O conselho de administração da Petrobras decidiu pagar 50% do lucro remanescente de 2023 em dividendos extraordinários, resolvendo uma disputa que abalou o mercado brasileiro devido às preocupações de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estivesse exercendo muita influência sobre o produtor de petróleo controlado pelo Estado.
O comunicado foi feito pela estatal (BOV:PETR3) (BOV:PETR4) nesta segunda-feira (22).
O acordo entregará quase R$ 22 bilhões (US$ 4,23 bilhões) aos acionistas, incluindo o governo. Isso é metade dos quase R$ 44 bilhões que a empresa tinha disponíveis para distribuir. Embora Lula quisesse manter todos os fundos para reinvestir nas operações da Petrobras, o conselho concordou com um acordo sob pressão de investidores que queriam um pagamento integral.
Os acionistas devem aprovar a medida na reunião de acionistas no dia 25 de abril, informou a petroleira em um documento enviado à CVM sexta-feira (19) à noite.
A proposta será apresentada formalmente pelo governo diretamente na assembleia de acionistas, segundo pessoas próximas ao assunto.