A expectativa de cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed) no segundo semestre de 2024 elevou o otimismo dos investidores a níveis não vistos em dois anos e meio, conforme apontado em uma pesquisa do Bank of America (NYSE:BAC). Contudo, o risco de estagflação permanece uma preocupação significativa.
O Bank of America também é negociado na B3 através da BDR (BOV:BOAC34).
O levantamento do BofA, que ouviu 209 gestores de fundos responsáveis por US$ 562 bilhões em ativos, revelou que a maioria prevê que o Fed reduzirá as taxas de juros no segundo semestre do próximo ano. Esse otimismo aumentou o sentimento dos investidores para o ponto mais alto desde novembro de 2021, baseado na combinação de níveis de caixa, alocação de ações e expectativas de crescimento econômico.
Apesar do otimismo, as expectativas para o crescimento econômico e os lucros empresariais deterioraram-se pela primeira vez no ano. Michael Hartnett, estrategista do BofA, destacou que “os ativos de risco estão vulneráveis a mais evidências de estagflação”.
Desde que o índice S&P 500 atingiu um recorde em março, o ritmo de recuperação das bolsas nos EUA diminuiu, refletindo sinais de desaceleração econômica e uma inflação persistente. Os investidores aguardam ansiosamente os dados do índice de preços ao consumidor dos EUA, que serão divulgados na quarta-feira, para obter uma leitura mais clara sobre a possível estagflação.
A pesquisa mostrou que, pela primeira vez desde novembro, as expectativas de crescimento global diminuíram, com 9% dos gestores de fundos prevendo uma economia mais fraca nos próximos 12 meses. No entanto, 78% dos entrevistados consideram improvável uma recessão nesse período.
Os níveis de caixa dos gestores de fundos caíram para o mínimo em três anos, enquanto a alocação em ações atingiu seu maior nível desde janeiro de 2022. A inflação elevada continua sendo vista como o maior risco para os investidores, seguida pelas tensões geopolíticas e a possibilidade de uma aterrissagem forçada da economia.
Os dados foram coletados entre 3 e 9 de maio e refletem a cautela dos investidores frente aos desafios econômicos atuais, apesar do otimismo gerado pela possível redução das taxas de juros.