à vista fechou em leve baixa de 0,04%, a R$ 4,8702, após oscilar entre R$ 4,8643 e R$ 4,9008. Às 17h02, o dólar futuro para fevereiro caía 0,08%, a R$ 4,8895. Lá fora, o índice DXY recuava 0,21%, para 102,199 pontos. O euro subia 0,13%, a US$ 1,0956. E a libra ganhava 0,27%, a US$ 1,2752.

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(Com informações da Reuters, BDM Online e Uol)