Luis Silva, visionário líder da CloudWalk, uma inovadora startup brasileira no setor de pagamentos, almeja horizontes impressionantes. Fundada há dez anos, a empresa vem conquistando terreno internacionalmente, introduzindo tecnologias de pagamento por aproximação e outras inovações nos Estados Unidos, com aspirações de alcançar uma presença global e, eventualmente, estender seus serviços ao espaço.
Localizada em São Paulo, a CloudWalk alcançou um equilíbrio financeiro notável no último ano, atendendo mais de 1,1 milhão de clientes e gerando aproximadamente $400 milhões em receita anual, conforme compartilhado por Silva em uma entrevista. A empresa acumulou um total de $360 milhões em investimentos de capital de risco, sendo avaliada em $2,15 bilhões na última rodada de financiamento em 2021, com investidores de peso como Coatue, DST Global e Valor Capital.
Nos Estados Unidos, onde o volume de transações é dez vezes maior que no Brasil, Silva vê uma oportunidade significativa para escalar. Ele planeja, futuramente, expandir operações para mercados na Ásia e Oriente Médio. “Os pagamentos instantâneos e por aproximação são essenciais para os comerciantes americanos, especialmente em um contexto de alta inflação”, afirma Silva, ressaltando como essas tecnologias podem potencializar o fluxo de caixa e crescimento dos negócios.
A CloudWalk planeja iniciar sua expansão nos EUA focando em cidades como Nova York, São Francisco e Austin, através de um aplicativo chamado Jim.com. Este oferecerá soluções de pagamento inovadoras, permitindo que comerciantes recebam pagamentos instantâneos e expandam seus negócios.
O desafio maior para Silva é educacional, considerando que muitos americanos ainda utilizam métodos tradicionais, como cheques, para pagamentos. No Brasil, o sistema Pix, lançado pelo Banco Central em 2020, já superou cartões de crédito e débito em popularidade. Os EUA estão começando a seguir essa tendência com o FedNow, serviço similar lançado pela Reserva Federal.
A CloudWalk, que possui cerca de 500 colaboradores em 15 países, utiliza intensamente a inteligência artificial, especialmente em atendimento ao cliente e conformidade. Silva afirma que a IA é uma ferramenta real na empresa, não apenas um termo de marketing, melhorando a eficiência e reduzindo custos operacionais.
Notoriamente no Brasil, a CloudWalk introduziu o InfinitePay, uma solução que transforma qualquer smartphone em um leitor de cartões, além de oferecer serviços de e-commerce e crédito.
Atualmente lucrativa, a CloudWalk não busca novos investimentos, mas Silva não descarta uma rodada adicional de captação antes de uma possível oferta pública inicial (IPO). Um IPO pode ocorrer até o final de 2025, provavelmente nos EUA.
Silva, que aprendeu programação sozinho e tem origens em uma pequena cidade de São Paulo, sonha alto. Aos 39 anos, ele ambiciona transformar a CloudWalk em uma solução de pagamentos interplanetários, inspirado por projetos de colonização espacial e sua experiência na NASA Ames Research Park e Singularity University. “Nosso objetivo é nos tornarmos uma rede global de pagamentos com valor de mercado de US$ 1 trilhão, e depois, levar nossa tecnologia para outros planetas”, conclui Silva, refletindo sua visão de longo prazo e ambição desmedida.