O conglomerado de moda Tapestry Inc. (NYSE:TPR), conhecido por suas marcas icônicas como Coach e Kate Spade, divulgou um resultado financeiro misto para o terceiro trimestre fiscal. A empresa, que também tem suas ações negociadas na B3 sob o código BDR (BOV:TPRY34)

A receita totalizou US$ 1,48 bilhão, representando uma queda de 2% em relação ao ano anterior e ficando ligeiramente abaixo da estimativa de consenso de US$ 1,5 bilhão. A Tapestry atribuiu aproximadamente 1,6% desta redução às taxas de câmbio desfavoráveis.

O lucro ajustado por ação foi de 81 centavos, superando as expectativas de 68 centavos por ação dos analistas. Este resultado exclui um custo de 21 centavos por ação relacionado à aquisição pendente da Capri Holdings, levando o lucro líquido a 60 centavos por ação.

Para o ano fiscal de 2024, a Tapestry revisou sua previsão de receita para mais de US$ 6,6 bilhões, abaixo das projeções anteriores e das expectativas de mercado de US$ 6,7 bilhões. No entanto, manteve a previsão de lucro por ação entre US$ 4,20 e US$ 4,25, alinhada com a estimativa dos analistas de US$ 4,23 por ação.

A aquisição planejada da Capri Holdings, que inclui a marca Michael Kors, foi destacada como uma estratégia para gerar economias de custos significativas e potencialmente aumentar os lucros no longo prazo. A Tapestry prevê mais de US$ 200 milhões em economias de custos dentro de três anos após o fechamento do negócio e um impacto positivo de dois dígitos no lucro por ação ajustado.

Embora Wall Street veja a fusão de forma geralmente positiva, comparando seus benefícios potenciais com os de conglomerados de luxo como LVMH e Kering, os reguladores têm mostrado preocupações. A Comissão Federal de Comércio dos EUA recentemente tentou bloquear a aquisição, alegando que ela poderia reduzir a concorrência no segmento de bolsas de luxo mais acessíveis.

A Tapestry, no entanto, expressou confiança em sua capacidade de contestar essa oposição, reforçando sua posição pró-competitiva e pró-consumidor da transação e se comprometendo a defender seus argumentos legalmente com a esperança de finalizar o negócio dentro do calendário de 2024.