A analista Larissa Quaresma recomenda papéis para ‘surfar’ o ciclo de redução dos juros e buscar lucros na Bolsa
A última Super Quarta, ocorrida no dia 20, mexeu com os ânimos do mercado financeiro. Afinal, os rumos das taxas de juros no Brasil e nos Estados Unidos são cruciais para o desempenho dos ativos de investimento – entre eles, as ações listadas na Bolsa brasileira.
Por aqui, o Copom (Comitê de Política Monetária) decidiu reduzir a taxa básica de juros, a Selic, para 10,75% ao ano. A decisão representa um corte de 0,50 pontos percentuais, em linha com o que era esperado pelo mercado.
Nos EUA, o banco central comandado por Jerome Powell optou por manter as taxas inalteradas pela quinta vez consecutiva, com os juros no intervalo entre 5,25%-5,50%. No comunicado, o Federal Reserve sinalizou que fará três cortes ainda este ano – mas não se sabe quando eles terão início e de quais magnitudes serão.
É historicamente comprovado que as ações tendem a performar melhor em ciclos de redução da Selic. Ou seja, quanto mais os juros caem, mais a Bolsa brasileira costuma subir.
Veja só no gráfico a seguir:
Perceba como o Ibovespa, o principal índice da Bolsa de Valores, tende a decolar nos 6, 12 e até 24 meses seguintes ao ciclo de corte de juros no Brasil.
No melhor dos casos, ele já chegou a valorizar 85% nos 24 meses seguintes ao início da redução da Selic.
Agora preste atenção: o ciclo atual de redução dos juros da economia brasileira teve início na reunião do Copom de agosto de 2023, exatamente 7 meses atrás.
Ou seja, seguindo a tendência da base histórica, é esperado que as ações brasileiras estejam, neste exato momento, bem no início de uma valorização substancial, como ocorrido nos ciclos de afrouxamento monetário anteriores.
Mas só vai poder lucrar com isso quem comprar as ações que têm maior potencial de valorização agora, enquanto elas ainda estão baratas.
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Não é fácil identificar quais são as ações com maior chance de “surfar” a onda do ciclo de queda da Selic no Brasil. Mas é aí que você pode contar com a opinião de especialistas que estudam o mercado financeiro diariamente.
Para a analista Larissa Quaresma, por exemplo, o momento atual da economia brasileira guarda um grande potencial para as empresas do varejo. Depois de anos de “sofrimento” com os juros altos e a baixa do consumo, esse setor parece estar recuperando os bons resultados de antes.
Dados recentes do IBGE, por exemplo, mostraram um aumento de 2,5% nas vendas do comércio varejista em relação ao mês anterior – bem acima da alta de 0,2% que as projeções mostravam. Na base anual, as vendas registraram alta de 4,1%.
Mas não é para comprar qualquer varejista da Bolsa…
Quaresma ressalta que é preciso identificar aquelas empresas que têm capacidade real de entregar bons resultados daqui para frente e gerar a alta de seus papéis na Bolsa.
Para a analista da Empiricus Research, algumas “gigantes” podem ser as primeiras que vêm à sua cabeça quando você pensa em varejo brasileiro. No entanto, elas não estão em um bom ponto de entrada agora.
É o caso do Magazine Luiza (MGLU3), Casas Bahia (BHIA3) e Lojas Renner (LREN3), por exemplo, que não estão entre as melhores ações para investir agora, na opinião da analista.
A carteira recomendada de Quaresma contém, na verdade, outras 3 varejistas:
- Uma empresa de shoppings “premium”, com portfólio mais resiliente que a média nacional (o que protege a rentabilidade do negócio) e que negocia a múltiplos exageradamente baixos;
- Uma varejista de moda voltada ao público de alta renda, com avenidas de crescimento à frente, no início de sua expansão internacional e que “negocia a um múltiplo de preço sobre lucro para 2024 excessivamente descontado”;
- E um grande player do varejo esportivo que passa por um processo de desalavancagem, com um balanço do 4T23 que surpreendeu positivamente o mercado e ainda negocia bem abaixo da sua média histórica dos últimos dois anos.
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Apesar do grande potencial que a analista enxerga para as varejistas nesse ciclo de queda dos juros, não vale a pena colocar todos os seus ovos em uma só cesta.
Por isso, a lista de ações recomendadas por Larissa Quaresma tem, ainda, outras 7 empresas que podem “decolar” daqui em diante.
São empresas de setores distintos da economia brasileira mas que possuem algumas características em comum, como:
- Estão baratas;
- São de empresas sólidas e líderes de seus segmentos;
- E têm o potencial de gerar ganho de capital ao mesmo tempo em que protegem o seu patrimônio.
E o melhor é que você, investidor, pode ficar tranquilo, pois a lista de recomendações está disponível de forma totalmente gratuita.
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