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Nubank reporta receita recorde no primeiro trimestre mas enfrenta desafios de aumento na inadimplência

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As ações da Nu Holdings Ltd. (NYSE:NU) listadas em Nova Iorque subiram significativamente nesta quarta-feira (15) após a fintech relatar um desempenho financeiro impressionante no primeiro trimestre de 2024, destacando um crescimento robusto em receita, mas também enfrentando desafios com o aumento das taxas de inadimplência.

A Nu Holdings também é negociada na B3 através da BDR (BOV:ROXO34).

No relatório divulgado na terça-feira, 14 de maio de 2024, o Nubank informou uma receita recorde de US$ 2,7 bilhões nos três meses até março, superando as expectativas dos analistas. O lucro líquido alcançou US$ 378,8 milhões, superando a estimativa média de US$ 357,3 milhões, embora o lucro por ação tenha ficado ligeiramente abaixo das previsões. Analistas do Itaú BBA elogiaram as tendências operacionais sólidas da fintech, mesmo em um trimestre tipicamente mais lento.

Desde sua fundação no Brasil em 2013, o Nubank expandiu rapidamente, tornando-se uma das maiores instituições financeiras do país, com aproximadamente 92 milhões de clientes. A empresa diversificou sua oferta de produtos de cartões de crédito para uma plataforma abrangente de investimentos, seguros e outros serviços financeiros. Agora, o Nubank está focado em replicar seu sucesso no México e na Colômbia.

O CEO e fundador David Velez destacou que a empresa atingiu um retorno sobre o patrimônio líquido de 23%, posicionando-se entre as principais instituições financeiras da América Latina. Apesar da possível desaceleração do crescimento de clientes no Brasil, o Nubank continua a aumentar sua participação no mercado de empréstimos securitizados. O CFO Guilherme Lago descreveu o Nubank como uma das empresas de serviços financeiros mais eficientes globalmente, com uma participação de mercado de cerca de 15% em cartões de crédito e débito.

No entanto, o aumento das taxas de inadimplência representou um desafio. No trimestre, as taxas de inadimplência para empréstimos de 15 a 90 dias subiram para 5%, de 4,4% no ano anterior, enquanto as inadimplências para empréstimos acima de 90 dias aumentaram para 6,3%, de 5,5%. O COO Youssef Lahrech afirmou que a empresa está confortável com o risco assumido e se concentra em maximizar o valor das concessões de crédito, independentemente do ciclo econômico.

Durante o primeiro trimestre, o Nubank adicionou 5,5 milhões de novos clientes, alcançando recentemente a marca de 100 milhões de clientes em seus três principais mercados: Brasil, México e Colômbia. O mercado mexicano, com uma população de 130 milhões de pessoas e uma forte dependência de dinheiro em detrimento dos canais bancários tradicionais, oferece uma enorme oportunidade para a fintech.

No México, o Nubank já acumulou mais de US$ 2 bilhões em depósitos e está progredindo bem em sua solicitação de licença bancária, conforme relatado por Velez. A estratégia do Nubank de atrair clientes oferecendo taxas de poupança mais altas que as dos bancos tradicionais tem sido eficaz, embora a expectativa seja de que esses rendimentos diminuam à medida que os produtos evoluem.

Velez acredita que há uma oportunidade significativa para o Nubank transformar o sistema bancário mexicano, já que a maior parte dos lucros ainda vem de depósitos, facilitando a entrada da fintech no mercado sem a necessidade de uma ampla rede de agências físicas.

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