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O Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) manteve os juros inalterados no intervalo entre 5,25% e 5,50% nesta quarta-feira, em linha com o consenso dos investidores, enquanto a mediana das projeções das autoridades contidas no relatório “Dot-Plot” segue apontando para três cortes de 25 pontos-base ao longo deste ano.
Por volta das 15h05, pouco após a divulgação do resultado da reunião do FOMC, as principais bolsas operavam em alta. Os índices Dow Jones e S&P500 avançavam 0,32% e 0,28%, respectivamente. Na ponta oposta, o Nasdaq 100 recuava 0,02%. No mesmo horário, os rendimentos dos títulos do Tesouro de dois e dez anos perdiam 4,6 e 1,4 pontos-base, respectivamente.
No comunicado que se seguiu à decisão, o colegiado reconheceu o alívio da trajetória de preços ao longo de 2023, embora tenha reconhecido que eles permanecem “elevados”. O comitê também apontou acreditar que “não espera ser apropriado” reduzir a taxa-alvo até que tenha ganhado maior confiança de que a inflação está avançando de forma sustentável em direção à meta perseguida, de 2,0%.
O colegiado reescreveu um trecho no comunicado para citar que a geração de postos de trabalho permanece “forte” na atividade econômica. Em janeiro, o FOMC pontuou que a criação de postos de trabalho tinha desacelerado desde o fim de 2023, ainda que permanecesse “forte”.
Ainda de acordo com o colegiado, os riscos para alcançar os objetivos de política monetária da autarquia – de emprego e inflação – “estão evoluindo para um melhor equilíbrio”. O FOMC também avaliou que a perspectiva econômica é “incerta”, e disse permanecer “altamente atento” aos riscos inflacionários.
Também segundo o FOMC, a atividade econômica tem se expandido em ritmo “sólido”. A decisão de hoje do colegiado foi unânime. O presidente do Fed, Jerome Powell, falará à imprensa às 15h30.
Foi a quinta vez consecutiva que o Fed manteve os juros inalterados e a sexta desde o início deste ciclo de aperto monetário, em março de 2022. É também o mais longo ciclo de aperto desde 1980, quando o Fed fabricou uma recessão para controlar a inflação nos EUA. A taxa de juros encontra-se no maior nível desde 2001.
