Meio-Dia Mercado: Ibovespa operava em baixa, com risco fiscal e dados de empregos nos EUA acima do esperado

O Índice Bovespa operava em baixa de 0,69%, na casa dos 122 mil pontos.

Mais cedo, a FGV divulgou o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), que subiu 0,87% em maio, maior alta desde março de 2022 e acelerando em relação à alta de 0,72% observada em abril. Com este resultado, o índice acumula alta de 0,61% no ano e de 0,88% em 12 meses. Em maio de 2023, o índice havia variado -2,33% e acumulava queda de   -5,49% em 12 meses. A inflação em abril ficou acima do esperado pelo consenso LSEG de analistas, que previa alta de 0,69% ante abril.

O saldo de investimentos estrangeiros no mercado secundário da Bovespa, de ações já em circulação, ficou negativo em R$ 609,2 milhões na quarta-feira, 5 de junho, conforme dados da B3. Com isso, o saldo acumulado em junho na Bovespa pelos estrangeiros está negativo em R$ 1,466 bilhão no mercado secundário, sem ofertas públicas até agora.

No ano, os estrangeiros tiraram da Bovespa R$ 36,096 bilhões, sendo R$ 37,358 bilhões em vendas líquidas no mercado secundário e compras de R$ 1,262 bilhão em ofertas públicas. Os estrangeiros respondem por 53,90% do volume negociado na Bovespa em junho e por 54,80% do acumulado no ano.

O volume médio diário negociado na Bovespa em junho está em R$ 20,131 bilhões, 14,76% inferior ao de maio e, no ano, a média é de R$ 23,772 bilhões, 5,14% menor que o do ano passado.

O dólar operava em alta de 0,41%, cotado R$ 5,279.

Segundo Samuel Pessôa, economista e pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV), a escalada do dólar ao maior patamar desde o início do governo reflete a falta de empenho do governo federal em resolver o problema fiscal, o que incide sobre o aumento da percepção de risco dos investidores.

Pressionado por demandas crescentes por aumento dos gastos públicos e com restrições para conseguir novas fontes de receita, o Brasil não voltará a ter superávit primário tão cedo. A afirmação é da coordenadora do Boletim Macro do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), Silvia Matos.

Nos Estados Unidos, as bolsas operam em baixa, Dow Jones: -0,14%, S&P 500: -0,09%, Nasdaq: -0,15%.

Hoje, foi divulgado o relatório importante sobre emprego, o payroll, onde a economia americana continua com o mercado de trabalho aquecido, revelaram novos dados. Os Estados Unidos criaram 272 mil vagas em maio, enquanto a taxa de desemprego ficou em 4,0%. Em abril, a taxa estava em 3,9%.

O resultado veio acima da mediana das previsões do mercado, que previam a criação de 180 mil postos. O número é maior do que o ganho médio mensal de 232 mil em 12 meses.

A remuneração média por hora subiu 0,4% em maio e 4% em 12 meses. A previsão era de uma manutenção de taxa de 3,9% em 12 meses – e de 0,3% no mês.

Com isso, a possibilidade de o Federal Reserve (Fed) reduzir juros até setembro recuava. A chance de corte até setembro recuava a 52,6%, de 67,4% logo antes do dado, no monitoramento das expectativas do mercado financeiro feito pelo CME Group.

A possibilidade de uma redução de apenas 25 pontos-base em todo o ano atual crescia, em 38,8%, superando a de um corte de 50 pontos-base, agora em 36,3%.

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 Com informações do BDM , B3