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Hapvida (HAPV3): lucro líquido ajustado de R$ 330,5 milhões no 4T23, ações sobem

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A Hapvida registrou lucro líquido ajustado de R$ 330,5 milhões no quarto trimestre, uma alta de 104,8% na comparação ano a ano, informou a empresa.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado foi de R$ 949,7 milhões no período, crescimento de 58,6% na base anual.

No 4º trimestre, a receita líquida totalizou R$ 6,935 bilhões, um crescimento de 6,7% quando comparada ao 4º trimestre de 2022.

O ticket médio consolidado de saúde aumentou 10,8%, refletindo estratégia de recomposição de preços e revisão do portifólio de cliente.

A sinistralidade caixa (que exclui D&A, Peona e Provisão SUS) foi de 69,3%, redução de 3,6p.p. em comparação com 4T22.

As despesas administrativas caixa & vendas (SG&A) atingiram R$ 1,156 bilhão, representando 16,7% da receita líquida, queda de 1,0p.p., excluindo efeito pontual de ajuste de preço da Premium.

Ao final do 4º trimestre, a dívida líquida somava R$ 4,759 bilhões, queda de 3,2% ante 3º trimestre de 2023.

Assim, a relação entre a dívida líquida e o Ebitda encerrou em 1,38 vez, ante 1,58 vez do trimestre imediatamente anterior.

Os resultados da Hapvida (BOV:HAPV3) referentes às suas operações do quarto trimestre de 2023 foram divulgados no dia 28/03/2024.

VISÃO DO MERCADO

Ativa

A Hapvida a reportou bons resultados no quarto trimestre de 2023, com a evolução de beneficiários e reajustes do tíquete médio próximo das estimativas e com destaque para a menor sinistralidade, contribuindo para uma margem bruta acima do projetado, diz a Ativa Investimentos.

O analista Pedro Serra escreve, em relatório, que a redução da carteira de beneficiários já era esperada, e surpreenderam positivamente as vendas em linha com os cancelamentos, tendo um efeito líquido próximo de zero, um indicativo benigno para frente, demonstrando que após o efeito mais robusto de redução de planos deficitários, a Hapvida tem condições de voltar a crescer o volume de clientes em sua base.

Já o tíquete consolidade cresceu menos do que o esperado, o que em conjunto com um pior volume dos serviços médico hospitalares contribuiu para uma receita líquida consolidada 2,3% abaixo das projeções, diz o analista.

Ele destaca ainda que o dado mais importante do trimestre veio levemente melhor do que a projeção, com sinistralidade caixa em 69,3%, menor patamar desde o momento em que a Hapvida passou a reportar os resultados pro forma, consolidados os dados da NotreDame Intermédica, e um forte indicativo que as medidas de recuperação de margem têm surtido efeito.

A Ativa tem recomendação de compra para Hapvida, com preço-alvo de R$ 6,20, potencial de alta de 64% ante o fechamento de quinta-feira na B3.

Bradesco BBI

Os resultados da Hapvida superaram expectativas no quarto trimestre, apoiado na queda de sinistralidade e também na reversão de provisões durante o período, diz o Bradesco BBI.

Os analistas Marcio Osako e Caio Rocha escrevem que o Ebitda ajustado de R$ 940 milhões superou em 11% suas estimativas, enquanto as receitas de R$ 6,93 bilhões ficaram dentro do esperado.

Eles notam que a redução de 2,6 pontos percentuais na sinistralidade ante setembro e a geração de caixa de R$ 158 milhões foram os pontos positivos do balanço. Já as receitas cresceram pouco por conta de menor movimento de reajustes nos tíquetes.

O banco destaca que os resultados da Hapvida foram contrários ao movimento visto por outras empresas de saúde, com números melhores que pares, dado o momento mais avançado em sua reestruturação operacional.

O Bradesco BBI tem recomendação de compra para Hapvida, com preço-alvo em R$ 5, potencial de alta de 35,1% sobre o fechamento de quinta-feira (28).

Goldman Sachs

A Hapvida teve bons resultados no quarto trimestre, com avanços na redução do seu nível de sinistralidade, mas superando estimativas para o período por conta de efeitos não recorrentes, diz o Goldman Sachs.

Os analistas Gustavo Miele e Emerson Vieira escrevem que o Ebitda ajustado de R$ 950 milhões superou suas projeções em 8%. No entanto, além das melhorias operacionais, reversão de provisões ajudou a aumentar o número.

As tendências de receitas da Hapvida vieram piores que o esperado, com menor faturamento de hospitais e aumento de tíquetes, mas isso causou uma melhor adição líquida de beneficiários.

O banco nota que o melhor desempenho operacional não se refletiu na última linha do balanço, com lucro ajustado de R$ 221 milhões vindo 15% abaixo do esperado, por conta de maiores despesas financeiras e impactos tributários.

O Goldman Sachs tem recomendação neutra para Hapvida, com preço-alvo em R$ 4,80, potencial de alta de 29,7% sobre o fechamento de quinta-feira (28).

Morgan Stanley

O esforço da companhia na recuperação de margem bruta por meio de ajuste de preços foi destaque para o Morgan Stanley. Os dados reforçam a tese de investimento para o nome. O desempenho demonstrou que a Hapvida entrou em trajetória para recuperação de lucros, de acordo com o banco.

A análise ressaltou, ainda, que o maior controle nas reclamações individuais fizeram com que a sinistralidade baixasse. A métrica segue suscetível à pressões sobre o sistema de saúde como um todo, destaca o Morgan, mas a Hapvida tem se integrado e verticalizado.

Nesse sentido, acrescenta o Morgan, a companhia segue como top pick, com recomendação Overweight (exposição superior à média do mercado, similar à compra) e preço alvo em R$ 6,00.

XP

A Hapvida reportou resultados positivos no quarto trimestre, em linha com as estimativas, com alta de 6,7% na receita líquida, uma vez que a empresa continua a promover a rentabilidade em detrimento do crescimento de volume, melhorando a qualidade do portfólio de planos de saúde para reduzir a sinistralidade, diz a XP.

Os analistas Rafael Barros e Raphael Elage escrevem que a queda de 3% no número de beneficiários de planos de saúde foi compensada por um aumento de 11% no tíquete médio. Já a sinistralidade-caixa diminuiu impulsionada pelos contínuos aumentos de preços, bem como pela verticalização, padronização de protocolos e integração das filiais Minas Gerais e Sul, dizem.

Com relação às despesas, afirmam os analistas, a empresa continua a colher sinergias da aquisição da NotreDame Intermédica, enquanto a margem Ebitda aumentou como resultado das melhorias na sinistralidade e nas despesas, e devem continuar melhorando nos próximos trimestres. A alavancagem, por sua vez, permanece alta, embora esteja diminuindo rapidamente, dizem.

A XP tem recomendação de compra para Hapvida, com preço-alvo de R$ 5,7, potencial de alta de 54% ante o fechamento de quinta-feira na B3.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão

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