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Em dezembro, vendas no varejo caem 1,3% e fecham 2023 com alta de 1,7%

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Em dezembro de 2023 o volume de vendas no comércio varejista nacional caiu 1,3% frente a novembro, na série com ajuste sazonal. A média móvel trimestral foi de 0,6%.

Na série sem ajuste sazonal, frente a dezembro de 2022, o comércio varejista apresentou crescimento de 1,3%, acumulando expansão de 1,7% em 2023.

No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças; material de construção; e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo, o volume de vendas caiu 1,1% em dezembro, na série com ajuste sazonal. A média móvel trimestral apresentou variação de -0,2%.

Na comparação com dezembro de 2022, o varejo ampliado teve estabilidade (0,0%), enquanto no ano de 2023 acumulou alta de 2,4%.

A queda de 1,3% na passagem de novembro para dezembro representa o segundo resultado efetivamente negativo (fora da faixa de variação entre -0,1% e -0,5%) e de maior amplitude do ano de 2023, resultado que reflete um perfil disseminado intersetorialmente, com seis atividades em queda.

No ano, o crescimento de 1,7% sinaliza um desempenho superior a 2022 (1,0%), que havia sido o menor crescimento na série positiva iniciada em 2017, incluindo também todo o período de pandemia, a partir de 2020.

Seis das oito atividades ficaram no campo negativo, na série com ajuste sazonal

A queda de 1,3% no volume de vendas do comércio varejista, de novembro para dezembro de 2023, teve predominância de taxas negativas, atingindo, seis das oito atividades pesquisadas: Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-13,1%), Móveis e eletrodomésticos (-7,0%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-3,8%), Tecidos, vestuário e calçados (-3,5%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-2,3%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-0,5%).

Apenas dois dos oito grupamentos pesquisados não registraram taxa negativa: Combustíveis e lubrificantes (1,5%) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,8%). Já no varejo ampliado, Veículos e motos, partes e peças caiu 4,5% e Material de construção variou 0,4%.

Quatro atividades do varejo avançaram na comparação com dezembro de 2022

Frente a dezembro de 2022 quatro atividades do varejo (1,3%) também tiveram variações no campo positivo: Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (5,6%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (4,8%), Tecidos, vestuário e calçados (0,4%) e Combustíveis e lubrificantes (0,2%).

Os setores que ficaram no campo negativo foram: Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-0,9%), Móveis e eletrodomésticos (-3,3%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-7,6%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-12,4%).

No varejo ampliado, Veículos e motos, partes e peças teve alta de 7,0%, Material de construção caiu 2,8% e Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo cresceu 2,7%.

O grupo de Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo registrou 5,6% em dezembro de 2023 acima do mesmo mês de 2022, contabilizando 17 meses consecutivos de crescimento, na comparação interanual. O resultado da atividade representa o maior crescimento dentre todas os oito setores pesquisados. No ano de 2023 o acúmulo foi positivo em 3,7%, resultado superior ao acumulado em 2022 (1,4%).

O setor de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria apresentou alta de 4,8% nas vendas frente a dezembro de 2022. O segmento vem registrando taxas positivas, no indicador interanual, desde março de 2023, quando apresentou 7,1% de crescimento. Em 2023, o ganho acumulado foi de 4,7%, completando assim 7 anos consecutivos acumulando ganhos. Em relação a 2022, no entanto, o resultado de 2023 foi inferior, já que o fechamento de 2022 ficou em 6,3%.

Em dezembro de 2023, o grupamento de Tecidos, vestuário e calçados teve um desempenho, em volume, 0,4% superior a dezembro de 2022, segundo no campo positivo consecutivo, uma vez que o resultado de novembro foi 5,8%. Em 2023, o setor acumulou perdas de 4,6% em relação a 2022, configurando o segundo ano seguido com desempenho inferior ao ano anterior: em 2022 as perdas foram de 0,5%.

Já a atividade de Combustíveis e lubrificantes registrou 0,2% em dezembro de 2023 em relação ao mesmo mês de 2022, resultado que rompe com uma série de cinco taxas negativas no indicador interanual: -2,3%% em julho; -3,4% em agosto; -8,5% em setembro; -9,3% em outubro e -1,8% em novembro de 2023. O setor fecha 2023 com ganhos acumulados de 3,9%, terceiro ano consecutivo a registrar desempenho positivo em relação ao ano anterior: 16,6% em 2022 e 0,3% em 2021.

O grupo de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação registrou queda de 0,9% em dezembro de 2023 em comparação com o mesmo mês do ano anterior, invertendo trajetória apresentada em novembro (crescimento de 18,2%). No fechamento do ano de 2023, o setor acumula 2,0% de ganhos em relação a 2022, segundo ano consecutivo com desempenho positivo (1,7% em 2022 e -2,0% em 2021).

O grupamento de Móveis e eletrodomésticos registrou queda de 3,3% nas vendas frente a dezembro de 2022, invertendo trajetória apurada no mês de novembro (+5,3%). Para o indicador interanual, o setor registrou, ao longo do segundo semestre de 2023, inversões similares ao ocorrido em dezembro e novembro, alternando desempenhos positivos e negativos: 3,3% em julho; -1,2% em agosto; 2,0% em setembro; e -0,4% em outubro. No acumulado do ano de 2023, o resultado foi de ganhos: 1,0% na comparação com 2022. Deve-se salientar que o desempenho positivo de 2023 vem depois da atividade apresentar perdas de 6,7% em 2022 em relação a 2021.

Em dezembro de 2023, a atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria caiu 7,6%, em volume, nas vendas frente a dezembro de 2022, contabilizando 11 meses seguidos de resultados negativos. Com isso, o setor voltar a acumular perdas no ano 2023 (-4,5%) após 2022 ter apresentado o maior crescimento anual (14,8%) da série (que se inicia, para esse indicador, em 2004). Vale destacar que o ano de 2022 rompeu uma sequência de oito anos de perdas, de 2014 a 2021, reverberando a migração do consumo de produtos ofertados por empresas dessa atividade (livros físicos) para outras formas de comercialização (plataformas digitais).

O setor de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba lojas de departamentos, óticas, joalherias, artigos esportivos, brinquedos etc., apresentou queda de 12,4% nas vendas frente a dezembro de 2022, vigésimo resultado negativo consecutivo. Ao longo dos últimos 30 meses, no indicador interanual, a atividade registrou crescimento em apenas quatro oportunidades: julho de 2021 (36,8%), fevereiro (1,1%), março (8,9%) e abril (1,1%) de 2022. Nesse contexto, 2023 acumulou perdas mais intensas do que em 2022: -10,9% em 2023 contra -8,4% em 2022. A atividade tem sido impactada desde os últimos meses de 2022 pela crise contábil de grandes cadeias de lojas, ocasionando perda de receita e fechamento de estabelecimentos físicos.

No âmbito do comércio varejista ampliado, a atividade de revenda de Veículos e motos, partes e peças apresentou crescimento de 7,0% nas vendas frente a dezembro de 2022, oitava consecutiva e a décima em 12 meses, fazendo com que o ano de 2023 fechasse com ganhos acumulados de 8,1%, no volume, em relação ao ano de 2022. O resultado anual é o primeiro no campo positivo após perdas de 1,7% em 2022.

Já as empresas de Material de construção apresentaram queda de 2,8% nas vendas frente a dezembro de 2022. Nessa comparação interanual, o setor registrou variações negativas em nove dos doze meses de 2023: os únicos meses a apresentar crescimento foram janeiro (1,0%), outubro (6,5%) e novembro (0,9%). Assim, o segmento fechou o ano de 2023 acumulando perdas de 1,9% em relação ao ano anterior, de menor intensidade que a comparação de 2022 com 2021: -8,7%.

O setor de Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo cresceu 2,7% em dezembro de 2023 em relação a dezembro de 2022. Nessa comparação interanual, a atividade concentrou resultados negativos no primeiro semestre de 2023, de janeiro (-0,3%) a abril (-1,2%), apresentando crescimento contínuo a partir de agosto (8,2%). Com isso, o acumulado do ano, que vinha contabilizando perdas até setembro (-1,0%), passou a registrar ganhos a partir de novembro, fechando 2023 com desempenho positivo de 1,0%.

Varejo avança 1,7% em 2023, sexto ano consecutivo de resultados positivos

O comércio varejista acumulou crescimento de 1,7% em 2023, fechando o sexto ano consecutivo com ganhos e com desempenho superior a 2022 (1,0%), que havia registrado o menor resultado desde 2016. No varejo ampliado, o resultado foi positivo em 2,4%, invertendo trajetória negativa de 2022 (0,6%), primeiro ano a acumular perdas desde 2020.

Sete das onze atividades, no âmbito do comércio varejista ampliado, acumularam ganhos em 2023: Veículos e motos, partes e peças (8,1%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (4,7%), Combustíveis e lubrificantes (3,9%), e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,7%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (2,0%), Móveis e eletrodomésticos (1,0%) e Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,0%).

Quatro atividades terminaram 2023 com perdas em relação a 2022: Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-10,9%), Tecidos, vestuário e calçados (-4,6%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-4,5%) e Material de construção (-1,9%).

Vendas caem em 13 unidades da federação em relação a novembro

Na passagem de novembro para dezembro, o volume de vendas no comércio varejista mostrou recuo em 13 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Espírito Santo (-14,3%), Rio Grande do Sul (-2,9%) e Paraná (-1,8%). Por outro lado, pressionando positivamente, figuram 14 das 27 unidades da federação, com destaque para Alagoas (3,5%), Amapá (3,1%) e Goiás (3,0%).

Para a mesma comparação, no comércio varejista ampliado, a variação entre novembro e dezembro teve resultados negativos em 20 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Espírito Santos (-6,9%), Paraná (-5,0%) e Tocantins (-4,7%). Por outro lado, pressionando positivamente, figuram 7 das 27 Unidades da Federação, com destaque para Alagoas (2,3%), Amapá (1,8%) e Distrito Federal (1,6%).

Na comparação anual, vendas sobem em 18 das 27 unidades da federação

Frente a dezembro de 2022, a variação das vendas no comércio varejista foi de 1,3%, com resultados positivos em 18 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Maranhão (9,7%), Amapá (7,6%) e Tocantins (7,3%). Por outro lado, pressionando negativamente, figuram 9 das 27 unidades da federação, com destaque para Paraíba (-13,6%), Espírito Santo (-4,8%) e Pernambuco (-1,1%).

Já no comércio varejista ampliado, a variação entre dezembro de 2023 e dezembro de 2022 apresentou estabilidade (0,0%) com predomínio de resultados no campo negativo: 14 das 27 Unidades da Federação, com destaque para Mato Grosso do Sul (-16,4%), Paraíba (-11,2%) e Mato Grosso (-7,0%). Por outro lado, pressionando positivamente, figuram 13 das 27 unidades da federação, com destaque para Distrito Federal (9,1%), Ceará (8,6%) e Maranhão (9,2%).

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