Ibovespa sobe 1,22%, impulsionado pelo avanço das ações da Petrobras e dados inflacionários do Brasil e EUA

O Ibovespa encerrou o pregão desta terça-feira (12) em alta, impulsionado pelos dados inflacionários do Brasil e dos Estados Unidos que ficaram em linha com as expectativas. Além disso, as ações da Petrobras também contribuíram para o cenário positivo no mercado acionário brasileiro.

O Índice Bovespa (Ibovespa), que reflete o desempenho médio das cotações das principais ações de empresas negociadas na BM&FBOVESPA, é formado pelas ações com maior volume negociado nos últimos meses.

O índice subiu 1,22%, a 127.668. Na máxima do dia, chegou a 128.039,47 pontos. Na mínima, a 126.120,68 pontos. O volume financeiro somava R$ 21,4 bilhões antes dos ajustes finais.

No Brasil, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou um aumento de 0,83% em fevereiro, representando a maior alta em um ano. Esse resultado superou as previsões da pesquisa da Reuters, que apontava um avanço de 0,78% no mês.

“De forma geral, o IPCA não traz grandes surpresas apesar da alta acima da expectativa do mercado”, disse Gustavo Sung, economista-chefe da Suno Researc. Para a política monetária, ele avalia que não deve alterar o plano já anunciado pelo Banco Central, de cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões.

Nos Estados Unidos, o índice de preços ao consumidor (CPI) também registrou uma aceleração em fevereiro, com um aumento de 0,4%, em linha com as previsões de mercado. Excluindo componentes voláteis como alimentos e energia, o CPI aumentou 0,4% no mês passado, mantendo o ritmo observado no mês anterior. Esses números mantiveram as expectativas do mercado de que o Federal Reserve começará a reduzir os juros da maior economia do mundo em junho.

O dólar fechou em queda discreta frente ao real, depois que investidores não alteraram significativamente suas expectativas para o ciclo de afrouxamento monetário do Federal Reserve. A moeda norte-americana à vista fechou em queda de 0,08%, a R$ 4,9750 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,14%, a R$ 4,979 na venda.

Em Wall Street, os principais índices acionários encerraram em alta, impulsionados pelas empresas de tecnologia, que avançaram em meio ao surpreendente resultado da Oracle. Os dados de inflação ao consumidor acima das expectativas pressionaram os rendimentos dos yields para cima.

Os índices Dow Jones, S&P500 e Nasdaq 100 avançaram 0,61%, 1,12% e 1,54%, respectivamente. Perto das 17h os rendimentos dos títulos do Tesouro americano de dois anos avançavam 6,1 pontos-base, a 4,595% e os de dois anos subiam 5,0 pbs, a 4,153%.

O índice de preços ao consumidor (CPI) subiu 0,4% em fevereiro, dentro do esperado pelo mercado, mostrando leve aceleração em relação ao mês passado. Já o núcleo do CPI– que exclui itens voláteis como alimentos e energia elétrica — avançou 0,4% na base mensal, acima do consenso, de 0,3%. Na base anual, o núcleo subiu 3,8%, acima do consenso, de 3,7%.

“O Fed será um pouco mais lento que o mercado projeta; A perspectiva para os juros é o que abastece os mercados, e a inflação desta manhã foi bem próxima do consenso”, avaliou o CEO da Citadel, Ken Griffin, nesta tarde.

No âmbito corporativo, as ações do setor de tecnologia subiram em bloco por mais uma sessão, apoiando os mercados americanos. Dessa vez, o que gerou o gatilho para a alta das ações foram os resultados da Oracle, que apresentou um lucro de US$2,4 bilhões no trimestre que se encerrou em fevereiro, alta de 27% na comparação anual.

As ações da Oracle na Nasdaq dispararam 11,74%, renovando máxima de fechamento em US$127,53, após a companhia reportar o balanço do quarto trimestre na sessão anterior. Em teleconferência, executivos da companhia também disseram que ela fará um anúncio conjunto com a Nvidia nas próximas semanas, o que ajudou no otimismo do mercado.

DESTAQUES DO IBOVESPA – (pregão à vista)

• ALTAS IBOVESPA

PETZ3: +6,97% a R$ 4,45
NTCO3: +6,64% a R$ 18,48
PRIO3: +5,79% a R$ 47,50
SOMA3: +4,17% a R$ 7,25
LREN3: +3,83% a R$ 16,55

• BAIXAS IBOVESPA

CPFE3: -1,62% a R$ 34,00
PCAR3: −1,43% a R$ 3,44
FLRY3: −1,43% a R$ 15,15
USIM5: −1,35% a R$ 10,21
SMTO3: −1,35% a R$ 26,99

Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.

1. 💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥

   Aeris Energy (AERI3)

   A Aeris Energy vai propor aos seus acionistas o grupamento de suas ações na proporção de 20 para 1 durante a próxima assembleia geral ordinária e extraordinária, marcada para 11 de abril. Saiba mais…

   Boa Safra (SOJA3)

   A Boa Safra Sementes viu seu lucro líquido crescer 62,7% no quarto trimestre de 2023 e encerrar o período em R$ 145,9 milhões. O atraso no plantio da safra de soja provocado pelas temperaturas elevadas e as chuvas irregulares durante o início do plantio acabaram transferindo a compra de sementes do terceiro para o quarto trimestre. Saiba mais…

   Bradesco (BBDC3/BBDC4)

   A assembleia geral do Bradesco, realizada nesta segunda-feira (11) decidiu excluir o item do estatuto do banco que definia um período mínimo de 10 anos de carreira na organização para o funcionário ser elegível a um cargo na diretoria executiva da instituição financeira – principal escalão administrativo do grupo. Saiba mais…

   BrasilAgro (AGRO3)

   A BrasilAgro se manifestou sobre interferências externas na operação agrícola da Bolívia. Saiba mais…

   CCR (CCRO3)

   A CCR informou que a movimentação em suas rodovias administradas cresceu 10,2% em fevereiro na comparação com o mesmo intervalo de 2023, de 90.830 a 100.057.

   Cury (CURY3)

   A Cury registrou aumento de 69,2% no lucro líquido no quarto trimestre de 2023 em relação a igual período de 2022, saindo de R$ 97,3 milhões para R$ 164,6 milhões. Saiba mais…

   Direcional (DIRR3)

   A Direcional reportou lucro líquido de R$ 97,7 milhões no quarto trimestre de 2023 (4T23), montante 85,6% superior ao reportado no mesmo intervalo de 2022, informou a construtora. Saiba mais…

   Frasle Mobility (FRAS3)

   A Fras-le registrou aumento de 166% no lucro líquido no quarto trimestre de 2023 em relação a igual período de 2022, saindo de R$ 35,3 milhões para R$ 93,9 milhões. No ano, o lucro líquido foi de R$ 388,7 milhões, o que representa alta de 91,2%. Saiba mais…

   Gafisa (GFSA3)

   A Gafisa aprovou o aumento de capital social da Companhia, dentro do limite do capital autorizado. Saiba mais…

   Intelbras (INTB3)

   A Intelbras celebrou contrato de financiamento com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Saiba mais…

   JBS (JBSS3)

   A JBS foi a empresa com mais habilitações obtidas para exportar carne para a China, em nova rodada de aprovações pelo país asiático divulgada nesta terça-feira (12/03). Ao todo, a companhia teve dez novas plantas habilitadas pelos chineses. Saiba mais…

   Localiza (RENT3)

   A Localiza registrou aumento de 59,1% no lucro líquido contábil no quarto trimestre de 2023 em relação a igual período de 2022, para R$ 705,6 milhões. Saiba mais…

   Metal Leve (LEVE3)

   A Metal Leve reportou lucro líquido ajustado de R$ 154,1 milhões no quarto trimestre de 2023 (4T23), montante 28,4% inferior ao reportado no mesmo intervalo de 2022, informou a companhia. Saiba mais…

   Natura &CO (NTCO3)

   A Natura &CO encerrou o quarto trimestre de 2023 com prejuízo líquido consolidado de R$ 2,662 bilhões, uma perda 199% maior que a registrada no mesmo intervalo de 2022. Saiba mais…

   Petrorecôncavo (RECV3)

   O Conselho de Administração da PetroReconcavo anunciou o 3º programa de recompra de até 1.200.000 de ações ordinárias, que correspondem a 0,41% do total de ações de emissão da petroleira. Saiba mais…

   PRIO (PRIO3)

   A Prio aprovou um novo programa de recompra de ações. Saiba mais…

   Tegma (TGMA3)

   A Tegma reportou lucro líquido de R$ 51 milhões no quarto trimestre de 2023 (4T23), montante 10% inferior ao reportado no mesmo intervalo de 2022, informou a empresa de logística. Saiba mais…

   Vale (VALE3)

   O ex-conselheiro da mineradora Vale José Luciano Duarte Penido afirmou em carta de renúncia ao presidente do conselho de administração da empresa que o processo de sucessão do presidente-executivo na empresa foi conduzido de maneira manipulada e teve influência política. Saiba mais…

   A Vale informou que José Luciano Duarte Penido apresentou sua renúncia ao cargo de membro do conselho de administração da mineradora. Saiba mais…

   (Com informações da Forbes Money, TC Mover e Momento B3)