O dólar à vista fechou de lado nesta sexta-feira, depois de operar em alta pela manhã, em linha com o comportamento volátil da moeda no exterior. Mais cedo, o mercado reagiu em alta aos dados acima do esperado da inflação ao produtor nos EUA.

O PPI subiu 0,3% em janeiro ante dezembro, frente à expectativa de alta de 0,1%, enquanto o núcleo avançou 0,5%, contra previsão de +0,2%. À tarde, a moeda se afastou das máximas com declarações de membros do Fed, que voltaram a destacar que sobressaltos na inflação americana são esperados. Tanto Raphael Bostic (Fed Atlanta) como Mary Daly (San Francisco) apontaram que é possível realizar três cortes de juros neste ano, começando a redução durante o verão no Hemisfério Norte, mas tudo dependerá da evolução dos dados nos próximos meses.

No ambiente doméstico, o mercado monitorou as declarações do diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, de que o “diferencial de juros com os EUA se aproxima de relação baixa em nível histórico”. Porém, ele considera que o Brasil continua atrativo para investimento.

Analistas avaliam que o fluxo de capital estrangeiro já mostra saída expressiva neste ano devido à queda no diferencial de juros. O que tem mantido o preço do dólar estável por aqui é o fluxo comercial positivo, que tem superado as expectativas neste início de ano.

O dólar à vista fechou em leve queda de 0,03%, a R$ 4,9671, após oscilar entre R$ 4,9598 e R$ 4,9892. Na semana, a moeda subiu apenas 0,12%. Às 17h04, o dólar futuro para março caía 0,15%, a R$ 4,9730.

Lá fora, o índice DXY recuava somente 0,02%, aos 104,271 pontos. O euro subia 0,04%, a US$ 1,0776. E a libra operava quase estável (+0,02%), a US$ 1,2603.

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(Com informações da Reuters, BDM Online e Uol)