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B3 (B3SA3): lucro líquido recorrente de R$ 1,05 bilhão no 4T23, queda de 8,2%

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A B3 registrou lucro líquido recorrente de R$ 1,05 bilhão no terceiro trimestre deste ano, queda de 8,2% em comparação ao mesmo período de 2022, informou a companhia.

O lucro líquido atribuído aos acionistas, que exclui itens não recorrentes, ficou em R$ 915,5 milhões, queda de 8,8% em 12 meses. Na comparação trimestral, o recuo foi ainda mais acentuado, em 14,8%. O lucro ficou abaixo do estimado pelo consenso LSEG, que estimava R$ 1,12 bilhão.

A receita líquida da operadora da Bolsa foi de R$ 2,24 bilhões no quarto trimestre de 2023, queda de 2,8% na comparação ano a ano e ligeiramente abaixo do projetado pela LSEG, em R$ 2,26 bilhões. A receita total ficou em R$ 2,5 bilhões, considerada “em linha” com o trimestre anterior pela B3 e 2,9% abaixo do mesmo período de 2022.

Já o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) recorrente foi de R$ 1,45 bilhão, retração de 10,3% na base anual. Assim, a margem Ebitda caiu 540 pontos base, para 65,1%, dos 70,1% anteriores.

O segmento listado, a maior contribuição para as receitas, representando 56,9% do total, as receitas somaram R$ 1,419 bilhão, queda de 13,5% em 12 meses. No mercado de balcão, as receitas cresceram 14,7% em 12 meses para R$ 399 milhões, representando 16% do total.

Em tecnologia, dados e serviços, as receitas subiram 11,5% para R$ 522 milhões (20,9% do total). As receitas com infraestrutura para financiamento subiram 38% para R$ 153,2 milhões (6,1% do total).

O volume financeiro médio diário negociado (ADTV) em ações totalizou R$24,3 bilhões no 4T23, uma alta de 2,0% na comparação com o 3T23, “refletindo uma ligeira recuperação na atividade do mercado de capitais após um período sazonalmente mais fraco, mas uma queda de 24,8% em relação ao 4T22, principalmente devido às eleições de 2022 que impactaram os volumes do segmento nesse período”, afirmou a B3.

No caso dos contratos futuros de índices, a receita por contrato média teve alta de 1,1%, explicada por queda nos volumes, o que reduz descontos previstos na tarifação e reajuste de preços para traders mais frequentes (High Frequency Traders). A ADV caiu 3,9%.

As despesas da B3 somaram R$ 1,07 bilhão no quarto trimestre de 2023, alta de 9,9%. Excluindo os efeitos da consolidação de Neurotech, as despesas teriam somado R$1.045,6 milhões, 7,1% acima do 4T22.

Os resultados da B3 (BOV:B3SA3) referentes às suas operações do quarto trimestre de 2023 foram divulgados no dia 22/02/2024.

  • B3 aprova pagamento de dividendos referentes ao 4T23, no valor de R$ 374 milhões

O conselho de administração da B3 aprovou o pagamento de dividendos referentes ao 4T23, totalizando R$ 374 milhões, conforme registrado na ata da reunião ocorrida em 22 de fevereiro.

O montante por ação equivale a R$ 0,06689494.

VISÃO DO MERCADO

Refletindo os números, as ações operavam em leve queda no pregão desta sexta-feira, com perda de 0,63%, cotadas a R$ 12,57 às 10h12 (horário de Brasília).

Bradesco BBI

De acordo com o Bradesco BBI, o resultado apresentado não deveria surpreender investidores, uma vez que considera que o mercado já previa desempenho de volumes mais fracos e operacional mais suave. Com Ebitda abaixo do previsto devido ao aumento de custos, a receita deve seguir como principal gatilho para os lucros em 2024. Na análise do banco, investidores deveriam considerar os resultados como neutros a marginalmente negativos. A relação de dependência entre a melhoria de condições de mercado e de volume e o momento operacional da B3 continua sendo foco para a tese, enquanto o avanço no cenário para a companhia é visto como principal catalisador para as ações nos próximos trimestres.

Goldman Sachs

O Goldman Sachs também destacou a surpresa com despesas mais altas, que ficaram 17% acima da estimativa do banco. A explicação para o aumento, de acordo com a análise, foi a linha “outras despesas”, que apresentou aumento de 93%. O avanço foi justificado pela necessidade de contribuições relacionadas à atividade de autorregulação da operadora da bolsa brasileira, em especial na perspectiva de enfrentamento de futuras necessidade de caixa e de provisões relacionadas a disputas em andamento. Como pontos positivos, o Goldman destaca a estabilidade de receitas líquidas, mesmo com a divisão de ações impactadas negativamente por menor número de dias de negociação e margens mais baixas. O banco entendeu que os dados, no geral, deveriam ser recebidos negativamente pelo mercado.

Os dados operacionais apresentados, conforme esperado, demonstraram fraqueza mas a unidade de financiamento foi considerada melhor que o esperado. A frente foi responsável por compensar ligeiramente o desempenho de ações, que reduziram 20% em relação ao ano anterior e 5% na comparação trimestral.

JPMorgan

O JPMorgan destacou, em seu relatório sobre o balanço apresentado, que os custos mais elevados teriam poluído o trimestre, ainda que menos recorrentes. Os números apresentados vieram 25% acima das estimativas do JPMorgan, assim como as provisões para disputas em andamento, que cresceu 30% na comparação anual.

“Na receita total, as tendências continuam sem brilho, com uma queda de 3% em relação ao ano anterior liderada por ações à vista com uma queda de 20% em relação ao ano anterior. O ponto positivo foi a infraestrutura para financiamento, que teve receitas aumentando cerca de R$ 30 milhões em relação ao trimestre anterior, impulsionadas pelas receitas com a plataforma Desenrola. No geral, um trimestre fraco com tendências de receita ainda sem brilho (embora esperadas) e algumas variáveis nos custos”, destacou o banco estrangeiro.

XP Investimentos

O research da XP considerou os números pouco inspiradores, que demonstraram uma combinação entre volumes reduzidos, pressão sobre a receita e despesas acima do esperado. Os analistas destacam que a B3 conseguiu, no entanto, cumprir sua projeção (guidance, na sigla em inglês) de despesas para 2023, ainda que os dados tenham ficado um pouco abaixo da estimativa da corretora. Em relação ao Ebitda mais fraco, a análise reforça que teria sido parcialmente compensado por uma alíquota de impostos efetiva mais baixa.

“Mantemos nossa visão cautelosa sobre as ações devido aos fracos volumes de negociação. Acreditamos que o desempenho das ações da B3SA3 será mais influenciado por notícias relacionadas à concorrência potencial e às atividades do mercado de capitais do que pelos resultados financeiros. Embora a B3 continue a ser uma sólida opção de dividendos, mantemos nossa postura conservadora e não esperamos que isso seja gatilho para a valorização de suas ações”, entendem os analistas Bernardo Guttmann, Matheus Guimarães e Rafael Nobre.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão

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