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Ações da Vale caem, com o declínio dos futuros do minério de ferro na China

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As ações da Vale caíam cerca de 3% nesta terça-feira (20), com o declínio dos futuros do minério de ferro na China, em meio a preocupações crescentes sobre as perspectivas de demanda naquele país, apesar de nova medida de Pequim para reanimar o mercado imobiliário. Às 13h57 (horário de Brasília) desta terça-feira (20) os papéis VALE3 caíam 3,10%, a R$ 65,40.

O contrato mais negociado na Dalian Commodity Exchange encerrou o dia com queda de 5,41%, a 909,5 iuanes (126,35 dólares) por tonelada, menor valor desde 1º de novembro.

Investidores também aguardam o balanço da Vale na quinta-feira e acompanham as movimentações em torno de uma eventual troca no comando da mineradora (BOV:VALE3).

Contudo, analistas têm visto as ações da companhia como já precificando o cenário para o minério e as incertezas para a companhia. No acumulado do ano, os papéis caem cerca de 15%.

Em relatório, os analistas da XP elevaram a recomendação dos papéis para “compra”. “Com expectativas de oferta versus demanda por minério de ferro apertada este ano, acreditamos que os preços das commodities devem permanecer em níveis elevados no curto prazo, com o alto desconto da Vale versus preços do minério de ferro implicando um ponto de entrada positivo para as ações”, destacou a casa. A XP estabeleceu preço-alvo de R$ 82 para a Vale no final de 2024.

O BTG Pactual também reiterou recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 96, ressaltando ainda que “semanas importantes estão para vir para a companhia”.

“Durante meses, mantivemos a visão de que as ações da Vale se descolaram dos fundamentos e agora são impulsionadas principalmente pelas manchetes. Embora existam preocupações estruturais sérias sobre a economia da China, os preços do minério de ferro permaneceram relativamente ilesos durante anos (bem acima dos 100 dólares/tonelada). (…) No entanto, as ações da Vale permanecem perto das mínimas de vários anos, com a empresa perdendo o seu lugar entre as empresas mineradoras mais valiosas do mundo (em termos de capitalização de mercado)”, avalia o banco.

O BTG atribui a dissociação em sua maioria a uma série de incertezas que pairaram sobre as ações nos últimos meses, que incluem: incerteza em torno da gestão (CEO), provisões adicionais e o potencial para dividendos extraordinários no futuro.

Sobre o novo CEO, o banco ressalta não ter visão sobre como prever a sucessão, mas que o lado bom das manchetes recentes é a sugestão de que a interferência governamental no processo já ficou para trás e o “risco de cauda” foi evitado. “No entanto, o que nos preocupa é que aparentemente parece haver uma divisão relevante entre os membros do conselho da empresa sobre quem deveria ser o próximo CEO. Para nós, isso sugere um cenário mais desafiador para a coesão e o consenso do conselho sobre temas relevantes. Idealmente, mais consenso no nível do conselho seria visto como uma redução de risco para a Vale, o que não parece ser o caso”, avalia.

O banco também vê como provável que a Vale aumente sua provisão para US$ 5-6,5 bilhões para a Samarco, mas observa que a empresa não tem obrigação formal de cumprir a última provisão da BHP de US$ 6,5 bilhões no caso. “Gostaríamos também de salientar que os investidores já assumem desembolsos totais relativos a uma renegociação da Samarco de US$ 5 bilhões a US$ 6 bilhões, então as novas provisões provavelmente já estão devidamente precificadas. Não há garantia de que os números finais não aumentem ainda mais, mas isso dependeria, em última análise, de como as negociações entre as partes evoluam a partir daqui. Na margem, acreditamos que o poder de barganha do governo aumentou um pouco”, afirma.

Mediante as incertezas adicionais em torno das provisões e passivos, o banco projeta que a equipe de administração da Vale adote uma abordagem mais prudente em relação aos dividendos no primeiro semestre de 2024 (1S24). O BTG calcula que a Vale encerrará 2023 com uma dívida líquida expandida de cerca US$ 15 bilhões (contra uma meta de US$ 10-20 bilhões), o que acredita que poderá limitar os dividendos extraordinários no curto prazo, até que haja mais visibilidade sobre os desembolsos. “Portanto, juntamente com os resultados do 4T23, esperamos que a Vale anuncie ‘apenas’ dividendos mínimos na faixa de US$ 2,7 bilhões, o que implica um yield decente de 4,6% no semestre. Para o 2S24, acreditamos que os dividendos extraordinários continuam na maior parte em jogo e estamos prevendo dividendos acima de US$ 4 bilhões para o período (yield total acima de 10% para 2024)”, avalia.

Nos âmbitos operacional e macro, o banco vê o minério em níveis saudáveis e as indicações são de um forte início de ano no importante Sistema Norte (Carajás), com mais confiança no cumprimento das metas de produção e custos da empresa para 2024 e antecipando um final muito forte para 2023 (estimativa de Ebitda, ou lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, para o 4T23 de US$ 6,5 bilhões). O banco também vê um maior suporte do governo chinês à economia do gigante asiático.

“Embora seja inegável que o fluxo de notícias tenha se deteriorado, prevemos uma melhoria no ambiente operacional para a Vale em 2024 e acreditamos que muito pessimismo já está precificado nas ações. A Vale também continua sendo uma das principais teses contrarian de China, enquanto o governo se esforça para estabilizar a economia e todos já estão muito pessimistas”, aponta, mantendo assim visão positiva.

Informações Reuters

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