O Conselho de Administração da PRIO aprovou aumento de capital no valor de R$ 2 bilhões, passando de R$ 5,634 bilhões para R$ 7,634 bilhões, mediante capitalização de recursos alocados na reserva de lucros. O aumento de capital será efetivado sem distribuição de novas ações entre os acionistas ou modificação do número de ações de emissão da companhia.
O comunicado foi feito pela companhia (BOV:PRIO3) nesta quinta-feira (29).
Segundo a petroleira, a operação tem como objetivo viabilizar o redesenvolvimento de ativos operados já em produção, além de financiar atividades de perfuração e conexão sub-superfícies em ativos em desenvolvimento.
Além disso, a PRIO comenta que o aumento de capital “se mostra necessário para financiamento de futuras oportunidade de crescimento, englobando projetos e iniciativas inorgânicas”.
VISÃO DO MERCADO
JPMorgan
O aumento de capital é uma operação contábil que não implicará a emissão de novas ações, significando uma reorganização sem consequências financeiras ou econômicas. Por sua vez, o JPMorgan comenta que alteração reduz a pressão para pagar dividendos caso a reserva atinja seu limite e permite que a Diretoria Executiva utilize os fundos a seu critério.
Além disso, o JPMorgan destaca que, em 9 de fevereiro, a PRIO também anunciou a aprovação da emissão de debêntures de infraestrutura no valor total de R$ 2 bilhões, sujeitas a uma oferta pública, apesar da alavancagem atual de 0,9 vez a relação entre dívida líquida e Ebitda (ou lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações). Essas iniciativas, na opinião do banco, proporcionam flexibilidade para a PRIO buscar oportunidades de crescimento mais significativas, conforme afirmado pelo CEO e Presidente da empresa no Dia do Investidor e na teleconferência de resultados do 3T23.
JPMorgan mantêm recomendação de compra com preço-alvo de R$ 63,00…
Itaú BBA
O Itaú BBA, por sua vez, avalia que o anúncio sublinha a intenção frequentemente declarada da PRIO de dar prioridade ao seu crescimento em detrimento da distribuição de lucros aos acionistas sob a forma de dividendos.
Embora não possa se descartar a possibilidade da empresa equilibrar o seu plano de crescimento com a remuneração aos acionistas em 2024, analistas do BBA acreditam que o anúncio poderia decepcionar um pouco os investidores que esperavam que a empresa estivesse mais aberta ao pagamento de dividendos no curto prazo.
O Itaú BBA mantêm recomendação de compra com preço-alvo de R$ 58,00…