
O dólar à vista encerrou a segunda-feira (22/12) em forte alta frente ao real, avançando 0,97%, aos R$ 5,5844. O movimento refletiu um típico pregão de fim de ano, marcado por liquidez reduzida devido ao feriado de Natal e pressão concentrada no fluxo cambial. A moeda chegou a se aproximar da faixa de R$ 5,60 ao longo do dia, apesar de um ambiente externo mais favorável às moedas emergentes. No acumulado de 2025, porém, o dólar ainda registra queda de 9,62%, reforçando o caráter pontual do estresse observado. A paridade Dólar Americano / Real Brasileiro (FX:USDBRL) atingiu máxima intradia de R$ 5,6075 antes de desacelerar no fechamento.
💸 Remessas ao Exterior Intensificam Pressão Cambial
No cenário doméstico, o câmbio reagiu quase exclusivamente ao fluxo financeiro, em um dia de agenda econômica esvaziada e com o Congresso Nacional em recesso. Empresas e fundos aceleraram o envio de recursos ao exterior diante da proximidade do fim da isenção de imposto de renda sobre remessas, que será extinta em janeiro de 2026, com alíquota de 10%. Soma-se a isso o início da tributação de 10% sobre dividendos acima de R$ 50 mil mensais, o que antecipou decisões financeiras e elevou a demanda por dólares.
🏦 Atuação do Banco Central Não Contém Pressão
Para atender à demanda adicional por moeda estrangeira, o Banco Central realizou, na sexta-feira anterior, leilões de linha que somaram US$ 2 bilhões. Ainda assim, a pressão sobre o câmbio permaneceu intensa ao longo desta segunda-feira (22/12), evidenciando a força do fluxo de saída típico do período de encerramento de ano fiscal.
🗳️ Risco Político Entra no Radar do Mercado
Além dos fatores técnicos, o cenário político também contribuiu para manter o prêmio de risco elevado. O mercado já começa a monitorar o ambiente eleitoral de 2026, incluindo possíveis candidaturas presidenciais, o que adicionou cautela aos investidores e ajudou a sustentar a valorização do dólar no mercado local.
🌍 Dólar Sobe no Brasil Apesar de Queda no Exterior
A alta do dólar no Brasil ocorreu na contramão do cenário internacional. No exterior, a moeda norte-americana perdeu força frente à maior parte das divisas globais, com destaque para o recuo em relação ao iene, após autoridades do Japão sinalizarem possível intervenção cambial. Esse movimento pressionou o índice do dólar (CCOM:DXY), que recuou 0,46%, aos 98,245 pontos no fim da tarde. Assim, enquanto o dólar enfraquecia globalmente, fatores essencialmente domésticos explicaram a valorização consistente no mercado brasileiro.
📊 Mercado Futuro Indica Ajuste Mais Moderado
No mercado futuro da B3, o movimento foi mais contido em relação ao dólar à vista. O contrato de dólar futuro para janeiro, atualmente o mais líquido, avançava 0,67%, aos R$ 5,5940. A variação menor indica que, apesar da pressão de curto prazo causada pelas remessas de fim de ano, o mercado futuro segue precificando um ajuste mais moderado, sem sinalizar, por ora, uma deterioração estrutural do câmbio no curto prazo. Os contratos de dólar futuro (BMF:DOLFUT | BMF:WDOFUT) permanecem como termômetro relevante da percepção de risco para os próximos meses.
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