Hot Features
Premium
Negocie como um profissional: Aproveite discussões em tempo real e ideias que movimentam o mercado para superar a concorrência.
Após o fechamento dos mercados de terça-feira (23), a Tesla (NASDAQ:TSLA) enfrentou um revés significativo com a divulgação de seus resultados financeiros para o primeiro trimestre de 2024, marcando o maior declínio de receita desde 2012.
As ações da Tesla experimentaram uma recuperação de cerca de 7,8% logo após o anúncio dos resultados. A Tesla também é negociada na B3 através da BDR (BOV:TSLA34).
A empresa, líder no setor de veículos elétricos, viu suas receitas caírem 9%, somando US$ 21,30 bilhões, um valor abaixo dos US$ 22,15 bilhões previstos pela LSEG. Esse recuo é uma consequência direta dos cortes de preços que a Tesla tem implementado na tentativa de manter sua competitividade.
Durante o período, a Tesla também registrou uma queda acentuada de 55% no lucro líquido, que desceu para US$ 1,13 bilhão, comparado aos US$ 2,51 bilhões do ano anterior. O lucro ajustado por ação foi de 45 centavos contra 51 centavos por ação esperados pelos analistas consultados pela LSEG. A receita automotiva específica da empresa diminuiu 13%, totalizando US$ 17,34 bilhões. A situação reflete não apenas as condições adversas de mercado, mas também as estratégicas decisões internas da empresa visando ajustar sua produção e oferta de produtos.
O CEO da Tesla e sua equipe de gestão reconheceram que o ritmo de crescimento pode desacelerar em relação aos ganhos obtidos em 2023. No entanto, revelaram planos ambiciosos para o futuro, incluindo a aceleração no desenvolvimento e lançamento de novos veículos, com ênfase em modelos mais acessíveis. A Tesla pretende aproveitar ao máximo sua capacidade de produção atual, projetando um aumento de mais de 50% em relação a 2023, antes de se expandir para novas instalações.
Apesar desses desafios, há sinais positivos, como o aumento de 7% na receita da divisão de energia, que atingiu US$ 1,64 bilhão, e um robusto crescimento de 25% em serviços e outras receitas, somando US$ 2,29 bilhões.
Diante desse cenário, a Tesla também anunciou uma reestruturação significativa, que inclui a demissão de altos executivos e a redução de mais de 10% de sua força de trabalho global, conforme comunicado por Elon Musk. Essas medidas, juntamente com o aumento de 34% nas despesas de capital, sinalizam um período de ajustes estratégicos intensos para a empresa.
Os investidores e analistas aguardam a transmissão ao vivo da teleconferência de resultados, prevista para as 18h30 (horário de Brasília), onde mais detalhes sobre as estratégias futuras da Tesla serão discutidos. Com a pressão dos competidores e a demanda flutuante por veículos elétricos, as decisões tomadas agora serão cruciais para o futuro a longo prazo da Tesla no mercado global.
