Em um movimento que intensifica as preocupações dos investidores da Tesla (NASDAQ:TSLA), um renomado analista de Wall Street reajustou suas projeções para a gigante automotiva, acarretando um impacto significativo no mercado.
Colin Langan, analista do Wells Fargo, modificou a classificação das ações da Tesla, passando de “Hold” para “Sell”, e reduziu drasticamente o preço-alvo de US$ 200 para US$ 125 por ação, representando uma queda notável de quase 38%.
Esta revisão pessimista provocou uma resposta imediata no mercado, com as ações da Tesla registrando uma queda de 2,6% nas negociações pré-mercado, estabelecendo-se em US$ 172,91 por ação. A decisão do analista reflete uma série de desafios enfrentados pela Tesla, incluindo a diminuição do efeito dos cortes de preços sobre a demanda e expectativas de entregas e receitas inferiores às antecipadas.
Langan expressou sua preocupação com o desempenho futuro da Tesla, projetando um volume de entregas de 1,8 milhão de veículos para 2024, um número que permanece praticamente inalterado em relação a 2023 e não mostra sinais de crescimento para 2025. Além disso, suas estimativas para as vendas nos anos de 2024 e 2025 foram significativamente reajustadas para baixo, ficando bem abaixo das projeções anteriores e do consenso de Wall Street.
A revisão das expectativas de Langan também afetou suas previsões de lucro por ação (EPS) para a Tesla, com uma redução drástica em relação às estimativas anteriores e ao consenso de mercado. Esta reavaliação sugere um período desafiador pela frente para a Tesla, que tradicionalmente é vista como uma ação de crescimento no mercado.
A análise de Langan aborda também as perspectivas futuras da Tesla, incluindo o lançamento previsto do “Model 2”. Ele aponta preocupações relacionadas ao atraso na disponibilização deste veículo mais acessível ao mercado e possíveis desafios em sua rentabilidade, além de mencionar o design inspirado no Cybertruck como um possível ponto de contestação.
Apesar dos potenciais pontos positivos, como margens melhores do que o esperado e avanços na tecnologia de direção autônoma, Langan mantém uma visão cautelosa sobre as ações da Tesla. Esta perspectiva é refletida na classificação geral das ações da Tesla entre os analistas, onde a porcentagem de recomendações de compra está significativamente abaixo da média do S&P 500.
Este reajuste na classificação das ações da Tesla pelo Wells Fargo acrescenta-se a um ano já desafiador para a empresa, que viu suas ações sofrerem uma queda acentuada no acumulado do ano. O mercado e os investidores agora se encontram diante de uma encruzilhada, ponderando sobre as perspectivas futuras da Tesla e a validade das projeções de Langan em um setor em constante evolução.
A Tesla também é negociada na B3 através da BDR (BOV:TSLA34).